terça-feira, 19 de outubro de 2010

Evangelismo (Questionário)

Questionário
1) Segundo o Apóstolo Paulo, qual é o meio de operação do Evangelho?
2) Das necessidades do evangelismo, qual voce julga mais importante?
3) Cite os grandes desafios da Igreja e do Evangelho no Mundo. Qual voce considera mais dificil de transpor?
4) Escolha uma das necessidades acima e comente em algumas linhas:
5)Como evangelizar pela literatura no trabalho?
6) Como podemos fazer uso do correio para evangelizar?
7) Dos metodos de abordagem, qual voce considera melhor?
8) No tópico focalizando a criança, como devemos agir para evangelizar-la?
9) Quando estamos trabalhando com uma Igreja, que atitude devemos tomar em relação a abordagem?
10) O que é evangelismo para voce?
11) O que é evangelismo pessoal?
12) Quais as vantagens do evangelismo pessoal?
13) Qual a primeira caracteristica basica que deve ter o ganhador de almas?
14) Que episódio temos no Evangelho de João, nos seus primeiros versiculos?
15) Qual a atitude de Cristo para com o pecador?
16) Por que devemos evangelizar as crianças? Qual o lugar favoravel?
17) Por que devemos evangelizar os pobres? Cite alguns cuidados de Jesus para com eles.

domingo, 25 de julho de 2010

A EDUCAÇÃO SEXUAL

Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. (Provérbios 22:6)


Objetivo Geral
Mostrar a importância da educação sexual na perspectiva cristã.


Comentário
Nos nossos dias, não se pode por em dúvida a necessidade deste assunto, já que vivemos em um mundo globalizado, e numa sociedade por demais erotizada. Estamos na era da comunicação. A internet e a televisão estão disponiveis aos nossos filhos trazendo todo tipo de informações quase sempre distorcidas e tendenciosas. Por isso, é relevante tratarmos com os nossos filhos sobre a educação sexual em todas as etapas da vida, principalmente, da infância à juventude.

1. O que é educação sexual?
Como não poderia ser diferente, a nossa abordagem sobre a educação sexual se dá numa perspectiva cristã. Na cosmovisão cristã, a educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, sem preconceito e tabu, mas com responsabilidade, e claro, com os principios morais e éticos descritos nas Sagradas Escrituras. Entendo que falar de sexo mesmo nos nossos dias é constrangedor para muitos. Contudo, tocar nesse assunto é de extrema importância, pois esclarece duvidas no desenvolvimento da sexualidade.
O prinncipal objetivo da educação sexual do ponto de vista cristão é preparar os nossos adolescentes e os nossos jovens para uma futura vida sexual no casamento. Assuntos como: pureza sexual e virgindade, masturbação, DSTs (doenças sexualmente transmissiveis), gravidez precoce, relação sexual fora do casamento (fornicação), adultério, etc., devem estar em pauta nas discussões sobre educação sexual.
2. Quem são os responsáveis pela educação sexual?
Começando do menor para o maior, vamos ver os responsáveis pela educação sexual.
2.1 - A Sociedade
A sociedade como um todo tem função decisiva na educação sexual de todos: crianças, adolescentes, jovens e adultos. A participação da sociedade na educação sexual pode ser implementada em varios aspectos e de diversas formas. Como por exemplo: através de publicações, espetáculos, programa de saúde sexual mediante projetos de ajuda assistencial, educação sexual de subnormais, programa de educação sexual para adultos etc.
2.2 - A Escola
A escola é considerada hoje em dia um dos lugares mais importantes para educação sexual. A tarefa da escola deve ser de complementar a educação recebida no lar pelos pais, e não o contrário. Cabe a escola uma educação sexual mais teórica, acadêmica, cientifica, baseada tanto na Biologia como na Ética. O bom educador sexual deve ter algumas qualidades imprescindiveis, como: conhecimento do assunto, ser equilibrado, proximidade efetiva e afetiva dos educandos, testemunho de valores no campo sexual. Infelizmente, muitos deles são mal resolvidos nessa área, influenciando negativamente os seus alunos.
2.3 - A Igreja
A igreja tem um papel fundamental na educação sexual, visto que ela detem os valores morais e espirituais tao necessarios a boa formação dos individuos. O trabalho pastoral, bem como de conselheiro adequadamente preparados e professores da Escola Biblica Dominical, são ações efetivas para uma eficiente educação sexual no seio da igreja.
2.4 - A Família
Indiscutivelmente a familia tem o primado da educação sexual. Mais que a sociedade, a escola, e a igreja, é aos pais que cabe o direito e o dever da educação sexual dos filhos. É muito importante que os pais não negligenciem este dever. Caso contrário, as consequencias poderão ser drásticas. Nessa tarefa de educar os filhos, os pais precisam preparar-se adequadamente para isso. Em primeiro lugar, é fundamental que haja um clima de amor e comunicação entre pais e filhos, de maneira em que os valores fundamentais da vida sexual sejam transmitidos sem qualquer trauma. Não menos importante, é a vida e o comportamento dos pais dentro de casa como marido e mulher. Compete também aos pais esclarecer as primeiras dúvidas e as primeiras curiosidades dos seus filhos sobre sexo, do tipo: "de onde vêm as crianças?" etc.


Conclusão
Concluindo este assunto quero reiterar a importância de se abordar esta questão com responsabilidade, e o devido preparo, tanto do ponto de vista secular, e sobretudo, dentro dos parâmetros da ética e da moral cristã.
Aplicação Prática
1. Não tenha vergonha de conversar com seus filhos acerca da sexualidade. É bem melhor que ele aprenda a verdade e em um ambiente de confiança, onde possa contar com a amizade e o respeito de seus pais do que aprender errado, com pessoas sem temor de Deus.
2. Há muitos periódicos cristãos que podem auxiliar voce a conversar com seus filhos sobre sexo. Procure ler e informar-se, a fim de que voce tenha uma palavra sabia e dentro de uma linguagem acessivel e atualizada.
3. Não faça do sexo um tabu em sua casa, mas também não permita que seja o único assunto dominante da mente de seus filhos.
Fixação de Aprendizagem
1. Quem tem primazia na educação sexual dos jovens? Por que? Como essa educação deve acontecer?
(EXTRAÍDO da revista "explicando as Escrituras" Jovens e Adultos)

O ABORTO

Não matarás. (Êxodo 20:13)

Estudo ministrado na Escola Biblica Dominical no dia 11/07/2010 na Igreja Metodista Wesleyana em Venda Nova/Belo Horizonte-MG.


Objetivo Geral


Mostrar o valor da vida humana à luz da Biblia, e que Deus condena o aborto.


Comentário

Uma das bases principais da discussão ética através da historia é a questão do valor da vida humana. Na tradição Judaico-Cristã, essa valorização da vida humana aparece sintetizada no sexto mandamento do Dec[álogo através do imperativo: "Não matarás". Não obstante, a consciência da humanidade, a cerca deste assunto, o ser humano não tem conseguido afastar definitivamente do seu horizonte a realidade da morte. Agressões ao valor da vida humana como: suicidios, homicidios, a pena de morte, eutanásia, guerras, sequestros, e o aborto etc, são evidências de que mesmo o homem mais civilizado ainda não chegou à plena consciência do valor da vida humana.


1. O que é aborto?

É consenso que a vida humana tem o seu inicio com a fecundação ou fertilização. Quando falamos de inicio da vida, falamos tanto no sentido biológico quanto no sentido teológico. Isto porque tanto a parte material quanto imaterial (alma e espirito), passam a existir simultaneamente na fecundação. Da primeira semana ate o segundo mês, ele é conhecido como embrião; a partir do segundo mês já é um feto.

Admite-se comumente que o feto só consegue viver fora do ventre materno com vinte e oito semanas. Por isso, entende-se como aborto a interrupção da gravidez quando o feto não é viável isto é, quando não pode subsistir fora do ventre materno.



2. Tipos de aborto

Em principio há dois tipos de aborto: o aborto espontâneo e o aborto provocado. Chama-se aborto espontâneo quando a interrupção da gravidez se dá por causas naturais, sem a livre intervenção humana. O aborto provocado é o que se deve à livre intervenção do homem.



2.1 - Tipos de abortos provocados

Costuma-se classificar o aborto provocado em quatro tipos conforme as suas "causas" ou "razões":

a) Aborto terapêutico. Aborto provocado quando o prosseguimento da gravidez põe em risco a vida da gestante.

b) Aborto eugênico. Aborto provocado quando existe o risco, e às vezes a certeza, de que o novo ser nasça com anomalias ou malformações congênitas.

c) Aborto humanitário. Aborto provocado quando a gravidez veio como consequencia de ação violenta, como, por exemplo, o estupro.

d) Aborto psicossocial. Aborto provocado quando a gravidez é "indesejada" por razões sociais ou psiquicas: problemas econômicos ou de moradia, gravidez em mulheres solteiras, ou como consequencia de relações extraconjugais etc.



3. Que diz a biblia sobre o aborto?

Vamos ver algumas considerações importantes que a biblia faz sobre o aborto.


3.1 - O valor da vida humana como dom de Deus

A ordem de Deus em Êxodo 20:13 é "Não matarás". Este imperativo ecoa por toda a Biblia (Gn 9:6; Êx 21:22,23; Lv 24:17; Mt 5:21; 19:18; Mc 10:19; Lc 18:26; Rm 13:9; Tg 2:11; Ap 9:21; 21:8; 22:15). Sendo assim, qualquer atentado contra a vida, como o aborto, é totalmente reprovável por Deus. Já que Ele é o doador da vida, só Ele tem o direito de tirá-la.


3.2 - A vida começa na fecundação

Na união do espermatozóide com o óvulo, tem-se a fecundação e consequentemente o inicio da vida. Essa nova vida, não é uma extensão da mãe, como um apêndice que pode ser retirado. Mas um ser pessoal e um novo individuo. A Biblia não faz distinção entre a vida nascente (embrião, feto), e a vida desenvolvida. Isto por que se a vida humana começa na fecundação, potencialmente, não pode tornar-se outra coisa senão um ser humano.

No Salmo 139:13-16, o salmista demonstra o seu assombro e seu louvor diante de Deus descrevendo sua vida intrauterina desde sua existência informe ate desenvolvimento total do feto. Além disso, ele fala do relacionamento entre Deus e o embrião quando diz: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias...".

Outros textos vão confirmar a realidade do relacionamento entre Deus e o não-nascido (Jó 10:8,11; Sl 78:5,6; Jr 1:5; Gl 1:15,16; Is 49:1,5). Fica claro, portanto, que se Deus é capaz de interagir com o não-nascido, e que se a vida começa na fecundação, aborto é assassinar uma vida. E isso é abominação diante de Deus. O livro do Apocalipse arremata dizendo: "Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os ASSASSINOS...".

Conclusão

A Igreja Metodista Wesleyana, bem como todas as demais denominações sérias e que seguem a Palavra de Deus, é a favor da vida. Por isso, repudiamos completamente a prática do aborto, em quaisquer circunstâncias (terapêutico, eugênico, humanitário, psicossocial). A Biblia diz que devemos dar a vida pelos nossos irmãos, e não tirá-la (1Jo 3:16).

Aplicação Prática

1. O aborto deixa marcas profundas naqueles que o praticam. Peça ao Senhor que te conceda palavras de cura e perdão para que sejas um restaurador de corações destroçados e consciências culpadas.

2. Tenha uma palavra e incentivo e apoio para mulheres que acreditam ser o aborto a única saida. Mostre o poder de Deus em transformar e redimir a Historia, apresentando o milagre como garantia de Deus para os que obedecem aos seus mandamentos.

Fixação de Aprendizagem

1. Por que a prática do aborto é condenável para nós, os cristãos?

domingo, 11 de julho de 2010

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 13)

DEMOLINDO AS FORTALEZAS DE SATANÁS
2Corintios 10:1-8

Introdução
Já tratamos sobre a batalha espiritual noutra lição. Mas queremos voltar ao tema sob outra perspectiva. A Igreja é um exercito constituido para lutar contra as fortalezas demoniacas. De algum modo, nem todos os que estão no exercito vão para a linha de frente, mas os que estão no front precisam daqueles que ficam na retaguarda.
Portanto, no exercito de Deus, todos são importantes e indispensáveis. Deus usa os que vão para a linha de frente para que combatam, de modo aberto, as milicias do inimigo. Porém, os que ficam na retaguarda, são os que planejam e municiam os da linha de frente. E nossas armas não são carnais (2Co 10:4).
Nesta lição, descobriremos como destruir as fortalezas do inimigo.

I.O Que São Essas Fortalezas
1.São construções erguidas onde se instalam guarnições de guerra. Do ponto de vista espiritual, essas fortalezas podem ser lugares fisicos ou culturais que os demônios utilizam como base de operações para as suas atividades. Essas fortalezas espirituais podem ser construidas em individuos e comunidades.
Um politico sem Cristo, por exemplo, pode tornar-se um agente demoniaco, pelo qual Satanás podera ter dominio sobre um pais, um estado, cidade ou bairro. Coletivamente, as fortalezas demoniacas são construidas no “modus vivendi” cultural de uma cidade, bairro ou vila.
As fortalezas demoniacas podem se esconder atras de uma cultura, de uma filosofia. E, assim, vão os demônios dominando cidades inteiras. Várias cidades brasileiras estão altamente comprometidas com o Espiritismo, mediante a chamada cultura afro-brasileira. Nossas cidades tem praças com nomes de divindades pagãs. Serviços publicos, hoteis e espaços culturais são dedicados a tais entidades.
2.São fortalezas territoriais. Indiscutivelmente, Satanás procura ampliar seus dominios de modo organizado. Ele tem estabelecido “fortalezas territoriais” em cidades, estados e paises sob o comando de demônios designados para tais atividades (Ef 6:12).
Nos dias do Novo Testamento, o apóstolo Paulo deparou-se com uma fortaleza diabólica na cidade de Éfeso (Atos 19). Os demônios atuavam livremente nesta cidade, pelo menos ate Paulo chegar com a mensagem de Cristo. A fortaleza principal de Satanás estava na adoração e veneração à deusa Diana dos Efésios. Todo o povo venerava a deusa.
Mas a igreja recém-formada começou a repudiar esse sistema satânico, e a destruir as fortalezas demoniacas da cidade. E os demônios territoriais que dominavam Éfeso começaram a sentir o impacto do poder do Evangelho. Não tenhamos duvida, atrás das idolatrias, existem demônios designados por Satanás para escravizarem cidades, estados e paises.
3.A quem pertence a terra? Se os demônios ocupam espaços territoriais para construir suas fortalezas, a Igreja tem por missão expulsar esses espiritos e demolir suas fortalezas. A Biblia declara que do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24:1). Quanto ao diabo, é ladrão e salteador. Não é dono de nada. Ele é usurpador. Mas a Igreja é a força do Senhor para derrubar os fortins, demolir as fortalezas e libertar os cativos.
4.Como se formam as fortalezas demoniacas? Nos pontos acima, destacamos que os demônios constroem fortalezas espirituais a partir de culturas regionais, ideologias e idolatrias varias. Na verdade, os demônios podem ser achados onde quer que estejam os seres humanos, independente de territorios ou regiões. Os demônios não estão interessados na criação inanimada, nem mesmo em montes, rios, arvores, cavernas, estrelas etc. Ele esta interessado nas pessoas. Onde quer que estas estejam, eles constroem suas fortalezas para promover a desordem social e espiritual (Jo 10:10).
II.Identificando as Fortalezas Demoniacas
1.Fortalezas carnais. Quando um cristão não consegue ter uma vida de comunhão com Deus, e vive caindo em fraquezas, inevitavelmente se torna um candidato ao assédio dos demônios. Paulo escreveu aos Romanos que a carne pode usar da liberdade cristã para armar ataques contra a santidade do cristão (Rm 7:8,11).
A carne, portanto, pode ser o elemento que o diabo pode usar para conquistar o cristão. Paulo diz outra vez aos romanos: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências” (Rm 13:14).
A Biblia ensina que não devemos facilitar com os desejos da carne, porque ela pode ser o canal de acesso da influência satânica. Tal influência procura vitalizar a força das paixões para induzir o cristão a praticar o pecado, ou a alimentar pensamentos sujos. Nessa queda espiritual, a carne se torna uma fortaleza demoniaca.
2.Fortalezas mentais. Paulo escreveu: “Mas nós temos a mente de cristo” (1Co 2:16). No entanto, não podemos nos esquecer que todo crente, mesmo o espiritual, passa por momentos de fragilidade e vulnerabilidade espiritual. É nesse estagio, que Satanas procura intervir para estabelecer a sua fortaleza. Certas duvidas espirituais, questionamentos de pontos biblicos, atitudes de desanimo e desesperança, são as oportunidades que Satanás espera para poder infiltrar-se na vida do crente. O crente carnal, por abrir espaço para o joio inimigo, acaba sendo uma presa fácil para os interesses satanicos.
3.Fortalezas anti-sociais. A injustiça social é a razão dessas fortalezas demoniacas, pois Satanas quer desagregar a familia, a sociedade e a Igreja. O amor fraternal é a arma eficaz contra essas fortalezas que operam através da discriminação, da intolerância, da indiferença, do egoismo e do ódio. Satanás tem interesse em contruir fortalezas que afetem as relações humanas e promovam a incredulidade.
4.Fortalezas ideológicas. Nunca dantes o campo das filosofias esteve tão vasto e forte como na atualidade. Há uma tremenda sedução do humanismo pregado hoje. Filosofias como as da Nova Era, não só seduzem, mas induzem à construção de fortalezas demoniacas nas escolas, no meio empresarial e outras organizações.
A ideia basica da Nova Era é a junção de ciência e misticismo, com o proposito de dar lugar a uma cultura que desconheça totalmente a Deus.
Essas fortalezas estão sendo construidas por Satanás em todas as instituições, e a Igreja precisa levantar-se com o poder do Espirito pardestrui-las. Não podemos nos omitir. Precisamos combater os poderes satânicos e neutralizar o reino das trevas.
5.Fortalezas do ocultismo. O ocultismo inclui todas as formas possiveis de espiritismo. O ponto de partida do ocultismo esta no disfarce de Satanás em apresentar-se como anjo de luz. O apóstolo Paulo alertou para o problema ao escrever: “Ora, o Espirito afirma expressamente que, nos ultimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espiritos enganadores e a ensino de demonios”(1Tm 4:1). Jesus disse que nos ultimos tempos apareceriam “falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodigios para enganar, se possivel, os proprios eleitos” (Mc 13:22).

Conclusão
É hora, pois, de a Igreja estar preparada, com as armas da milicia espiritual, para demolir as fortalezas que Satanás vem erguendo em todos os setores das atividades humanas. É hora de lutar. Coragem e ânimo. A nossa vitoria já esta garantida em nome de Jesus.

Questionário
1.Como Paulo descreve nossas armas espirituais?
2.O que são as fortalezas territoriais do diabo?
3.Cite algumas fortalezas satânicas?
4.A quem pertence a terra?


(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 12)

O JULGAMENTO HISTÓRICO E FINAL DE SATANÁS
Apocalipse 20:1-3,7-10

Introdução
Nesta lição, trataremos dos juizos divinos sobre Satanás desde a sua rebelião no ceu ate ao Juizo Final. Ele, seus demônios e todos os ímpios não escaparão ao castigo eterno do “lago de fogo” (Ap 20:10).

I.O Julgamento de Satanás no Jardim do Éden
Quando Lúcifer viu-se arrojado da presença de Deus, motivado por seu pecado de soberba e presunção, não teve dúvida em tornar-se inimigo de Deus. O desejo de vingança o levaria a toda sorte de ações contra o Criador e a sua obra. Na criação dos ceus e da terra, Deus estabeleceu uma regência para o mundo fisico, material e, então criou o homem à sua imagem e semelhança. O ser humano foi a obra-prima do Criador, na qual Ele tinha prazer (Gn 1:27,28).
Porém, Satanás estava desolado e buscando uma oportunidade de vingança contra o Criador. Sem perder tempo, investiu contra a criatura humana e conseguiu pervertê-la com engano e mentira (Gn 3:1-7). Agora, depois de induzir o homem a queda, ainda usurpou sua autoridade e poder sobre a terra, tornando-o escravo do pecado. Por causa disso, o Senhor lançou sobre Satanás o juizo inevitavel, decretando sua, derrota. Esse primeiro juizo está em Gênesis 3:15: “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. É, de fato, um duplo juizo sobre a mulher e sobre a serpente, o diabo. Podemos identificar esse duplo juizo como sendo redentor e vingativo.

1.O juizo redentor. Esse juizo foi aplicado à mulher, mas tinha um aspecto salvifico, isto é, redentor. A Escritura indica que “a semente da mulher” haveria de pisar e desfazer o poder destruidor do pecado. Essa “semente” é Jesus, nascido de mulher, mas gerado pelo Espirito Santo (Gl 4:4). Ele pisou a cabeça da serpente, desfazendo a condenação do homem. Ele venceu no Calvário a tentativa satânica de arruinar para sempre o homem. Foi pela sua obra expiatória no Calvário que Jesus pode redimir o homem dos seus pecados.
2.O juizo vingativo. Com a declaração divina: “esta te ferirá a cabeça”, foi decretado o juizo vingativo e punitivo de Deus contra Satanás, a “antiga serpente”. A execução dos juizos divinos contra Satanás começou no Calvário através de Jesus, “a semente da mulher”. Foi Deus mesmo, na pessoa de seu Filho Jesus que, tomando a forma humana, assumiu o papel de executor da vingança divina contra Satanás. Nada pode deter o cumprimento parcial dessa vingança, porque ela terá seu cumprimento no Juizo Final.
Satanás e seus demônios sabem que o tempo está marcado no calendário divino, e nada poderá reverter essa situação.

II.O Julgamento de Satanás no Calvário
Isaías antevê a eficácia do Calvário. O profeta apresenta “o valente”, o diabo, vencido, abatido e despojado pelo “mais valente” que é Jesus (Lc 11:21,22). Diz o profeta: “Tirar-se-ia a presa ao valente? Ou os presos justamente escapariam?
Mas assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano escapará” (Is 49:24,25).
Está subentendido que o valente tipifica o diabo. Mas quando chega Jesus, o mais valente” (Lc 11:22), o diabo é manietado e não consegue impedir a obra libertadora do Filho de Deus. Foi Jesus quem desalojou o diabo e o despojou de seus poderes. Um dos aspectos da vitória de Cristo no Calvário foi o ato de despojar as forças de Satanás, e triunfar gloriosamente sobre elas conforme está declarado em Cl 2:15.

III.O Julgamento de Satanás na segunda vinda pessoal de Cristo
1.Satanás será arrojado dos Céus (ap 12:7-12). Quando de sua rebelião contra o Senhor, o diabo perdeu o direito de habitar na mesma dimensão de Deus e dos santos anjos. Ele foi expulso da presença do Altissimo, estabelecendo sua habitação “nas regiões celestiais” (Ef 2:2; 6:11,12).
a) A primeira derrota imposta aos poderes de Satanás pelo arcanjo Miguel. A primeira derrota de Satanás frente ao arcanjo Miguel e seus anjos encontra-se em Daniel (Dn 10:13,21). O pivô desse confronto foram as oraçõesdo profeta Daniel em favor dos judeus. A resposta de Deus estava sendo impedida pelos anjos malignos, mas o anjo do Senhor venceu a barreira, e levou a Daniel a revelação divina quanto aos últimos dias. Satanás odeia Israel por causa do pacto divino com esse povo. As promessas feitas por Deus a Abraão e seus descendentes ainda estão em vigor.
b) A segunda derrota imposta aos poderes de Satanás pelo arcanjo Miguel acontecerá na Grande Tribulação (Ap 12:7-12). Miguel, o arcanjo de Deus, lutará para defender a Israel do ataque “do grande dragão”. Por isso, Satanás promove o ódio das nações do mundo contra Israel. E chegará um tempo em que as nações, sob o comando do Anti-cristo, se unirão para destruir o povo judeu.
c)O tempo da Grande Tribulação. O Anticristo se levantará no tempo da Grande Tribulação. Israel lutará, mas estará pressionado e acuado diante das forças inimigas, ate que surja o sinal do Filho do homem. Ele virá em glória aos olhos de todos (Zc 12:8,11; Mt 24:30; Ap 1:7). Ante a visão estrondosa, os opressores de Israel recuarão, e, ao tentarem reagir contra os exercitos celestiais, serão destruidos. Será “o tempo da angústia de Jacó” (Jr 30:7), ou como Jesus falou: “o tempo da grande aflição” (Mt 24:21). Todavia, esse tempo terá o seu fim, porque Jesus intervirá com a sua vinda (Zc 14:1-9).
2.Depois da grande batalha, Satanás será preso por mil anos no poço do Abismo. No ato interventor de Cristo na batalha do Armagedom, João viu que Jesus vinha do ceu sobre um cavalo branco de modo glorioso (Ap 19:1-3). Ele instalará um reino de paz e correção no mundo, conhecido como o “periodo milenar”, e será o Rei de todas as nações. O “homem do pecado” e o “falso profeta” serão lançados vivos no lago de fogo – o estado final de todos os ímpios (Ap 19:19,20; Mt 24:30; 2Ts 2:8-10).

Com toda a autoridade, Cristo dará ordem a um de seus anjos para que prenda e encerre ao diabo no poço do abismo por mil anos. No final desse periodo, diz a Biblia que o diabo será solto “por um pouco de tempo” (Ap 20:3,7) para tentar as nações o Reino de Cristo (Ap 20:8,9). Ele ajuntará as nações contra a cidade amada, Jerusalém, e quando estiverem cercando o arraial dos santos, então descerá fogo do ceus e os destruirá (Ap 20:7-9). Essa será a ultima batalha de Satanás contra o povo de Deus. Depois, só lhe restará o lago de fogo.

IV.O juizo Final
O diabo e as nações serão julgados no final do periodo milenar. Ato continuo, será instaurado o grande trono branco (Ap 20:10-15). Diante do Todo-poderoso, comparecerão todos os ímpios de todos os tempos para que sejam julgados pelas coisas que estão escritas nos livros da eternidade (Ap 20:12). Aqueles cujos nomes que não forem achados escritos no livro da Vida serão lançados no “lago de fogo”, onde sofrerão o dano da segunda morte (Mt 25:46; 5:28,29; Ap 21:7,8). Satanás e seus anjos serão também lançados nesse lugar para sempre. Jesus disse que “o fogo eterno” foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25:41). Após o julgamento final, teremos os novos céus e a nova terra (Ap 21:1; 2Pe 3:7-13).

Questionário
1.Onde esta registrada a primeira batalha entre Miguel e as hostes de Satanás?
2.Por quanto tempo Satanás estara preso?
3.Quem é o verdadeiro Valente?
4.Terminada a Grande Tribulação, onde será lançado o diabo?


(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

sábado, 10 de julho de 2010

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 11)

A ATIVIDADE DOS ANJOS NOS EVENTOS DA VIDA FUTURA
Mateus 13:39-41; 16:27; 24:31; 25:31-33
1 Tessalonicenses 4:16

Introdução
Os anjos tem uma atividade especial em relação à criatura humana quanto à vida presente e futura. Na presciência divina, todos os eventos escatológicos tem e terão a participação angelical.

I.Os anjos no traslado das almas e espiritos dos mortos
Foi Jesus quem melhor ensinou esta importante doutrina. Ele contou a historia de um homem pobre e um rico que morreram, conforme o texto de Lucas 16:19-31. Um era justo e o outro era ímpio. Após morrerem, ambos foram para “o lugar dos mortos” denominado Sheol ou Hades, palavras hebraica e grega, respectivamente (Sl 18:5; 2Sm 22:5,6; Lc 16:22,23).

1.O que é o Sheol-Hades? Quando Jesus ensinou sobre o reino dos mortos, fê-lo na perspectiva do Antigo Testamento, em que o Sheol era identificado como sendo um só lugar com uma separação entre “seio de Abraão” e o “lugar de tormento”. Um abismo intransponivel fazia a separação entre os dois lugares nesse “mundo espiritual”. Todos os mortos, justos e ímpios, iam para esse lugar. Os ímpios desciam para o lugar de tormento, e os justos iam para o paraíso ou seio de Abraão.
2.A mudança do Sheol-Hades depois do Calvário. Depois da obra redentora de Cristo no Calvário, houve um deslocamento do paraíso para outro lugar na “presença de Deus”. O “lugar de tormento” permaneceu no mesmo lugar sem nenhuma mudança. Paulo declarou que o paraíso foi mudado para o “terceiro céu” sob o trono de Deus (Ef 8:8-10; 2Co 12:1-4).
3.O Sheol-Hades não é o Purgatório. O que a Bíblia ensina, de fato, é que o Sheol ou Hades é um lugar e estado intermediário para as almas e espiritos dos mortos. Nesse lugar, não há orações, nem purificações, nem purgações, nem possibilidades de mudança de estado. Quem morreu sob condenação do pecado não escapará ao juizo final, e quem morreu em Cristo Jesus, está livre de qualquer condenação. Portanto, o Sheol ou Hades é apenas um lugar de espera para se entrar definitivamente na eternidade.
4.O trabalho dos anjos no traslado das almas e espiritos dos mortos em Cristo. Para os anjos esse trabalho se constitui num privilegio, porque eles podem constatar o resultado da vitória de Cristo no Calvario. O texto de Lucas 16:22 diz: “E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”.

II.Os Anjos na Ressurreição dos Mortos em Cristo
1.Um equivoco doutrinário. O ápice da esperança cristã é a ressurreição dos justos, especialmente dos que morreram em Cristo.
Mas os tessalonicenses estavam perturbados com o assunto (1Ts 4:13-17). Quando algum cristão morria, eles ficavam em pânico, desesperados, porque criam que o morto não teria parte na vinda do Senhor (1Ts 4:13,14).
2.Elucidando a doutrina. Paulo, então, procurou elucidar essa doutrina, mostrando-lhe que “o morrer é ganho” para o cristão. Este não perde nada; pelo contrário: terá o privilégio de estar primeiro com o Senhor.
3.A convocação dos mortos feita pela voz do Arcanjo (1Ts 4:16). O texto declara que, na vinda de Cristo nos ares, especialmente para a sua Igreja, os mortos em Cristo ouvirão a voz do arcanjo, como uma santa convocação.
4.A participação dos anjos no milagre da ressurreição. Não significa que os anjos produzirão o milagre, mas compartilharão do milagre da ressurreição, no sentido de conduzir, trasladar e convocar os mortos.

III.Os Anjos no arrebatamento dos vivos na vinda de cristo
Como se dará esse evento? Qual o papel dos anjos no arrebatamento?
1.O Senhor Jesus mesmo participará desse evento glorioso. Diz o texto biblico: “O Senhor mesmo descerá do ceu com alarido” (1Ts 4:16). Ele pessoalmente virá ao encontro da sua amada Igreja, como um noivo feliz, preparado e vestido gloriosamente. Esse encontro acontecerá nas regiões celestiais (1Ts 4:17).
2.O arcanjo de Deus terá papel importante nesse encontro. O arcanjo, diretamente ligado ao trono de Deus, terá a missão de convocar todos os remidos de Cristo, vivos e os mortos, para esse importante encontro. À igreja de Corinto, Paulo declarou que o arrebatamento acontecerá “num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta” (1Co 15:52).
3.A voz como de trombeta (1Ts 4:16). Esta expressão reforça a importância da convocação dos remidos, porque era esse o modo de Deus convocar o seu povo. De algum modo, o Espirito que vive na Igreja, fará com que esta identifique o chamado para o grande encontro com Cristo.

IV.Os anjos na manifestação pessoal de cristo na terra
No dia da ascensão de Cristo após sua ressurreição, os anjos confirmaram aos discipulos a promessa de que Ele voltaria pessoal e gloriosamente (At 1:9-12). Na sua volta pessoal, os anjos virão com Ele em exercitos celestiais (Ap 19:14).
1.Os anjos proclamarão os juizos divinos. Um anjo receberá a incumbência de proclamar o juizo divino sobre as nações confederadas pelo Anticristo. O mesmo anjo fará ecoar a sua voz, e as aves de rapina convergirão de todas as partes da terra para “a grande ceia do grande Deus” (Ap 19:17,18). Trata-se de uma ceia de vingança do todo-poderoso contra a impiedade e contra os inimigos de Israel.
2.Os anjos estarão presente no julgamento das nações. Jesus falou desse julgamento no seu sermão escatológico aos seus discipulos (Mt 25:31,32). Será um julgamento inevitável, pois essas nações rejeitaram o dominio de Cristo, preferindo o Anticristo, o “homem do pecado” (2Ts 2:8). Esse julgamento é identificado como a “batalha do Armagedom” (Ap 19:19-21).

V.Os Anjos estarão presentes na consumação dos seculos
Após o julgamento das nações no final da Grande Tribulação, Cristo instalará o seu reino messiânico. Para a concretização desse evento, diz a Biblia que “um anjo forte” receberá ordem para abrir o “poço do Abismo” e prender a Satanás e seus enjos por mil anos (Ap 20:1-3). Então se iniciará uma nova fase de recuperação moral, social, fisica e material.

Questionário
1.Que é o estado intermediario?
2.Como se chama o lugar do estado intermediário?
3.Quem soará a trombeta quando do arrebatamento da Igreja?
4.Qual o papel dos anjos na Grande Tribulação?
5.Quanto tempo Satanás ficará preso no abismo?

(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 10)

DISCERNINDO OS ESPIRITOS ENGANADORES
1Timóteo 4:1-10

Introdução
Indubitavelmente estamos vivendo “nos últimos tempos” da Igreja na Terra. Todos os sinais que precedem a vinda de Cristo para o arrebatamento estão tendo o seu cumprimento cabal. Entre eles, a apostasia da fé promovida por Satanás e seus demônios. Satanás tem comissionado demônios como os “espiritos enganadores”, que se intrometem ardilosamente no meio do povo para enganar. Entretanto, o Espirito Santo revela os ardis e expõe as obras de engano do diabo.

I – Expondo os Espiritos Enganadores à Luz da Palavra de Deus
1.Paulo reforça a revelação do Espirito Santo. Paulo começa declarando: “O Espirito expressamente diz...” O contexto dessa escritura desvenda o “mistério da piedade”. A Igreja é uma demonstração do “mistério da piedade”. Jesus Cristo é a revelação desse “mistério”, mas a Igreja é o seu agente demonstrador. A Igreja está na Terra para sustentar essa revelação contra os poderes do mal. A Igreja é, portanto, “coluna e firmeza da verdade”. Na verdade, são dois os misterios sobrenaturais: o de Deus e o do diabo. Os dois misterios são propagados por agentes humanos. O primeiro opera a salvação, o outro, a condenação. O primeiro é revelado pelo Espirito, na Palavra, para a efetuação da obra salvadora, o outro serve-se de “espiritos enganadores” para desviar as pessoas da salvação.
2.A operação do misterio da injustiça. A expressão “ultimos tempos” equivale a do apóstolo Pedro em sua mensagem no dia de Pentecostes, em Atos 2:17, ao referir-se aos “ultimos dias”. A biblia, em 1Tm 4:1, mostra que Satanás opera e manifesta o mistério da iniquidade nos últimos tempos, quando a operação seria muito mais forte. Os “espiritos enganadores” produzirão prodigios e sinais para impressionar as pessoas. Os espiritos do engano envolverão a muitos e com certa facilidade, e as pessoas envolvidas tornar-se-ão instrumentos de iniquidade e engano sob o comando de Satanás. Os crentes em Cristo sofrerão pressões espirituais tremendas, mas o Espirito Santo irá operar no seio da Igreja, tornando-a apta para enfrentar os espiritos de engano (2Pe 3:1-4; 1Jo 4:1-4).
3.A possessão por espiritos enganadores. O texto de 1Timóteo 4:1-4 indica que os “espiritos enganadores” são demônios que atuam e influem sobre pessoas que se permitem ser usadas por eles. De fato, por alguma forma de sujeição demoniaca, esses espiritos apossam-se de tais pessoas, as quais a Biblia identifica como “homens maus e enganadores...enganando e sendo enganados” (2Tm 3:13; 2Jo 7; 2Pe 2:1). Assim, entendemos que aqueles que se colocam a serviço de Satanás para propagar doutrinas falsas e negar as verdades divinas são, indiscutivelmente, possuidos por esses espiritos demoníacos.
4.A caracterização das atividades dos espiritos enganadores. “Apostasia” significa negação e abandono da fé cristã. O apóstolo, já naquela época, percebia alguns sinais tipicos do ataque sorrateiro dos espiritos de engano. O texto diz que certas pessoas desqualificadas espiritualmente se deixariam levar pelos espiritos enganadores, tornando-se agentes do engano, pois obedeceriam a esses espiritos. Além disso, estariam constantemente sob a influência desses espiritos. Se o “misterio da piedade” é a revelação de Cristo e das doutrinas básicas do Cristianismo, o “mistério da injustiça” é a disseminação das doutrinas de demônios. As doutrinas demoniacas visam interferir e desviar a mente dos cristãos das doutrinas cristãs fundamentais. Os espiritos de engano desenvolviam falsos conceitos de santidade, induzindo os incautos a acreditar que poderiam ser salvos mediante a obediência a esses conceitos. Coisas como a “proibição do casamento” e a “abstinência de alimentos”. Tenhamos cuidado com os defensores de regras carentes de base biblica, os quais desejam dominar os sentimentos e os corações das pessoas por procedimentos antibiblicos.

II.Modos de agir dos espiritos enganadores
1.Eles induzem os cristãos ao auto-engano. Quantos crentes vivem escravizados a certos comportamentos que ofendem ao Espirito Santo, ferem a Palavra de Deus e levam os mesmos crentes a serem enganados por suas próprias ideias.
a) Enganam-se a si mesmos os que ouvem a Palavra e não a praticam. Tiago escreve: “Pelo que, rejeitando toda imundicia e acúmulo de malicia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas. E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” (Tg 1:21,22). Para rejeitar a imundicia e a malicia, o cristão precisa desenvolver sua capacidade de percepção ao perigo. É um erro doutrinario julgar a Palavra de Deus pelas emoções. O correto é sempre julgar nossas experiências pessoais à luz da Biblia. Torna-se enganosa a atitude daqueles que criam doutrinas pseudo-espirituais baseadas em palavras de profetas ou visionários, ou pela interpretação isolada de textos das Escrituras. Os espiritos enganadores procuram seu ponto de apoio em mentes vulneráveis ao auto-engano.
b) Enganam-se a si mesmos os que se colocam acima do pecado. Diz o apóstolo João: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1Jo 1:8). O autor não está se referindo à pena do pecado de outrora, da qual o cristão já foi perdoado no Calvário, mas à condição presente. Porém, independente da nossa condição de salvos da pena do pecado, ainda há em nós o estigma do velho homem, que precisa ser dominado diariamente. Por isso ninguém pode negar a condição de pecador, ainda que remido. Se dissermos que não temos pecado, somos vitima do auto-engano. Entretanto, se pecarmos, também temos o sangue de Jesus Cristo, que nos purifica de todo o pecado (1Jo 1:7). Mas devemos estar atentos, porque é neste ponto que os espiritos enganadores induzem o crente a enganar-se a si mesmo.
c)Enganam-se a si mesmos os que acham que não colherão o que semearam. Quando um cristão tem consciência da lei da semeadura, ele toma precauções com o tipo de semente que plantará durante sua vida. Paulo escreve aos gálatas o seguinte principio: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Nossa mente pode tornar-se um campo aberto para as incursões do inimigo, que lançará sementes daninhas e perniciosas quando estivermos descuidados. Jesus ilustra muito bem esse principio na sua parabola acerca do joio (Mt 13:24-30). Às vezes pensamos que o principio da semeadura não é para nós, crentes. Mas isto pode ser um auto-engano, pois o que semearmos certamente colheremos (Gl 6:8). Quando o rei Davi pecou, mesmo tendo sido posteriormente perdoado, não pode evitar as consequencias danosas das sementes más que havia plantado (2Sm 11; Sl 51:1-19).

2.Eles promovem falsos ensinadores no meio do povo de Deus. O apóstolo Paulo declara que esses espiritos de engano atuam sobre “os filhos da desobediência” (Ef 2:2), uma referência aos cristãos nominais dominados pelos impetos da carne, que mais facilmente assimilam doutrinas de demônios. Paulo não está afirmando que tais pessoas falam sobre demônios, mas que ensinam doutrinas de demônios. Essas pessoas se constituem agentes diretos dos espiritos enganadores. Sob a influência do espirito do erro, elas fazem desviar da fé cristã os irmãos frágeis levando-os a aceitar doutrinas demoniacas. Suas consciências ficam cauterizadas, e por isso não tem nenhuma sensibilidade ao Espirito de Deus. Sob o manto da hipocrisia, cultivam uma falsa aparência de religiosidade e ensinam mentiras acobertadas por falsos conceitos cristãos.
a) Cuidado com os falsos profetas. Geralmente, esses falsos ensinadores se escondem atrás da máscara de falsas profecias. O apóstolo Paulo teve o cuidado de ensinar sobre o assunto, com estas palavras: “Não extingais o Espirito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal” (1Ts 5:19-22). Ora, não devemos menosprezar as profecias, mas precisamos ter o cuidado de só aceitar a profecia que tenha base na Palavra de Deus. A falta de uma convivência mais seria e racional com a Palavra tem tornado as igrejas locais muito vulneráveis aos espiritos enganadores. É triste quando percebemos igrejas e ministros dirigidos por pseudoprofetas tratados como superiores à própria Palavra de Deus. É tempo de colocarmos esse “dom de profecia” na sua verdadeira perspectiva eclesiástica e biblica.
b) Provai os espiritos. Precisamos aprender a discernir o fato e o verdadeiro. Paulo ensina que devemos “provar os espiritos”, para ver se são de Deus ou não (1Jo 4:1). O apóstolo João já percebia em sua época a ameaça dos falsos ensinadores que se abrigavam no seio da igreja e, com fingida espiritualidade, introdiziam falsas doutrinas – doutrinas de demônios. Toda doutrina precisa ser testada à luz do ensino geral das Escrituras, e não segundo ideias particulares de quem quer que seja. Se alguém se diz autorizado pelo Espirito Santo a ensinar qualquer coisa, sem o respaldo da Palavra, o mesmo deve ser provado. Por isso a Biblia ordena: “Provai se os espiritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se tem levantado no mundo” (1Jo 4:1).

Questionário
1.Quanto ao “mistério da piedade”, em que consiste a revelação deste, e quem é o seu agente demonstrador?
2.Através de quem Satanás trabalha para desviar as pessoas da salvação.
3.Como a biblia identifica as pessoas possuidas por espiritos enganadores?
4.Se o “mistério da piedade” é a revelação de Cristo e das doutrinas básicas do Cristianismo, o que vem a ser o “mistério da injustiça”?
5.Quais as duas precauções que devemos tomar contra os falsos ensinadores?
(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 09)

SATANÁS, O AGENTE DA TENTAÇÃO
Mateus 4:1-11

Introdução
No texto base de nossa lição, temos o relato da tentação de Jesus. Nesta luta, o Senhor saiu-se como o grande vencedor, mostrando-nos que, se lhe seguirmos o exemplo, obteremos vitórias igualmente espetaculares.
I – A Tentação de Jesus – Mt 4:1-11
O autor da Epístola aos Hebreus (4:15) diz que Jesus foi tentado em tudo. Essa declaração parece chocar-se com a lógica da Divindade, uma vez que é impossivel que Deus seja tentado ou submetido a tentação. Porém, devemos analisar essa declaração sob a ótica cris-to-lógica que destaca as duas naturezas de Cristo, a divina e a humana.
1.Ele foi tentado em tudo (Hb 4:15). Jesus foi tentado como homem e não como Deus. Era a encarnação do verbo Divino que assumiu completamente a humanidade em seu ser. Ele não era meio-Deus nem meio-homem. Ele era cem por cento Deus e cem por cento homem. Ao despir-se de sua glória divina, Ele submeteu-se a toda experiência humana como homem completo, e foi como tal que ele foi tentado pelo diabo no deserto.
2.Ele venceu a tentação em sua essência. A tentação vem de fora, mas a sua essência pode estar profundamente arraigada no coração das pessoas. A diferença entre Jesus e nós era que Ele não herdou a natureza pecaminosa que herdamos de Adão e Eva. Jesus foi gerado pelo Espirito Santo, mas tinha um corpo como nós. Mas Ele venceu para que também vencêssemos.
3.Por que Jesus foi tentado pelo diabo? John Broadus, em seu comentário de Mateus, página 123, responde a essa questão da seguinte maneira: “(1) Ele daria, pela tentação, prova de sua verdadeira humanidade, de que possuia uma alma humana. (2) Seria parte do seu exemplo a nós. (3) Faria parte de sua disciplina pessoal. (4) Faria parte de sua preparação para ser um intercessor compassivo (Hb 2:18; 4:15). (5) Era parte da grande batalha na qual “a semente da mulher pisaria a cabeça da serpente” (Gn 3:15).
Ao tentar Jesus, o diabo queria convencê-lo a desistir ou a adiar sua missão. O tentador sabia qual era a missão de Jesus, por isso, procurou criar-lhe situações embaraçosas, tentando levá-lo a empregar meios contrarios ao plano divino. Jesus, contudo, não cedeu a nenhuma das insinuações satânicas. Ele não fraquejou, nem tomou atalhos para cumprir sua missão. Do mesmo modo, somos tentados a provocar a ira de Deus e a pecar contra a sua vontade soberana, mas devemos resistir firmes na fé (Tg 4:7; 1Pe 5:8,9).
4.Jesus foi tentado no deserto. Ao final dos 40 dias e 40 noites no deserto, Jesus estava fraco fisicamente. Ele necessitava alimentar-se. O diabo percebendo esse fato, entendeu que seria uma boa oportunidade de induzir a Jesus a pecar contra o Pai. Vendo muita pedra naquele deserto, o diabo procurou despertar em Jesus os instintos basicos do ser humano. As pedras facilmente provocariam a imaginação de um homem faminto. Ele poderia produzir um milagre de transformação daquelas pedras em pão, mas resistiu ao diabo: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4:4).
Ao colocar em dúvida a identidade divina de Jesus com um “SE”, o diabo estava tentando obrigar a Jesus a mudar o curso da ordem natural das coisas, induzindo Jesus a desobedecer ao Pai. Quantas vezes as nossas tentações começam com um “se” de dúvida, de indução maldosa a prática de coisas impróprias.
5.Jesus foi tentado no pináculo do templo (Mt 4:5,6). Uma das armas do diabo é o orgulho, por isso, tentou provocar tal sentimento em Jesus. Mas esse sentimento não estava no coração de Jesus, porque Ele não herdara a natureza caida de Adão. O diabo queria que Jesus se lançasse do pináculo do templo para que fosse amparado pelos anjos, ocasionando assim a ira do Pai, por estar desviando o curso normal das coisas. Mas Jesus respondeu-lhe imediatamente: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mt 4:7). Aprendemos com esta tentação de Jesus que devemos ter sempre em mente o senso da vontade de Deus. Nada devemos fazer que contrarie a soberana vontade do Pai Celeste.
6.Jesus foi tentado no alto monte (Mt 4:8-10). Levado a um alto monte onde se podia ver os reinos da terra, o diabo mentirosamente se disse dono de tudo. Ele sabia que havia promessas messiânicas de um reino universal onde Jesus seria o Rei. O diabo sabia, também, que Israel aguardava a restauração do reino, e que o Messias prometido se assentaria no trono de Davi. Jesus era o Rei prometido e esperado. Se Ele cedesse as provocações satanicas, certamente prejudicaria todo o plano divino.
É assim que Satanas opera em nossos dias. Ele procura compelirnos a galgar lugares e posições fora de tempo, a tomar decisões precipitadas e, acima de tudo, a contrariar a vontade de Deus.

II.A Tentação na perspectiva Bíblica
A distinção entre o conceito de tentação e a prática do pecado é perfeitamente clara na Biblia. Se “Jesus foi tentado em todas as coisas, a nossa semelhança” (Hb 4:15), temos de admitir que estaremos neste mundo expostos a tentação. Se ele foi vencedor e não pecou, nós tampouco temos de pecar (1Co 10:13). Por isso, devemos enfrentar o diabo, repudiando-o e refutando suas insinuações.
1.Identificando a base das tentações. Adão e Eva cederam a tentação da “antiga serpente”. O seu pecado trouxe a morte fisica e espiritual. O apóstolo Paulo escreveu aos efésios sobre o estado espiritual da humanidade como estando morta em relação a Deus (Ef 2:1). Essa morte espiritual neutralizou o relacionamento do homem com Deus. Por esta razão, o homem foi desenvolvendo padrões de pensamento e conduta centrados na satisfação do ego. Porém Cristo mudou o curso da vida humana, oferecendo um novo padrão de vida mediante a obra expiatória no Calvário (2Co 5:17).
2.A natureza carnal, campo de atração das tentações. É a “carne” o inimigo que faz o crente tropeçar e viver em acirrado combate, impedindo-o de manter uma vida de santificação. Não se trata do aspecto fisico da carne, mas diz respeito aquela inclinação para a prática de obras más. A “natureza carnal” é o campo de ação do diabo.
A essência da tentação é a tendência ou inclinação para se satisfazer ilicitamente as necessidades fisicas e psicologicas do ser humano. Devemos entender que toda tentação é um convite para se viver independente de Deus.
3.A sedução da tentação. Por que sedução? Porque essa é a forma mais discreta de o diabo induzir-nos ao pecado. As tentações não vem sobre nós para que cometamos pecados como estupros, roubos, assassinatos etc. Geralmente o diabo nos tenta com as coisas que a nossa natureza carnal deseja. Ate onde vai a minha liberdade em Cristo?
Lamentavelmente, muitos cristãos entendem que, por causa da liberdade cristã, estão livres para fazerem o que bem quiserem. Entretanto, não é por esse caminho que ficaremos livres do pecado (Rm 6:14-23).

III.As vias pelas quais somos tentados
há pelo menos três vias de acesso as tentações. Essas vias se manifestam através da natureza pecaminosa do ser humano; são as avenidas que atraem o pecado. Essas três vias estão identificadas na Biblia como: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, conforme a escritura de 1Jo 2:15-17.
1.A primeira via: Concupiscência da carne (1Jo 2:16). Foi através dessa via que Satanás procurou seduzir Jesus quando o Senhor Jejuava no deserto. O desejo da sua carne era comer pão, pois Ele estava há 40 dias sem comer nada. Mas Jesus não se deixou dominar pela sedução de Satanás, vencendo-o pelo poder da Palavra de Deus (Mt 4:3).
2.A segunda via: A concupiscência dos olhos (1Jo 2:16). Por essa via, Satanás conseguiu enganar Adão e Eva. Gênesis 3:1-12 relata de modo claro os passos que levaram o casal a se tornar escravo dos apetites da natureza terrena. (1) Olhou - “vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, e agradavel aos olhos” (Gn 3:6). (2) Desejou - “asrvore desejavel para dar entendimento” (Gn 3:6). (3) Tomou - “tomou do seu fruto” (Gn 3:6). (4) Comeu - “tomou do seu fruto e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela” (Gn 3:6). (5) Morreu - “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). O fruto proibido parecia-lhes delicioso, mais que todos os outros. Satanás aguçou-lhes esse desejo pelos olhos.
3.A terceira via: A soberba da vida (1Jo 2:16). Por essa via, Satanás procura tentar-nos a sermos independentes de Deus. Ele seduziu a mente de Adão e Eva a desejarem conhecimento superior ao que já tinham: “Vossos olhos se vos abrirão e, sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3:5).
Era uma oferta de Satanás para induzir o primeiro casal ao mesmo erro que ele, o diabo, cometera ao ser expulso da presença de Deus. É um perigo quando o crente acha que não precisa de Deus, e que pode resolver seus problemas sozinho.

Conclusão
Qual o meio de escape das tentações? Talvez não consigamos evitar as tentações, mas podemos neutralizá-las mediante uma vida de oração e consagração a Deus. O apóstolo Paulo nos esclarece que “não sobreveio tentação sobre vós, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis suportar” (1Co 10:13).

Questionário
1.O que diz o autor de Hebreus em 4:15?
2.Qual a diferença entre Jesus e nós?
3.O que nos ensina a tentação de Jesus?
4.O diabo poderia dar a Jesus o que lhe prometeu quando da tentação do deserto?
5.Pode o crente sozinho vencer a tentação?
(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 08)

CONFRONTANDO OS DEMÔNIOS NA EXPERIÊNCIA CRISTÃ
Romanos 8:31-37

Introdução
O ensino sobre a demonologia não pode ser relagado ou tratado secundariamente, pois o assunto está em evidência na experiência humana. Nesta lição, mostraremos as várias formas de atuação demoniaca na vida da humanidade e o ataque as verdades biblicas.
I – Confrontando os Poderes das Trevas
Por comodismo religioso ou por medo de admitir a realidade do confronto espiritual, muitos crentes evitam falar no assunto. Ao agirem dessa forma, não percebem que estão favorecendo o esquema satânico.
1.O que significa esse confronto. Inevitavelmente estamos numa operação de guerra espiritual e a vitória só é possivel mediante a consciência de que “somos mais que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8:37). Nessa confrontação espiritual, não pode haver espaço para descuidos e “pouco caso” com o inimigo. Lamentavelmente, há um perigo camuflado na mente de muitos cristãos que é o de ignorar o diabo. Tratam-no como se este não representasse nenhuma ameaça. A biblia nos ensina a estar alertas para as suas investidas maldosas, porque o diabo e seus demônios são perigosos e traiçoeiros.
2.Confrontando os espiritos territoriais. A expressão “espiritos territoriais” não é muito comum em nossos dias, mas a sua realidade é tão velha quanto a Biblia. Esta expressão esta inserida no contexto escrituristico de Efésios 6:12; Cl 1:16; Dn 10:13,20.
Os demônios (anjos caidos) se espalham pelo mundo sob o comando de Satanás e procuram impedir o conhecimento acerca de Deus. Na segunda Epistola aos Corintios (2Co 4:4). Paulo declarou que o diabo, denominado “deus deste seculo”, cegou o entendimento dos incredulos para que não vejam a luz do Evangelho. Somente essa gloriosa e poderosa luz do Evangelho tem poder para libertar as criaturas humanas dos poderes das trevas.
3.Espiritos territoriais estabelecidos em pontos geográficos estratégicos. Há uma classe de demônios que se estabelecem em pontos geograficos estrategicos, invadindo a vida de nações, de governantes e de pessoas ignorantes para que não conheçam a Deus. O diabo e seus demônios não respeitam bandeiras, nem vontades; eles simplesmente invadem e procuram dominar com os poderes das trevas.
4.Exemplo biblico de espirito territorial. Quando o profeta Daniel orava a Deus pelo seu povo no exilio babilônico, dois “espiritos territoriais” identificados como “o principe do reino da Pérsia” e o “principe da Grécia” procuraram impedir que o anjo de Deus, Gabriel, descesse para ministrar a Daniel (Dn 10:13,20). Esses principes referidos não eram os governantes fisicos da Pérsia e da Grécia, mas eram demônios com poderes de “principados” na hierarquia satânica.

II – Confrontando as Formas de Ação dos Demônios
Existem varias formas de ação demoniaca contra os seres humanos. Lamentavelmente tem havido muito debate sobre as atividades dos demônios em relação ao mundo e a Igreja de Jesus Cristo. Ate onde os demônios podem atingir os cristãos verdadeiros? Pode um crente nascido de novo ficar possuido por demônios? Responderemos a essas questões pela Palavra de Deus.
1.Os demônios se opõem ás obras de Deus. Satanás comanda seus demônios aliados contra todas as obras de Deus, especialmente a humanidade. Eles usam de muitos artificios para enganar e induzir a criatura humana contra o seu Criador. Satanás é inimigo declarado do Deus Criador e depois do homem (Zc 3:1; 1Pe 5:8). Sua oposição é feita de modo ostensivo porque uma das carateristicas de Satanás é o de “acusador” (Ap 12:10). Na esfera das acusações, ele tenta lançar o homem contra Deus, como o fez contra Jó (Jó 1:9,11; 2:4,5).
2.Os demônios influenciam as pessoas. Como acontece a influencia demoniaca? Nesse nivel, os demônios exercem poder sobre uma pessoa sem possui-la. Significa a indução para práticas que fogem aos principios basicos da vida moral e ética. Mesmo um cristão nascido de novo pode ser influenciado em sua mente por agentes espirituais demoniacos, uma vez que sua vida fisica esta na dimensão da “carne”.
3.Os demônios podem manter as pessoas sob sujeição. Nesse nivel, a pessoa que estiver sob sujeição demoniaca estará escravizada ao poder dos demônios, no sentido de fazer o que eles quiserem. Um dos exemplos tristes e trágicos sobre sujeição demoniaca é o caso de Judas Iscariotes. O diabo descobriu a fraqueza de caráter de Judas Iscariotes, e colocou no seu coração um sentimento de traição e avareza (Jo 13:2).
4.Os demônios oprimem as pessoas. A despeito de salvo é fato que os cristãos são alvos constantes do ataque de Satanás. Pode um cristão fiel a Cristo ser oprimido pelo diabo? Temos no Antigo Testamento a experiência de Jó. Homem fiel a Deus e de comportamento exemplar, mas por permissão divina, Jó foi oprimido pelo diabo. De igual modo, o diabo pode nos oprimir, se Deus o permitir. Na verdade, Deus não tem prazer no sofrimento de ninguém e, muito menos, dos seus servos fiéis. Porém, os designios divinos alcançam uma dimensão muito superior a nossa capacidade de compreender esses designios.
5.Os demônios podem invadir e possuir as pessoas. A possessão demoniaca manifesta-se na invasão da personalidade de uma pessoa; o corpo desta, então, é habitado por um ou mais demônios e estes passam a ter o controle total da vida da pessoa. Todo o seu ser, espirito, alma e corpo, é dominado pelo diabo. Até mesmo a aparencia fisica da pessoa possessa é afetada no modo de andar, nos movimentos faciais etc. Atitudes irracionais são praticadas sem nenhuma consciência de ser e fazer. Nos dias do ministério de Jesus na terra, foi trazido a sua presença um menino endemoninhado, o qual rangia osd dentes, espumava pelos cantos da boca, fazia caretas, lançava-se na agua e no fogo. Eram atitudes destrutivas e irracionais ate que Jesus expulsou o espirito que o possuia (Mc 9:17-27).

III – Pode um Cristão Autêntico Ficar Endemoninhado?
1.Modismos doutrinários perigosos. Entre as perigosas conceituações doutrinárias tem sido espalhada a ideia de cristãos endemoninhados. Sera que uma pessoa nascida de novo pode ser possuida por demônios? Duas verdades são importantes neste contexto. Primeiro, um cristão estará seguro enquanto permanecer em Cristo. Segundo, temos evidência biblica de que um cristão por própria vontade pode afastar-se de Cristo, tornando-se vulneravel à ação dos demônios. Alguns teólogos modernos tem ensinado que alguns crentes podem receber no seu interior algum demônio. É inaceitavel essa ideia porque é impossivel que o Espirito de Cristo conviva com um demônio num mesmo coração. Ou Cristo ou o diabo; nunca os dois.
2.Erros doutrinários que devem ser corrigidos. A idéia de que um cristão nascido de novo pode ficar endemoninhado é absurda e perigosa. Por essa e outras ideias semelhantes se criaram falsas doutrinas, as quais devem ser aclaradas e corrigidas.
a) Há um conceito torcido e vago acerca do que significa ser cristão autêntico no meio evangelico. A segurança do cristão torna-se tão invulnerável que a obra de Cristo perde o seu valor salvifico. É como se a obra de Jesus não tivesse sido completa. Temos que ter o cuidado para não adotarmos a teoria de “uma vez salvo, salvo para sempre”. Essa teoria é um terrivel corrosivo na vida cristã, porque da uma falsa ideia de segurança. A salvação é preciosa e não se perde por coisas banais, mas é necessário cuidar dela enquanto estivermos neste mundo, porque podemos perdê-la.
b) Outro erro grave de interpretação é ensinado quanto as obras da carne, as quais são chamadas de demônios. Nominar os demônios por adultério, fornicação, inveja, ciúme, mentira e outros nomes listados como obras e não como espiritos é o mesmo que elogiar os demônios. Eles podem influenciar, induzir ou provocar situações que despertem essas “concupiscências da carne”, mas esses espiritos imundos não tem esses nomes ou titulos. Se as “obras da carne” fossem espiritos imundos que vivem dentro das pessoas sob o seu dominio, tambem teriamos que admitir que as obras do fruto do Espirito seriam espiritos bons. Sabemos que isto é impossivel, visto que os anjos de Deus não habitam nos homens.
IV.A Autoridade sobre os Demônios
A fonte da autoridade espiritual do cristão está na Biblia. O crer e o viver em Cristo dão ao cristão o poder necessário para ter vitória sobre o mal. Devemos tomar posse da autoridade outorgada por Cristo para resistir o mal e expelir os demônios. É bom lembrar que o poder de Cristo é sempre maior e superior aos poderes do diabo, Jesus outorgou autoridade espiritual em suas palavras finais depois da ressurreição antes de ascender aos ceus: “Estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expelirão os demônios” (Mc 16:17).
1.Tome posse da autoridade sobre os poderes do mal. No Evangelho de Lucas, temos um episódio em que Jesus convocou os 12 discipulos e lhes deu autoridade e poder para curar enfermos e expelir demônios (Lc 9:1). Posteriormente, Jesus repetiu a mesma ação convocando 70 discipulos, os quais sairam e voltaram regozijando-se, porque os demônios se lhes submetiam no nome de Jesus (Lc 10:1,17). Essa autoridade foi outorgada à Igreja pós-Pentecostes e por onde andavam os discipulos de Jesus, agora cheios do Espirito Santo e sem a presença fisica do Mestre, sinais e prodigios, libertação de oprimidos e possessos iam acontecendo. Eles tinham poder e autoridade.
2.A autoridade do Nome de Jesus. O nome de Jesus tem peso e autoridade quando usado por um cristão autêntico. É um nome que revela a superioridade de Jesus acima de todos os nomes. Paulo escreveu que “Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos ceus, na terra e debaixo da terra” (Fp 2:9,10). A vitória de Cristo na batalha do Calvário lhe deu esse direito.

Conclusão
Esta lição nos ensina como lidar com os poderes demoniacos e como vencê-los. Usemos, pois, a autoridade espiritual que nos entregou o Senhor Jesus.

Qustionário
1.Por que a demonologia não pode ser ignorada?
2.O que diz Romanos 8:37?
3.O verdadeiro cristão pode ficar endemoniado?
4.Em que reside nossa autoridade sobre os demônios?
5.Onde se encontra a fonte da autoridade espiritual do cristão.
(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 07)

BATALHA ESPIRITUAL
Efésios 6:10-18

Introdução
Estamos num campo de batalha espiritual contra as forças satânicas e precisamos de estratégia e adestramento para entrar em combate. Os desafios das forças invisiveis dos espiritos imundos são imensos contra a humanidade e principalmente contra a Igreja de Jesus Cristo.

I – Uma Teologia de Batalha Espiritual
Esse subtitulo não é muito comum, mas não menos biblico. A presença e a influência do mal na vida da humanidade, desafiando o equilibrio da criação, é suficiente para entendermos a sua realidade: estamos numa batalha espiritual.
1.A declaração dessa teologia. A biblia nos apresenta logo nos primeiros capitulos de Gênesis uma teologia de batalha. No texto de Gênesis 3:15, inicia-se essa batalha: “e porei inimizade entre ti (diabo) e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Foi em função dessa inimizade entre o diabo e a semente da mulher (Jesus) que instituiu-se essa batalha espiritual. O cumprimento desse conflito cósmico teve seu climax na cruz do Calvário quando Jesus, “a semente da mulher”, proclamou a derrota de Satanás.
2.A efetivação dessa teologia de batalha. Porém, um pouco antes do conflito eclodir-se no Calvário, Jesus anunciou sua própria chegada, e reafirmou essa inimizade ao engajar homens e mulheres para essa batalha. Ele fez sua declaração de guerra ao dizer: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino de Deus” (Mt 4:17). Jesus fez esta declaração logo depois de ter encarado a tentação em seu jejum no deserto. Foi como homem, e não como Deus, que Jesus, “a semente da mulher”, deu inicio a batalha espiritual. Ao declarar que o Reino de Deus estava proximo, Ele proclamava a autoridade e o poder desse reino para resplandecer a grande luz “aos que viviam na região e sombra da morte” (Mt 4:16). Aos que se arrependeram e se tornaram súditos do glorioso Reino de Deus na terra, tornaram-se guerreiros contra Satanás e seus exercitos.
II – Uma Batalha Espiritual sem Tréguas
Essa batalha espiritual é uma realidade inevitável. Não há nada de mistico ou ficção nesse assunto, porque, de fato, essa batalha espiritual não começou com a raça humana, mas no ceu. Como já tratamos em lições anteriores, essa guerra começou quando Lúcifer, por sua presunção e orgulho, imaginou-se capaz de fazer frente ao seu Criador, tornando-se “adversário” (Satanás) de Deus e inimigo ferrenho de toda a obra da criação divina, conforme está escrito em Isaias 14:12-16 e Ezequiel 28:14-19.
1.A caracteristica fundamental da vida é a “luta”. O apóstolo Paulo foi enfatico aos efésios: “Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os principes das trevas deste seculo, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef 6:10-12).
Nessa batalha, Jesus se tornou o modelo de lutador para os seus discipulos. Ele veio a este mundo para destruir as obras do diabo (1Jo 3:8). Na mensagem da Grande Comissão, antes de ascender ao Pai, Jesus outorgou autoridade sobre todo o poder do inimigo (Mt 28:18; Mc 16:17,18). A vinda do Espirito Santo após a ascensão de Cristo ao seio do Pai, trouxe poder para lutar nessa batalha inevitável.
2.No que consiste essa batalha espiritual? O apóstolo Paulo aconselha que devemos “ficar firmes” quando formos surpreendidos pelo ataque do diabo “no dia mau” (Ef 6:13). Isso dá a ideia de que nem todo dia é mau, no sentido de que nem todo dia somos atacados de maneira frontal pelo inimigo. Mas devemos estar prontos, dispostos a resistir esse “dia mau”, porque certamente a vitoria é garantida aos fortalecidos na força do Senhor. É nesses periodos dificeis que o crente em Cristo busca sua força na unica fonte capaz de prover-nos capacidade de resistência moral e espiritual.

III – Dois Reinos Opostos
No principio de toda a criação divina, tudo era comum e perfeitamente harmonioso ate que Lúcifer rebelou-se contra o Criador e contra o seu governo (Is 14:13,14). Em sua rebelião contra Deus todas as estruturas criadas e estabelecidas foram afetadas. A biblia declara que Deus havia ficado satisfeito com tudo quando havia criado (Gn 1:31), mas Lúcifer resolveu interferir na criação corrompendo-a. Por esse ato, ficou definido quem é quem: o Reino de Deus e o reino de Satanás.
1.Reinos opostos mas não iguais. Os dois reinos são opostos mas não são iguais. É falsa a teoria que defende a idéia que coloca o diabo como igual a Deus. Essa teoria tem sido demonstrada ignorantemente por muitos cristãos e pregadores que passam a impressão de que Satanás é uma ameaça a Deus. São dois poderes, um maior, outro menor. Deus é onipotente, mas o Diabo não tem todo o poder. Ele é limitado, por isso não pode ser comparado com o Senhor.
2.Os dois reinos se opõem em batalha. Na primeira batalha cósmica, Lúcifer levou atrás de si uma grande multidão de anjos. A partir daí, ele formou seu próprio reino constituido de demônios e homens sem Cristo. Os que servem ao Reino de Deus se identificam com as coisas desse reino. Entretanto, a diferença entre os dois reinos se nota em suas manifestações. Os que estão no reino da luz fazem suas obras distintamente das obras das trevas. A Biblia declara que “o Senhor conhece os que são seus” (2Tm 2:19). A soberania de Deus é incomparável. Por isso, nenhum outro poder pode ser-lhe igualado. Ele está acima de Satanás, e não corre o risco de perder essa posição, porque se trata de uma posição e estado eternos. Sua Soberania é única, singular e inigualável. Não se pode imaginar um dualismo de forças entre o bem e o mal. O bem sempre vence o mal. Quando Lúcifer fez sua declaração unilateral de independência, Deus poderia tê-lo destruido completamente, mas não o fez para preservar o restante da criação. Por outro lado, a Biblia nos faz entender que a oposição de Satanás está sob o controle total do Criador, e nada faz sem a sua vontade permissiva. Ao se oporem a Deus, Satanás e seus demônios, inevitavelmente, cumprem alguns propósitos divinos, incompreensiveis à limitada inteligência humana, porém, maravilhosamente possiveis à mente divina. Toda essa batalha se processará ate o tempo em que Deus derrotará para sempre os seus inimigos.

IV – A Natureza dessa Batalha Espiritual
Várias são as caracteristicas dessa batalha que travamos contra as forças maléficas de Satanás. Dois textos do Novo Testamento podem indicar essas carateristicas. Em Efésios 6:12. Paulo escreveu: “Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os principes das trevas deste seculo, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Ainda nas palavras do apóstolo Pedro, temos: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” (1Pe 5:8,9). Esses dois autores neo-testamentários tem a mesma visão das forças invisiveis que nos desafiam. É uma batalha ferroz entre a luz e as trevas. Percebe-se a ferocidade dessa batalha pela violencia com que Satanás usa os seus poderes maléficos através de pessoas e vidas sob o seu controle.
1.Uma batalha artificiosa. Não há respeito nem trégua da parte de Satanás nessa batalha. Sua oposição é sempre sutil e artificiosa. Ele age de modo sorrateiro e se esquiva de tal modo que, às vezes, não se percebe sua sutileza. A palavra de Deus estimula os crentes: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6:11). A palavra “ciladas” é derivada do grego biblico methodãas ou methodia que significa “embustes e “artificios”. Satanás mantém esse esquema de engano, astúcia e embuste contra o homem. Foi dessa maneira que ele enganou a Eva e Adão, e continua a enganar os incautos com seus artificios. Precisamos estar preparados para o ataque e destruir os artificios satânicos contra a nossa vida cristã.
2.Uma batalha violenta. Satanás odeia o cristão autêntico. Quando ele não pode vencer o cristão pelas suas sutilezas, parte para a violência. Não devemos nos intimidar ante as ameaças de Satanás. Se ele puder, ataca para destruir e para matar, porque a Biblia declara que “o diabo é homicida” (Jo 8:44). Não devemos nos intimidar com os ataques violentos de Satanás, porque quem está em Cristo está protegido e devidamente preparado e armado. Somos ameaçados, intimidados e provocados pelos demônios, mas eles nada podem fazer contra os servos de Deus.
3.Uma batalha insidiosa. É insidiosa essa batalha porque Satanás e seus demônios atacam com mentira e engano. Jesus o identificou como “o pai da mentira” (Jo 8:44). A mentira lhe é facil pois faz parte de sua natureza caida e degenerada.
4.Uma batalha intimidadora. Os medrosos tornam-se presas faceis do inimigo. Pedro, o apóstolo, escreveu em sua epistola que “o diabo anda em derredor, bramando como leão, procurando a quem possa tragar” (1Pe 5:8). Se existe algo perigoso para um soldado de Cristo é ele ter medo. O diabo gosta de atacar nossa fé para intimidar-nos. O rigido do leão é para assustar-nos, mas ele não é um leão, mesmo que ruja como leão. É tudo o que ele pode fazer: rugir. O crente não deve temer os rugidos de Satanás, porque Cristo já o venceu no calvário. Jesus é o Leão da tribo de Judá!

Conclusão
A batalha espiritual é inevitavel. Nossos inimigos são reais, ainda que invisiveis. Todos quantos tem recebido a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas são envolvidos nessa batalha. As armas dessa guerra não são materiais, mas espirituais. Tanto as armas do mal como as do bem. O Espirito Santo está na terra para equipar e preparar cada crente individualmente para essa batalha. Por isso, não devemos temê-la, pois a vitoria esta garantida.

Questionário
1.Onde se acha registrada na Biblia a primeira batalha espiritual?
2.Existe, de fato, uma teologia da batalha espiritual?
3.Como podemos combater nesta batalha espiritual?
4.Onde Jesus garantiu-nos definitivamente a vitoria nesta batalha?
(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 06)

DEMÔNIOS, ANJOS CAÍDOS
Lucas 11:14-26

Introdução
A demonologia é um estudo que vem despertando o interesse das pessoas neste final de seculo. Idéias ficticias, invencionices mistificadas, teorias religiosas e filosóficas e ate alusões biblicas desprovidas de interpretação correta tem invadido o mundo da literatura secular. Nesta lição, teremos a oportunidade de conhecer essa doutrina do ponto de vista da Biblia, como única autoridade capaz de revelar e esclarecer a realidade e a identidade dos demônios.

I.Teorias Falsas sobre os Demônios
Essas teorias apresentam idéias divergentes sobre a origem dos anjos caídos. Utilizam textos biblicos isolados para defenderem suas teses. Porém, as refutaremos à luz do ensino verdadeiro da interpretação geral das Escrituras.
1.Os demônios seriam espiritos sem corpos de habitantes de uma raça pré-adâmica? Acreditam os defensores dessa teoria que havia na terra uma raça pré-adâmica que se constituía de criaturas fisicas, as quais, pela rebelião de Lúcifer, sofreram a perda de seus corpos materiais, tornando-se espiritos sem corpos, denominados “demônios”. Na verdade, essa teoria não consegue se definir, porque biblicamente, nunca existiu raça alguma pré-adâmica que tivesse habitado neste planeta. Por essa razão, a idéia de uma raça pré-adâmica é pura conjectura, sem nenhum apoio biblico. Não há nenhuma raça criada anterior à raça humana de Adão e Eva (Gn 1:26,27). A única criação de seres vivos e inteligentes existente antes da criação da raça humana eram os anjos, e estes nunca habitaram na terra como raça criada.
2.Os demônios seriam seres gerados da relação de anjos com mulheres ante-diluvianas? (Gn 6:1-4). É lamentável que pretensos estudiosos da Biblia esqueçam algumas regras básicas de interpretação e se arrisquem a interpretar isoladamente certos textos das Escrituras. É o caso de Gênesis 6:1-4. Existem algumas teorias formadas sobre esse texto, as quais se chocam com o ensino geral das Escrituras. Entretanto, destacaremos a teoria mais conhecida com o fim de elucidarmos a doutrina do ponto de vista da Biblia.
a) A teoria mais forte é a do pecado de miscigenação praticada por anjos. Os defensores dessa teoria interpretam que “as filhas dos homens” eram realmente da descendência de Adão e Eva e que “os filhos de Deus” eram anjos que entraram em conúbio com estas mulheres e produziram uma progênie espantosa de filhos gigantes. Os que admitem essa teoria partem da idéia de que “os anjos” são chamado “filhos de Deus” em algumas partes das Escrituras, mui especialmente no Antigo Testamento.
b) A refutação a essa falsa teoria. É fato que em algumas escrituras encontramos a expressão “filhos de Deus” para referir-se aos “anjos”, mas não podemos omitir outro fato de que a mesma expressão “filhos de Deus” também se encontra em outras escrituras referindo-se a “homens”. Isto só é possivel perceber à luz do contexto de cada escritura. Forçar uma interpretação contrariando o contexto, tanto o imediato como o remoto, significa ferir a revelação divina de cada escritura. O argumento aceitável, racional e biblico, é que esses “filhos de Deus” eram oriundos da linhagem piedosa de Sete e as “filhas dos homens” eram da linhagem pecaminosa de Caim. O ensino biblico e canônico é que os anjos são seres assexuados. Eles não possuem descendência, nem ascendência ou familia. Foram apenas criados e, tantos quantos foram criados no principio da criação, são tantos quantos existem.
3.Os demônios seriam simples nomes dados a certas enfermidades?
Com o aparecimento das idéias dos atuais grupos da Confissão Positiva e da Teologia da Prosperidade nos meios pentecostais, essa falsa teoria tem se espalhado como se fosse planta daninha entre o povo de Deus. Crêem e ensinam que as doenças, de um modo geral, são “espiritos maus” ou “demônios” que precisam ser expelidos. Essa teoria atribui certas desordens naturais a atividade dos maus espiritos. Ao nominar as doenças como espiritos maus ou demônios, mesmo aquelas doenças de causas naturais, estão tratando os espiritos ou demônios como se eles não tivessem existência real. Devemos ter cuidado em separar as causas dos seus efeitos. Nem todas as enfermidades são causadas por demônios, e nem todas podem ser atribuidas aos demônios. Há doenças de causas naturais como consequencia da herança pecaminosa que todo ser humano herda, e há doenças causadas por demônios. Não podemos tratar as doenças como demônios, pois dessa forma todo crente quando fica enfermo estaria endemoninhado, o que é um absurdo. Não podemos, também, tratar os demônios como se não tivessem existencia real. Os demônios não são coisas, nem meras ideias, nem doenças Eles são seres pessoais e espirituais que podem causar grandes danos às pessoas. Lucas conta que uma certa mulher esteve presa por um espirito de enfermidade por 18 anos e Jesus a libertou daquele jugo. O texto biblico diz literalmente que aquela mulher estava possessa de um “espirito de enfermidade” (Lc 13:11), isto é, entende-se que um espirito maligno aprisionava aquela mulher com uma enfermidade, mas esta não era um espirito ou demônio. Aquele espirito provocou naquela mulher a enfermidade que a fizera sofrer por longo tempo.
4.Os demônios seriam os espiritos de homens malvados que já estão mortos?
Outra tremenda aberração! Não há nenhum apoio biblico para esta idéia. Essa teoria foi se desenvolvendo através dos séculos e, em pleno final do seculo 20, torna-se generalizada. Porém, a Biblia refuta veementemente esse falso conceito. Os demônios são apenas “anjos caídos” e são eles que promovem todo o engano e confusão na mente humana. Os mortos continuam mortos e seus espiritos não andam vagando por ai a perturbar a paz das pessoas.
II – Quem São os Demônios
Na rebelião promovida por Lúcifer, este arrastou consigo uma grande multidão de seres angelicais (Mt 25:41; Ap 12:4). Depois, ele organizou sua própria coorte com os anjos que o seguiram, distinguindo-os em “principados, potestades e dominadores das trevas e hostes espirituais da maldade” (Ef 6:12). Os anjos que trocaram a sua habitação pela oferta do rebelde Lúcifer, foram banidos da presença de Deus e seguiram a liderança de Lúcifer. E, assim, passaram a ser identificados com “anjos caídos”.
1.O significado do termo “demônio”. No texto de Dt 32:17, o cântico de Moisés destaca que os israelitas caíram em idolatria: “sacrificios ofereceram aos demônios (shedhim)”. Entende-se então que o termo shedhim se identifica não só com as imagens de idolatria, mas também relaciona o termo com seres espirituais por detrás dos que adoram as imagens. O termo seirim, etimologicamente significa “o peludo” ou “bode peludo”. O povo de Israel repudiava esses animais porque eram considerados objetos de adoração (Lv 17:1-7).
No Novo Testamento, a palavra “demonio” (gr. Daimon ou daimonion) assumiu o sentido de malignidade, pois eles são seres espirituais, inteligentes, impuros e com poder para afligir e contaminar os homens moral e espiritualmente.
2.Duas classes de demônios. Eles estão divididos em duas classes distintas: os livres e os prisioneiros. Aqueles que estão livres andam pelas regiões celestiais sob o governo de seu principe e lider, Satanás, que é o único que recebe menção especifica na Biblia (Mt 12:24; Mt 25:41; Ap 12:7). Esses espiritos malignos em liberdade, sob o comando de Satanás, de quem são emissários e súditos (Mt 12:26), são tão numerosos que estão em todo o lugar. Alguns teólogos separam os anjos de Satanás e os demônios, mas não há respaldo biblico para essa teoria.
É impossivel separar os anjos em liberdade dos anjos que estão presos, porque, na verdade são a mesma coisa. Os anjos caídos que estão presos, são aqueles que abandonaram sua própria habitação, e tornaram-se tão depravados ou maus, que Deus os encerrou no “Tártaro” (Abismo) (Jd 6, Lc 8:31; Ap 9:1,2,11).
3.A natureza espiritual, intelectual e moral dos demônios. Eles possuem uma natureza intelectual, até mesmo porque na etimologia da palavra daimon o sentido é conhecimento, inteligência. Portanto, os demônios não são coisas impensantes, mas conhecem a Jesus e até falam dele como “o filho do Altissimo” (Mc 5:6,7). Tiago escreveu que os demônios crêem e estremecem (Tg 2:19). Quanto à natureza moral dos demônios é inegável que eles se corromperam indo após Lúcifer, praticando toda a sorte de perversão e depravação espiritual. Por isso, eles são chamados “espiritos imundos” (Mt 10:1; Mc 1:27; 3:11; Lc 4:36; At 8:7; Ap 16:13). Eles usam as pessoas, possuindo suas mentes ou influenciando-as por outros meios a fim de que elas se tornem “instrumentos de iniquidade” (Rm 6:13).

Conclusão
Ficou claro nesta lição que os demônios são os anjos caídos que acompanharam Lúcifer e se fizeram seus súditos. Ao compreendermos a sua natureza e origem, evitaremos cair em conceituações erradas e crenças supersticiosas.

Questionário
1.O que leva o desconhecimento biblico acerca dos demônios?
2.Teriam sido os demônios, espiritos desencarnados de uma raça pré-adâmica?
3.Quem, afinal, são os demônios?
4.Qual o significado de demônios em hebraico?

(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 05)

SATANÁS, SUA ORIGEM E QUEDA
Isaías 14:12-17; Ezequiel 28:13-15

Introdução
Nas lições anteriores, estudamos acerca dos anjos que servem a Deus. A partir desta lição estudaremos a respeito dos anjos que servem a Satanás. Nada melhor para entender esse assundo do que começar por Santanás, sua origem e queda.

I.O Estado Original de Satanás
O texto de Ezequiel é uma profecia com sentido duplo. Inicialmente, os primeiro dez versiculos falam do “principe de Tiro” para referir-se ao seu orgulho que o levou a exaltar-se qual divindade. Por isso, o seu julgamento foi inevitável. Em segundo plano, a profecia tem uma referência direta a Lúcifer.
1.A relação figurada com o rei de Tiro (Ez 1-10).
a) Quem é o rei ou o principe de Tiro. Nos primeiros dez versiculos, o rei de Tiro é apresentado literalmente como alguém conhecido na história como Thobal (ou Ithobaal II) que reinou em 586 a.C. Naquele período, Thobal, como rei de Tiro, uma cidade-reino, encheu-se de orgulho e presunção, imaginando-se um deus. Há uma relação nos títulos “principe” e “rei”, porque se trata do mesmo personagem. A linguagem profetica é que faz a distinção.
No versiculo 2, o profeta fala do “principe de Tiro” e no versiculo 12 fala do “rei de Tiro”. Na primeira parte quando fala do “principe”, apresenta-o como um homem vaidoso e presunçoso, que se imaginava um deus. Porém, o texto quando fala do mesmo personagem no versiculo 12, passa a ter um sentido mais espiritual, e desse modo, entende-se que se trata, comparativamente, de outro rei, chamado Lúcifer, influenciador espiritual do principe literal. Thobal, o principe, imaginava a sua cidade como inexpugnável por estar construida sobre uma rocha.
b) A arrogância do rei de tiro. Nos versiculos 2 a 5, o profeta condena o arrogante e blasfemo “principe de Tiro” pelo fato de imaginar-se “um deus” e de julgar-se conhecedor de todos os segredos da vida. “O principe” imaginava ter a mente de Deus e afirmava: “Eu sou Deus” (Ez 28:2,9).
2.Algumas caracteristicas originais antes da queda (Ez 28:12-16). O texto indica que Lúcifer era possuidor de elevada distinção e detentor de honrosos titulos e posições, conforme destacaremos a seguir:
a) “o aferidor da medida” (v.12). A palavra “selo” (aferidor) é uma tradução fiel do original hebraico, porque significa que ele era a imagem perfeita da criação divina e uma imagem refletida em si mesmo que lhe conferia o privilégio de ser a mais bela e inteligente criatura de Deus (v.12). Nele se encontrava a medida perfeita da criação daquilo que Deus queria.
b) “estava no Éden, jardim de Deus” (v.13). A menção sobre pedras preciosas existentes no jardim do Éden tem um sentido figurado para ilustrar os privilégios dessa criatura chamada Lúcifer, personificada no texto como “o rei de Tiro”. O ornamento de pedras preciosas desse personagem indica a grandeza e a beleza de sua aparência. Era um tipo da glória tipificada e representada por Lúcifer antes da queda.
c)“no dia em que foste criado” (v.13). É importante essa expressão porque declara que Lúcifer é um ser criado por Deus. Como criatura de Deus não lhe dava o direito de imaginar-se tão superior a ponto de querer ser igual a Deus.
d) “querubim ungido para proteger” (v.14). Na descrição profética de Ezequiel, Lúcifer pertencia a mais alta classe de seres angélicos. Sua relação com Deus manifestava-se em sua função especifica de proteger o trono de Deus. Esse ministério de proteção dos querubins tem a ver com a incumbência de preservar toda a criação divina (Gn 3:24; Ex 25:17-20; Sl 80:1).
e) “perfeito eras nos teus caminhos” (v.15). A frase tem na conjugação verbal do verbo ser no passado “eras”, a história antiga de Lúcifer, como alguém que escondia em seu interior a iniquidade da vaidade e do orgulho.
II. Nomes e Titulos Pessoais
1. Lúcifer. Esse nome não aparece literalmente na Biblia. Na linguagem figurada de Isaías 14:12, o nome Lúcifer aparece vinculado a expressão “filho da alva”. Os babilônicos criam que os astros celestes ou estrelas fossem seres angélicos, por isso, “um filho da alva” representava a primeira luz da manhã, e Lúcifer, em seu primeiro estado possuia esta característica.
2. Satanás. Esse titulo lhe foi dado após a sua queda da presença de Deus, e significa “adversário” (Zc 3:1; 1Pe 5:8). Foi a partir do momento em que Lúcifer encheu-se de iniquidade e permitiu que a presunção o dominasse que aconteceu a grande tragédia universal. Ele imaginou-se poderoso o suficiente para competir ou mesmo superar o trono de Deus. Lúcifer, então, se fez adversário e oponente constante e implacável contra o Criador. Tornou-se, por isso, um arquinimigo de toda a criação viva de Deus.
3. Diabo. Esse nome é uma transcrição do vocábulo grego diabolos que significa “caluniador, acusador” (Ap 12:10). Essa característica ele demonstrou como uma das suas tarefas mais terriveis e maléficas. Existe uma história onde o diabo calunia e acusa um servo de Deus chamado Jó. Embora esse homem fosse íntegro, o diabo apareceu diante do Senhor para acusá-lo (Jó 1:9-11). Portanto, a Bíblia identifica a diabo como caluniador e acusador dos servos de Deus. Como pai da mentira, ele tenta acusar os servos do Senhor, como se Deus não pudesse perceber as suas mentiras (Jo 8:44). Mas a Bíblia declara que “temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1).
4. Belzebu (Mt 10:25; 12:24,27). Esse titulo tinha uma relação com um deus pagão de Ecrom, por nome Baal-Zebub ou Baal-Zebul. No texto grego do NT, esse nome aparece como Belzebu, cuja atribuição dada pelos judeus do tempo de Cristo era o de “príncipe dos demônios” (Mt 10:25; Mc 3:22). Como os judeus usavam esse nome com um tom de escárneo, porque o mesmo referia-se a um ídolo pagão, Jesus, sem reserva nem qualquer pudor, identificou Belzebu como Satanás (Lc 11:18,19; Mc 3:24-27).
5. Abadom (hb) ou Apolion (gr). Essas palavras das linguas hebraica e grega, respectivamente, tem o mesmo sentido na Bíblia e significam “destruidor” (Ap 9:11). Portanto, destruição é uma característica destacada das obras de Satanás. Ele tenta destruir tudo o que é santo e puro, tudo o que é precioso para Deus. De modo especifico, ele aparece no livro de Apocalipse 9:11, como o anjo do abismo, identificado como Abadom ou Apolion.
III. A Queda de Lúcifer
Nos pontos anteriores, analisamos o estado original de Lúcifer e os seus vários nomes, mas agora estudaremos a queda de Lúcifer, porque é o único modo de conhecermos as razões de tantas desgraças no mundo que vivemos.
1. A queda de Lúcifer resultou de sua própria escolha. Deus estabeleceu a sua soberana vontade para ser obedecida e apreciada por seus anjos. Entretanto, a vontade divina não seria obedecida por força, mas livremente. É por esse principio biblico que podemos entender a causa da queda de Lúcifer. A escritura de Isaías 14 é tipológica. A profecia fala do rei Nabucodonosor, um outro rei ilustrado à semelhança de Thobal, rei de Tiro. O que precedeu a queda de Lúcifer foi a sua ilusão e engano acerca do seu próprio poder nas hostes angelicais. Imaginando-se superior a todos os demais anjos criados, pretendeu tomar o lugar do Criador. Cinco afirmativas descritas em Isaias 14:13,14 revelam as pretensões de Lúcifer:
a) “Eu subirei ao céu”. Uma tentativa de estar acima de toda a criação e do próprio Deus.
b) “Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”. Quando se refere às estrelas de Deus, ele estava falando dos demais anjos criados.
c) “No monte da congregação me assentarei”. O monte da congregação refere-se ao lugar do trono de Deus onde ele queria assentar-se.
d) “Subirei acima das mais altas nuvens”. Mais uma vez, ele revela sua intenção presunçosa de superioridade.
e) “Serei semelhante ao Altissimo”.Aqui estava a mais grave das pretensões de Lúcifer. Ele queria colocar-se em posição unilateral em relação ao Criadopr.
2. A queda de Lúcifer foi inevitável e consequente. Sua avidez irrefreada de querer ser igual a Deus, aguçou o interesse de grande número de anjos que resolveu acompanhá-lo. Por esse ato pecaminoso contra o seu Criador, Lúcifer foi destituido de suas funções celestiais e condenado a execração eterna. Mas ele continua como o instigador do pecado no mundo (Rm 7:14).

Conclusão:
Ao conhecermos a história da origem e queda de Satanás, resta-nos como crentes em Cristo, tratar desse assunto com mais seriedade. Nos dias atuais, a Igreja tem cometido dois graves erros no que tange a essa doutrina: mistificacação e racionalização. Os que mistificam a crença em Satanás, o tratam como se o mesmo fosse “uma energia, uma mera figura espiritual, um bicho peludo”. Os que racionalizam, não desacreditam da Biblia, mas preferem intepretar a realidade pessoal e espiritual de Satanás, como se fosse “uma força negativa da mente” ou coisa semelhante. Mas na verdade, Satanás está vivo, é real, é pessoal e procura influenciar o mundo contra Deus e contra todos os que servem a Deus.

Questionário
1.Qual o primeiro pecado do rei de Tiro a ser denunciado pelo profeta Ezequiel?
2.Qual o nome real do rei de Tiro segundo a história?
3.A quem o rei de Tiro personifica?
4.Das pretenções de Lúcifer em Isaias 14:13,14, qual delas revela sua intenção de superioridade?
5.Qual das carcteristicas pessoais de Lúcifer o levou a cair da presença de Deus?

(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ANJOS uma perspectiva biblica e atual (Parte 04)

ANJOS, ESPIRITOS MINISTRADORES
2Reis 19:20-23,32-35

Introdução
A leitura desse texto relata uma intervenção do anjo do Senhor contra o rei da Assíria, Senaqueribe, que afrontou a Deus e ao seu povo. Como Deus não se deixa zombar, enviou o seu anjo, o qual feriu a cento e oitenta e cinco mil assirios. Na verde, os anjos trabalham como agentes de Deus no cuidado dos interesses do Reino em todo o Universo.

I.Sua Ministração no Antigo Testamento
O Antigo Testamento está repleto de evidências históricas envolvendo os anjos. Vemo-los em varias situações ajudando, orientando, provando e protegendo os servos de Deus.
a) Orientando e provendo. O anjo que apareceu a Hagar, a escrava egípcia, quando esta peregrinava com seu filho Ismael em pleno deserto, e proveu água e ânimo para ambos (Gn 16:7-12).
b) Anunciando uma mensagem. Os anjos em forma de viajantes que apareceram na tenda de Abraão e sua mulher, e anunciaram que Sara haveria de conceber um filho (Gn 18:1-33).
c)Livrando do perigo. Os anjos que salvaram a Ló e suas filhas da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19).
d) Protegendo seus servos. O anjo enviado para proteger Moisés na sua volta ao Egito para libertar seu povo da escravidão (Êx 33:2).
e) Guiando seu povo. O anjo que guiou a Israel no deserto (Êx 14:19; 23:20).
f) Orientando e estabelecendo uma estratégia de vitória. O anjo que falou a Josué quando este estava diante da muralha de Jericó (Js 5:13-15).
II. Sua Ministração no Novo Testamento
1.No ministério de Jesus. Os anjos de Deus continuaram a exercer suas atividades na nova aliança a partir do ministério pessoal de Jesus Cristo: (a) no seu nascimento (Lc 2:13); (b) após ter sido tentado no deserto (Mt 4:11); © em sua agonia no Getsêmane (Lc 22:43); (d) em sua ressurreição (Lc 24:4-6); (e) em sua ascensão aos céus (At 1:10,11).
2.No ministério dos apóstolos na Igreja Primitiva. É interessante notar que, com a vinda do Espirito Santo e a sua presença constante na vida dos cristãos primitivos, os anjos continuaram a ministrar em favor da Igreja. (a) Inicialmente, os vemos na ascensão de Jesus, animando e confortando os discipulos (At 1:10,11); (b) quando Pedro e João foram presos, um anjo abriu-lhes as portas para que saíssem (At 5:19); © de modo maravilhoso, um anjo trasladou a Filipe por quase 100Kms. O anjo tornou possivel a Filipe romper a lei da gravidade, e, em tempo quase incontável, levou-o até onde estava o oficial do reino da Etiópia, para explicar-lhe a escritura de Isaías (At 8:26-28) etc
III.Serviço Especial dos Anjos
O autor da Epístola aos Hebreus declara que os anjos são “espiritos ministradores” da parte de Deus com a missão especial de preservar os interesses do Reino de Deus e do bem-estar daqueles que o servem.
1.Protegendo o povo de Deus. A Bíblia e a história do povo de Deus testemunham o cuidado angelical com individuos e com grupos de pessoas. De modo individual a Biblia conta a história de Elias (1Rs 19:5-7); Eliseu (2Rs 6:14-17); Daniel (Dn 6:22); Paulo (At 27:23-25). O salmista Davi deve ter experimentado algumas vezes a proteção do Senhor através dos anjos quando declarou: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7).
2.Vigiando sobre os interesses de Deus na vida dos fiéis. O apóstolo Paulo falou acerca dos anjos como expectadores dos eventos da nossa vida, conforme diz o texto de 1Co 4:9. Eles não permitem os ataques de Satanás contra os servos de Cristo além da medida permitida pelo justo Deus. É bom entender que a vontade permissiva de Deus tem a ver com o seu conhecimento antecipado acerca de fatos presentes e futuros da nossa vida. Por isso, há situações em que Deus o permite a fim de que aprendamos a conhecê-lo como Alguém que se interessa e cuida dos seus filhos.
3.Entregando mensagens de Deus aos homens. Esta atividade angelical é percebida e relatada em toda a Biblia. Sempre os vemos cumprindo ordens da parte de Deus no sentido de prevenir, avisar e proclamar sobre situações de calamidades ou mesmo para anunciar coisas boas.
a) Daniel (Dn 10). No Antigo Testamento, destaca-se a presença dos anjos com o profeta Daniel. No capitulo 10, antes de o anjo vir ter com ele, Daniel havia estado em profunda tristeza por três semanas. A fidelidade e o cumprimento da mensagem do anjo a Daniel tem se evidenciado na historia mundial e as previsões futuras estão tendo o seu cumprimento.
b) Jacó (Gn 32). Ao longo de sua vida, Jacó não pode evitar as consequencias das ações ruins praticadas, mas foi capaz de ter um coração quebrantado para com Deus. Por essa razão Deus o escolheu para dar cumprimento à promessa feita a Abraão (Gn 12). Da sua semente surgira o povo especial pelo qual Deus se revelaria ao mundo posteriormente. Entretanto, no capitulo 32 de Gênesis, Jacó teve a experiência que mudou a sua vida e o seu futuro. Na experiência no “vau de Jaboque”, Jacó teve um encontro com um anjo na forma de um homem comum que lhe trouxe uma mensagem, mas este lutou com o patriarca para testar sua tenacidade e persistência.
c) Filipe (At 8:26). Era um diácono de Jerusalém cheio do Espirito Santo e de conhecimento da Palavra de Deus. Ao visitar Samaria, promoveu um grande avivamento espiritual entre os cristãos daquela cidade. O texto diz que um anjo da parte do Senhor apareceu a Filipe, e ordenou-lhe que tomasse o caminho que desce de Jerusalém para Gaza, e lá deparou-se com um etíope, mordomo-mor da rainha de Candace, na Etiópia, o qual lia os pergaminhos do profeta Isaías (At 8:26-28). Nesse episódio da vida de Filipe, um anjo orientou-lhe o que fazer. Mais adiante é o próprio Espirito do Senhor quem fala com Filipe e lhe ordena a que se aproxime daquele etiope para que lhe falasse de Jesus.
4.Os anjos são expectadores dos eventos da nossa vida. O apóstolo Paulo escreveu na sua carta aos corintios que os cristãos são “feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens” (1Co 4:9). A expressão “feitos espetáculo...aos anjos” não significa que os anjos ficam impassiveis quando sofremos fisica e emocionalmente os ataques de Satanás. Eles não ficam como meros expectadores, mas vigiam os interesses de Deus na experiência cotidiana. Não só a história biblica dá testemunho da presença dos anjos na experiência pessoal de tantos homens e mulheres, mas também temos o testemunho na história do Cristianismo até os dias atuais. O Salmo 34:7 declara que “o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”.
5.Atividades Gerais dos Anjos
Os anjos que não se rebelaram com Lúcifer (Ne 9:6), existem primordialmente para servirem ao Deus Triúno (Pai, Filho e Espirito Santo) e tem suas vidas centradas nesse Deus (Fp 2:9-11; Hb 1:6). Eles se deleitam nessa atividade e fazem a vontade de Deus, louvando-o e glorificando-o em todo o tempo (Jó 38:7; Sl 148:2; Is 6:3; Lc 2:13,14).
1.Eles tiveram, tem e terão uma relação especial com a Pessoa e a Obra de Jesus. Na manifestação fisica de Jesus no mundo dos homens, os anjos tiveram uma participação fundamental. O interesse divino era fazer conhecido o seu Filho Amado a toda criatura humana (Jo 3:16) e os anjos contribuiram essencialmente para que isto acontecesse. Eles terão uma participação muito especial na segunda vinda de Jesus, quando ajuntarão todos os homens, bons e maus, para o juizo final de Cristo (2Ts 1:7; 1Tm 3:6; 1Pe 1:12).
2.Eles executam os juízos de Deus. VA execução desses juizos é feita baseada na soberana vontade e justiça de Deus. Não são juizos executados pelo livre-arbitero dos anjos. Eles obedecem aos principios divinos estabelecidos, principios totalmente livres de erros e injustiças. Em sua soberana vontade, Deus tem conhecimento prévio e perfeito de todas as coisas, presentes e futuras. Vemos os anjos em vários fatos biblicos conforme os exemplos de Balaão (Nm 22:22); no castigo de Jerusalém (2Sm 24:16); quando um só anjo feriu aos assirios para livrar o povo de Judá (2Rs 19:35). Davi acreditava na intervenção de Deus através dos anjos para livrá-lo dos seus inimigos (Sl 35:5,6).
3.Eles realizam outras importantes atividades. Em toda a Biblia, vemo-los guiando, encorajando, suprindo e livrando o povo de Deus (Gn 21:17-20; 1Rs 19:5-7; 2Rs 6:15-17; Dn 6:20-23; 10:10-12; Mt 1:20; 28:5-7; At 5:17-20; 12:5-10). Uma de suas atividades principais, no Antigo Testamento é trazer mensagens aos fiéis (Dn 9:20-24; Ap 8:4). Jesus deixou bem firme a doutrina acerca das almas dos justos que morreram na fé. Os anjos conduzem as almas e espiritos dos justos para o Paraiso, que é o lugar de descanso e repouso, como também, há um lugar de tormento para os ímpios (Lc 16:22,23). Eles interpretam visões espirituais (Zc 4:1; 5:5; 6:5; Dn 7:15-27; 8:13-26). Entre outras coisas, os anjos podem controlar as forças da natureza como o sol, chuva, ventos etc (Ap 7:1; 16:3,8,9).

Conclusão:
O ministerio dos anjos não ficou restrito à história bíblica. Os anjos ainda ministram em favor dos servos de Deus e dos interesses do seu reino na terra.

Questionário:
1.De que forma Senaqueribe foi punido por Deus?
2.Como o anjo ajudou a escrava Hagar?
3.Como os anjos apareceram a Abraão?
4.Qual a principal missão dos anjos?
5.O que diz o salmo 34:7?
6.O que diz o apóstolo Paulo em 1Co 4:9?

(EXTRAÍDO da revista “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos – ANJOS uma perspectiva biblica e atual)