domingo, 6 de setembro de 2009

Estudo feito na Escola Biblica Dominical no dia 06/09/2009 na Igreja Batista Getsêmani Missão Guarani Belo Horizonte/MG

O Êxodo
EX. 14:15
Introdução
Os acontecimentos registrados em Êxodo abrangem um periodo de 216 anos, cerca de 1706 a 1490 antes de Cristo. Começa com um povo escravizado habitando na presença da idolatria egípcia e termina com um povo redimido habitando na presença de Deus.
O Êxodo é sem dúvida nenhuma um dos mais belos capitulos da história de Israel; tudo começou por causa da ida de José para o Egito quando vendido pelos seus irmãos (Gn 37:26), depois veio a fome sobre a terra, mas antes, pela providência divina, José torna-se o segundo homem mais importante do Egito ao interpretar os sonhos de faraó (Gn 41:1-36); de fato a fome chegou e os irmãos de José descem ao Egito a procura de alimento, depois Jacó e toda a familia, cerca de 70 pessoas (Gn 42:1-2; 46:1-13, 26:27).
A familia de Jacó foi bem recebida no Egito, foram fecundos, aumementaram muito e se multiplicaram mas o novo reique não conhecera José teve medo porque “...a terra se encheu deles...” (Ex 1:7) por isso escravizou-os.
Decorridos 430 anos desde que os filhos de Israel entraram no Egito (Ex 12:40), Deus com mão forte libertou o seu povo, este acontecimento ficou conhecido como Êxodo, palavra grega que significa “sair”.
O Êxodo significa para Israel a libertação do julgo de faraó e submissão total a Deus.
I.A Grandeza e o Caráter da Libertação de Israel
O propósito de Deus era ter um povo cujo testemunho ao mundo seria: “Salvo pelo poder de Deus Ele desejava gravar na mente de Israel o acontecimento de tal maneira que nos dias vindouros quando viesse a opressão e a provação, pudessem sempre ver e recordar que “a salvação é do Senhor”? No Antigo Testamento a libertação de Israel da terra do Egito é sempre a medida clássica do poder de Deus. Porém no Novo Testamento a medida do Seu poder está na ressurreição de Cristo (Ef 1:19-20; Fl 3:10).
II.As dificuldades de Moisés
1. Ele mesmo: Moisés foi o homem usado por Deus para libertar o povo do jugo de faraó; sua vida é pontilhada por milagres (Ex 1:1-17; 2:3-7; 3:1-15). Um dia tentou livrar um dos filhos de Israel das mãos de um egípcio, na luta acabou matando o homem tendo que fugir (Ex 2:11-15).
Ao receber a ordem para voltar ao Egito e libertar seus irmãos, apresentou algumas dificuldades como a incredulidade de faraó (Ex 3:10-12); Deus prometeu estender Sua mão e ferir o Egito (Ex 3:20); pois, Deus sabia que a maior dificuldade a ser vencida naquele momento era o medo e as dúvidas de Moisés por isso mesmo realizou outros dois milagres, transformandoo aaavr queMisés tinha nas mãos numa cobra e depois na mesma vara e uma de suas mãos ficou leprosa e depois ficou sã (Ex 4:2-6).
A última dificuldade apresentada foi não ser eloquente, pesado de bôca e pesado de língua, Deus apresenta Arão como seu interlocutor (Ex 4:10-15).
Algumas dificuldades em nossa vida serão superadas quando vencermos o nosso medo, as dúvidas, as amarguras, os rancores, o “eu”, o pecado etc. Quando somos dominados por algum desses sentimentos só nos resta exclamar “Miserável homem que sou...” (Rm 7:24), mas o poder da santificação nos capacita a confiar mais em Deus e com toda a convicção dizer: “...Se Deus é por nós quem será contra nós?” (Rm 8:31).
Qual é a tua maior dificuldade para atender a vontade de Deus?
2. Faraó: Moisés conhecia a idolatria do Egito e sabia da incredulidade de faraó e da enorme perda que seria para a economia egipcia perder tantos escravos.
A maneira como faraó reagiu diante das dez pragas prova a sua incredulidade (Ex 7:14 a 11:10).
3. Seus próprios irmãos: Moisés temeu ser rejeitado pelos seus irmãos e que as noticias da libertação não fossem tão alvissareiras.
Por que ele temeu seus irmãos?
3. Estava fora do Egito há 40 anos, tempo suficiente para morrer quase uma geração e surgir outra.
a) Depois de mais de quatro séculos ele sabia que aquela geração não tinha nenhuma experiência com Deus, conhecia-o mais de “ouvir falar” (Ex 3:13). Moisés devia falar doDeus que se indentificou como “Eu sou o que sou” o Deus Vivo e Eterno. Apesar de todas as dificuldades ele aceitou o desafio.
III. A Teologia do Êxodo
1) O Monte Sinai: O Êxodo mostra o que o poder divino pode fazer em favor de um povo. Depois da morte dos primogênitos, faraó deixou o povo sair do Egito (Ex 12:37): depois da travessia do Mar Vermelho, “No terceiro mês...”, chegaram no deserto do Sinai (Ex 19:1-2) onde permaneceram por dois anos (Nm 10:11-12).
Esta parada no Sinai foi importante por dois motivos:
a) O povo recebe um conjunto de Leis capazes de nortear sua vida no sentido religioso, politico, econômico e social, deixam de ser um bando sem legislação; receberam a Lei Moral (Os Dez Mandamentos) e a Lei Cerimonial (Ordenaças e Cerimônias). Podemos afirmar que no Sinai Israel foi confirmado como uma Teocracia (Governo de Deus) ao receber os Dez Mandamentos, que podemos considerar como a Constituição das Tribos Unidas de Israel, para que pudessem se organizar como Estado faltava-lhes apenas a conquista de um território.
b) A religião foi organizada: Mesmo no deserto Deus desejava ver o seu povo em adoração; Moisés recebe o modelo e medidas do Tabernáculo e todas as Leis referentes aos levitas e seu serviço (Lv 8:1 a 10:20).
c) A Marcha: Depois das dez pragas e da Páscoa (Ex 7:14 a 12:1-51), os israelitas saíram do Egito e o Senhor ia adiante deles...” através da nuvem e da coluna de fogo (Ex 13:21-22), todos os obstáculos iniciais foram vencidos como a passagem pelo Mar Vermelho etc (Ex 14:15-25); apesar de toda providência divina os israelitas mumuraram (Nm 11:1-9; 12:1-16; 14:1-12).
O castigode Deus foi fazer perecer toda aquela geração que havia saido do Egito com exceção de Josué e Caleb (Nm 14:20-34), nem mesmo Moisés entrou na Terra Prometida ele também pecou (Dt 32:48-52).
IV. T Tipologia do Êxodo
1) Em relação a Jesus Cristo: A idéia central do Livro de Êxodo é a redenção pelo sangue. Quando Moisés e Arão foram a faraó e pediram a libertação do povo, o pedido foi formulado da seguinte maneira: “...deixa-nos ir, pois caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrificios ao Senhor...” (Ex 5:3).
O sacrificio não podia ser em território egípcio e sim no deserto; Hebreus 13:12-13 diz que Jesus para santificar o povo sofreu fora da porta (Lv 4:21; 16:27; Jo 19:17).
2) A Páscoa apresenta alguns tipos da nossa redenção:
3) O Cordeiro: O Cordeiro sacrificado na Páscoa simbolizava Cristo, o Cordeiro de Deus (Ex 12:3; Jo 1:29).
4) O sangue espargido nas vergas das portas: O sangue de Cristo nos livra de todas as maldições (Ex 12:7, 12-13: Rm 3:24-26; Ipe 1:18-20).
5) O pão Asmo: significa novidade de vida sem o “...fermento da maldade e da malícia e, sim, com os asmos da sinceridade e da verdade (Ex 12:15; Ico 5:8).
6) Comer o Cordeiro: Assim como os israelitas comiam o cordeiro pascoal a Igreja celebra a Ceia do Senhor; o pão representa o corpo do Senhor. Jesus instituíu a Santa Ceia na Semana da Páscoa (Ex 12:1-4; Mt 26:26-30; 1Co 11:24).
6) A passagem pelo meio do Mar Vermelho: 1Corintios 10:1-2 nos fala do batismo do povo de Israel na nuvem e no mar com respeito a Mosés, foram unidos a Moisés como seu líder; da mesma forma somos unidos pelo batismo a Cristo (Jo 1:32-34).
7) O Egito: O Egito representa a escravidão do pecado (Gl 1:4; Rm 6:17-18), uma vez libertos não devemos desejar as “panelas de carne e o pão do Egito”, viver dividido entre Cristo eo mundo (Ap 3:15-16).
Conclusão
O Êxodo foi a primeira experiência de um povo que após 430 anos de permanência no Egito (Ex 12:40), podiam agora afirmar que eram livres. Tudo mudou na vida daquelas pessoas que enfrentavam o grande desafio de serem livres.
Alcançar um bênção muitas vezes se torna mais fácil do que conservála. Por isso que muitos sucumbem tanto na vida material como na vida espiritual porque não admitem ou esquecem que toda a liberdade implica numa responsabilidade.
Nós somos livres do pecado e servos de Cristo.

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