domingo, 4 de janeiro de 2009

A Grandeza do Reino de Deus

A GRANDEZA DO REINO DE DEUS
Salmo 99:1-3,5,9
INTRODUÇÃO
O Salmo 99 tem sentido passado, presente e futuro. Em poucos versículos, vemos a grandeza do Reino de Deus: sua supreemacia sobre as nações; a santidade do nome do Senhor, sua justiça e juizo. Nesta lição, extraímos, apenas, uma sintese do aspecto futuro do Reino de Deus.
I. O que é o Reino de Deus
O Reino de Deus é o seu domínio universal sobre todas as coisas. Podemos analisá-lo sob três aspectos.
1. Presente. Interrogado pelos fariseus acerca da vinda do Reino de Deus, que eles esperavam no futuro, Jesus disse: “O Reino de Deus não vem com aparência exterior, porque o Reino de Deus está entre vós” (Lc 17:20-21)
2. Futuro. Davi, no Salmo 22, tem uma visão escatológica do reino do Senhor, quando afirma: “Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face. Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações” (Sl 22:27-28). É evidente que essa conversão ainda não aconteceus, mas terá lugar quando Jesus implantar o Reino Milenial.
3. Eterno. Davi, inspirado pelo Espirito Santo, registrou que o Reino de Deus é eterno, e que o :eu dominio “estende-se a todas as gerações” (Sl ). Nabucodonosor reconheceu que o Reino de Deus “...é um reino sempiterno, e o seu dominio, de geração em geração” (Dn:). Deus nunca deixou de reinar. Ele é eterno. Contudo, por sua permissibilidade, admite que outros poderes, visiveis e invisiveis, tenham sua vez, até que chegue a consumação dos séculos, quando, em hipótese alguma, haverá qualquer outro reino, a não ser o Reino de Deus.
II. A Implantação do Reino de Deus
1. A vocação de Israel. Deus escolheu o povo de Israel para ser o seu representante na implantação do Reino. Falando com Moisés, no Monte Sinai, Jeová garantiu que, se aquele povo ouvisse diligentemente a sua voz, e guardasse o seu concerto, tornar-se-ia propriedade peculiar e reino sacerdotal dentre todos os povos (Ex 19:5-6). Pois dos israelitas “é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente” (Rm 9:4-5).
2. O Fracasso de Israel. Ao longo dos séculos, o povo de Israel afastou-se de Deus, culminando por rejeitar o seu próprio rei – Jesus Cristo. “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1:11; Rm 9:30-10:21). Israel rejeitou e matou a Cristo (Mt 27:22-25). Por isso, a nação hebréia foi rejeitada por Deus, ainda que temporariamente, (Rm 11:1-36). Por fim (o remanescente) será salvo (Rm 1:26).
3. A vocação da Igreja. Com o fracasso de Israel, Deus implementou outra fase do seu plano para o planeta Terra. Seu reino precisa expandir-se para poder ser implantado. A famosa profecia de Daniel sobre as 70 semanas (Dn 9:24-27), indica que Deus suspendeu a contagem do tempo para Israel, por ter Israel rejeitado a Cristo (Mt 27:25). Entre a 69a. a 70a.semana, teve inicio a chamada Dispensação da Igreja. Este periodo é indeterminado. Quem se atrever a marcar datas para o seu término cairá no rídiculo e na vala dos falsos profetas. Em ressumo: podemos dizer que, em fundação do Reino, a vocação, ou missão, da Igreja é:
a) Ser representante, no mundo, da implantação do Reino de Deus.
b) Ser proclamadora do Evangelho. Sua missão falar de Cristo a todo o mundo e a toda a criatura (Mc 16:15), dando cumprimento à grande comissão, tarefa indispensável para a implantação do Reino.
c) Ser instrumento de Deus para tornar conhecida a sua multiforme sabedoria (Ef 3:10). A sabedoria do Reino é superior a todo o saber humano.
d) Ser coluna e firmeza da verdade (1Tm 3:15). Só a Igreja tem essa característica.
e) Servir de impedimento à manifestação do Anticristo (2Tm 2:7,8).
4. O êxito da Igreja. Em lugar do Israel nacional, foi levantado o Israel Espiritual – A Igreja (Rm 11:11). Jesus, enviado por Deus, morreu em nosso lugar, e preparou para si um “povo seu, especial, zelodso e de boas obras” (Tt 2:14). Não poderá a Igreja fracassar como aconteceu com Israel, pois Jesus disse: “...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:17b). Para que a Igreja cumpra a sua missão, precisa desenvolver seu trabalho através da evangelização, das missões, da ação social legitima, da integração e do discipulado.
III. Acontecimentos Finais.
1. O arrebatamento.
a) O arrebatamento será real. A Igreja será arrebatada, literalmente, da terra. Isto se dará na primeira fase da volta de Jesus, conforme predito nas Escrituras (Mt 22:30; 24:36-51; Jo 14:1-3,24; Dn 2:44-46; Zc 14:1-7). Tal acontecimento é necessário para que os participantes do Reino de Deus estejam em outra dimensão espiritual, gloriosa.
b) Os mortos ressuscitarão primeiro (1Ts 4:16). O Rei concederá o privilégio àqueles que morreram, sendo fiéis, de subirem primeiro ao seu encontro. Desde Abel, passando pelos santos profetas e pelos mártires da Igreja, todos os salvos ressuscitarão (1Co 15:22) em corpo glorioso (Fp 3:21; 1Co 15:44).
c) Os vivos serão transformados (1Ts 4:17). Ato continuo, ocorrerá o milagre da transformação dos salvos que estiverem vivos quando do arrebatamento. Paulo previu isso (1Co 15:51). O que é mortal se revestirá da imortalidade (1Co 15:53). As limitações humanas desaparecerão.
2. As bodas do Cordeiro e o Tribunal de Cristo. Nos céus, darse-á o encontro de Jesus, o Noivo, com a Igreja – a Noiva do Cordeiro (1Ts 4:17). Em seguida, haverá o Tribunal de Cristo (2Co 5:10; 1Co 1:8) e as Bodas do Cordeiro (Ap 19:7).
3. A Grande Tribulação. Na Terra, haverá a Grande Tribulação (Mt 24:21; Lc 21:24-26). Tudo isso tem de acontecer para que o Reino de Deus seja implantado definitivamente não só nos céus, mas também na terra e em todo o Universo.
4. A volta de Jesus em glória. Quando a Grande Tribulação estiver no auge, Jesus voltará com a sua Igreja, Derrotará o Anticristo na batalha do Armagedom (Ap 19:11-21; Mt 25:41); prenderá Satanais (Ap 20:1-3) e realizará o Julgamento das Nações (Mt 25:31-46). Assim, estará pronto o cenário mundial para o Reino Milenial.
5. O Milênio. Será um periodo real, concreto, em que Cristo reinará com a sua Igreja (Ap 20:4,6; Lc 1:32,33; Dn 2:44,45).
a) Um governo teocrático. Os lideres das nações terão de ir a Jerusalém, capital do mundo, para inteirar-se das determinações do Reino (Is 2:2,3,4; Zc 8:21-23; Jr 31:6).
b) Jesus, o Supremo Juiz. A justiça é a base do seu trono (Sl 72:1-12; Is 65:20).
c) A Igreja no Milênio. A igreja glorificada (Ap 19:11-21), juntamente com a igreja martirizada (Ap 20:4), reinará com Cristo por mil anos. Sua morada será na Jerusalém Celeste (Ap 21:2; Hb 12:28). Será uma cidade que virá dos céus (Ap 21:20), e ficará nos ares, acima da Jerusalém terrestre.
d) Bênçãos do Reino Milenial. Haverá saúde para todos os povos (Is 35:5,6). As pessoas terão longevidade (Is 65:20,23; Zc 8:3,4). O desenvolvimento mundial será tremendo; não haverá injustiça social, pois não serão nomeados administradores e politicos desonestos no Reino. A reconstrução será total (Is 58:12;61:4). O bem-estar será enorme (Is 32:15,20). A agricultura será próspera (Sl 67:6; Am 9:13). Os animais não farão mal ao homem (Is 11:9; Is 11:6,7; 65:25). Toda a tecnologia a serviço do mal ficará obsoleta. Não haverá guerras nem armas (Is 2:4; Zc 9:10). Haverá harmonia entre as nações (Is 11:3).
e) Satanás será solto. Mas só por um pouco de tempo (Ap 20:2,3). Isto ocorrerá para que as pessoas nascidas no Milênio sejam provadas. Como prova de que a natureza humana não terá modado (exceto para os salvos), gente de todas as nações se deixará enganar pelo diabo, vontando-se contra Cristo e seus santos (Ap 20:8,9). Mas Cristo, o Rei dos reis, derrotará a rebelião satânica, lançará Satanás para sempre, no lago de fogo, onde já estarão o Anticristo e o Falso Profeta (Ap 19:20; Rm 16:20).
6. O Juizo Final. Será o Juizo do Grande Trono Branco (Ap 20:11). Dar-se-á a segunda ressurreição para a “segunda morte” (Ap 20:6). Os ímpios serão julgados e lançados no lago de fogo – todos, desde Caim até o último dos iniquos (Ap 20:13).
Os que não tiverem acompanhado Satanás durante a rebelião deste no Milênio, também comparecerão perante o Trono Branco, mas para serem julgados de outra forma; eles juntar-se-ão à Igreja Glorificada (Ap 3:5; 13:8). No Juizo Final, o Reino de Deus não admitirá advogado de defesa. Quem não tiver o nome no Livro da Vida, será condenado à perdição eterna (Ap 20:15).
7. O perfeito estado eterno. Após a implantação final do Reino de Deus, com o aniquilamento de todos os poderes das trevas, haverá novo céu e nova terra (Ap 21:1). “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5a). Isto se refere à renovação e purificação do céu e da terra. Não haverá mais morte, nem pranto, nem dor (Ap 21:1-4). Na Nova Jerusalém (Ap 21:9-27), estará a árvore da vida. Nela, não haverá maldição, nem noite. Todos os salvos poderão contemplar a doce e gloriosa presença de Deus. Uma nova e maravilhosa vida será destinada àqueles, cujos nomes estiverem no Livro da Vida
Conclusão
Nada se poderá comprar ao que será o Reino Eterno quando da consumação de todas as coisas. Ali, os salvos desfrutarão daquilo que o poeta sacro um dia cantou: “Metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal”. Vale a pena ser crente fiel, santo e salvo, para um dia ser integrante do Reino de Deus, e desfrutar de sua grandeza inimaginável.
Questionário
1. Por que a Igreja substituiu Israel Israel, na implantação do Reino de Deus?
2. Como se chama, teologicamente, o periodo antre a 69a. 70a. Semanas de Daniel?
3. Quando se dará o arrebatamento da Igreja?
4. Quem subirá primeiro a encontrar o Senhor nos ares?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)

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