domingo, 4 de janeiro de 2009

A Santidade da Vida - Um Alerta Contra o Aborto

A SANTIDADE DA VIDA – UM ALERTA CONTRA O ABORTO
Salmo 139:12-18
INTRODUÇÃO
O Salmo 139, além de destacar alguns atributos naturais e absolutos de Deus, mostra-nos a maravilhosa obra que é a formação do ser humano no ventre materno. Nesta profunda revelação sobre a santidade da vida, o aborto afigura-se, logicamente, como crime hediondo, passível da mais severa pena ante o Tribunal Divino.
I. Origem e Santidade da Vida
1. A Vida foi criada por Deus. Há vérias teorias sobre a origem do Universo e da vida. Há quem diga que a vida surgiu de uma “sopra quimica”, na qual os elementos se juntaram, ao acaso. É preciso ter muita “fé”, ou credulidade, para acreditar nisso. No Gênesis, que relata o começo de todas as coisas, encontramos a origem da vida.
2. A Vida humana. No sexto dia, “criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus os criou; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou...” (Gn 1:27-28). Esta última expressão da bênção de Deus sobre o homem, sugere e implica na santidade da vida humana. Observando o relato bíblico, podemos ver que a vida humana é distinta da vida vegetal e animal. Há diferenças entre os corpos dos animais e o dos homens. “Mas Deus dá-lhe o corpo como quer e a cada semente, o seu próprio corpo. Nem toda carne é a mesma carne; mas uma é a carne dos homens, e outra, a carne dos animais, e outra, a dos peixes, e outra, a das aves” (1Co 15:38-39). Deus tem a vida humana em elevado conceito.
II. Deus é o Doador da Vida.
1. A vida humana é dom de Deus. Dizem os materialistas que tudo surgiu a partir de uma grande explosão. É a teoria do “Bog-bang”. Com isso, procuram negar as Escrituras. É mais uma faceta da rebelião do homem contra Deus. Paulo recebeu a revelação da origem da vida, dizendo que Deus “é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17:26b). Ele é o “Deus dos espiritos de toda a carne” (Gn 16:22).
2. Somente Deus pode dar e tirar a vida. Sendo o Criador, o dono e o doador da vida, somente Deus, em sua soberania, pode fazer o que bem quiser com a vida. Pode dá-la e tirá-la, pelos meios mais diversos, a seu critério.
III. Deus e a Concepção Humana
1. Deus acompanha a concepção.
a) Pois possuíste o meu interior. Descrevendo a maravilhosa complexidade da concepção, o salmista diz que Deus possuiu o seu interior, ou seja acompanhou o processo de sua gestação (v.13a).
b) Entreteceste-me no ventre de minha mãe. Mesmo em se tratando de uma lei biológica, o salmista entendia que a formação do ser humano, no ventre materno, é obra da mão de Deus (v.13b).
2. Deus registra o desenvolvimento da concepção (v.15-16). O salmista, que nunca estudara biologia, disse: “Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado”. “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”.
3. Deus escolhe pessoas desde o ventre materno. Deus escolhe pessoas com propósitos especiais e especificos desde o ventre materno.
a) A escolha de João Batista. O precursor de Jesus fora escolhido antes de nascer para tornar-se “grande diante do Senhor”, sendo “cheio do Espirito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc 1:15).
b) A escolha de Jesus. Jersus, como homem, fora escolhido desde o ventre, pela virtude do Altissinnnnnmo (Lc 1:31,35).
Que seria da Igreja e da humanidade, se as mães dessas, pessoas tivessem praticado o aborto?
IV. O Aborto e suas implicações à luz da Bíblia.
Aborto, ou abortamento, no sentido jurídico, significa “interrupção dolosa da gravidez, com expulsão do feto ou sem ela”. De acordo com os médicos, há vários tipos de aborto.
1. Aborto natural. Ocorre por motivos, ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Por exemplo, no caso de enfermidade. Não encontramos qualquer incriminação na Bíblia quanto a esse caso.
2. Aborto acidental. É resultante de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto intenso, podem provocar o abortamento.
3. Aborto provocado. É o aborto intencional, decorrente de uma decisão da gestante ou do casal, no sentido de se ver livre do feto por motivos os mais diversos.
4. O chamado aborto legal. Em caso de risco para a vida da mãe, ou em caso de estupro, a lei permite o aborto. No primeiro caso entendemos que há uma justificativa maior. Uma vida em formação é sacrificada para salvar uma vida já plenamente desenvolvida. No segundo caso, tem-se uma questão dificil de ser respondida. Sem dúvida alguma, os traumas de uma vitima de estupro são inimagináveis. Contudo, a vida gerada encontra-se sob um principio divino. Por isso, a pessoa que optar pelo aborto, nesse caso, terá de prestar contas a Deus. Uma freira, na Bósnia Ezergovina, foi estuprada por soldados, e engravidou. Embora tivesse de sair do convento, recusou-se a recorrer ao aborto, dizendo que aquele filho era somente seu, e iria criá-lo com amor, com ajuda de Deus.
5. O aborto por questões eugênicas. Há quem defenda o aborto por questão de eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas e retardadas. Ocorre, porém, que pessoas retardadas, ou deformadas, tem personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, tem direito à vida.
À luz da Bíblia, da moral e da ética, o aborto provocado é um crime abominável.
V. O Aborto Viola a Lei de Deus
1. É a violação do sexto mandamento. “Não matarás” (Ex 20:13). Face a essa lei, nenhuma pessoa tem o direito de tirar a vida de quem quer que seja. No que tange ao aborto, devemos considerar o seguinte: No ovo, ou zigoto, resultante da união do espermatozóide com o óvulo, estão todas as características de uma criatura humana, desde a estrutura interna, os ossos, os tecidos, até a cor do cabelo, dos olhos e o jeito de andar.
O indivíduo é objeto dos cuidados divinos desde o ventre materno (Sl 139:13-16). O aborto provocado, pois, é um crime hediondo. Ninguém, a não ser Deus, pode tirar a vida de alguém. Ele é o dador da vida. Ele aplicou a pena de morte, no AT, como ato juridico, para fazer face à crescente violência demonstrada pelo homem desde a queda (cf. Gn 6:11; 8:21).
3. É um crime covarte. A vitima não tem a minima condição de se defender. Um médico norte-americano, que realizou mais de 5.000 abortos, deixou de fazê-lo, quando viu, num video, o que acontecia durante um aborto. O feto se mexia todo, como que tentando fugir, ao pressentir a presença do objeto de destruição.
É o holocausto da inocência!
Conclusão
A prática do aborto provocado é permitida pela lei nos casos de risco de vida da mãe, ou decorrente de estupro. No primeiro caso, entendemos que se trata de sacrificar a vida de um ser ainda em formação para salvar a vida plenamente desenvolvida da mãe. No segundo, mesmo compreendendo que se trata de caso delicado, com implicações emocionais tremendas, trata-se de crime contra a vida. Se justificado, ou não, cada um responde diante do Criador. O aborto intencional é um crime abominável, que merece o veemente repúdio por parte da Igreja do Senhor.
Questionário
1. Em que dia da criação Deus criou a vida humana?
2. Que diz Atos 17:26b?
3. Por que só Deus pode tirar a vida?
4. Que tipos de aborto são apresentados na lição?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)

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