segunda-feira, 1 de março de 2010

Velho Testamento I (ESTER - Parte 04)

3)A Festa de Purim:
1)O decreto do rei permitindo que os judeus se protegessem (8)
2)A vingança dos judeus (9:1-19)
3)A instituição da festa de purim (9:20-32)
4)A grandeza de Mordecai (10:1-3)
Como as leis dos medos e persas eram irrevogáveis (1:19; Dn 6:8), não se podia alterar o edito do rei de destruir os judeus. Mas para neutralizar esta ordem, o rei deu aos judeus, permissão de defenderem-se. Com o apoio do rei, do governo, e de um primeiro ministro judeu a vitória foi assegurada. Mas acima destes meios naturais, estava o Deus invisivel que protegia o seu povo (8:3-15). Hamã foi enforcado como resultado da justa intervenção de Deus.
Geralmente Deus não opera o livramento do seu povo, sem a fiel participação do mesmo. Entretanto, sempre Deus está com o seu povo para prover livramento. Aqui o livramento de Israel resultou na ação de Deus, com a cooperação de crentes fiéis, utilizando-se de um rei impio (8:7,8; Fp 2:2,13). Ao ouvir o segundo decreto do rei Assuero, os judeus ficaram tão animados que fizeram banquetes. É importante observar que a alegria dos judeus foi tão grande que meteu medo nos seus inimigos, a ponto de alguns deles se fazerem passar por judeus para escapar de crimes ocultos. Isto nos faz pensar nas pessoas que atualmente se fazem passar por “evangálicos” para conquistarem o público “artistico evangélico” (8:16,17).
A destruição causada pelos judeus nos seus inimigos no dia 13 de Adar foi maior do que se possa imaginar. O povo judeu foi envolvido numa situação em que teve de lutar para salvar suas vidas. Eles resistiram os seus destruidores, porém, mostraram dignidade, não tocando nos seus despojos, os seus bens. Naquele dia os judeus mataram 75.000 inimigos do povo de Deus (8:10-16; 9:16).
“Aqueles dias chamam purim, do nome Pur” (9:26). Pur na lingua persa significa sorte e a festa de purim, ou sorte, tem referencia ao tempo marcado por Hamã mediante o lançamento da sorte (3:7). Como consequencia da célebre libertação nacional obtida pela providência divina contra as maquinações infames de Hamã, Mordecai ordenou aos judeus que comemorassem o acontecimento com um aniversário festivo que duraria dois dias, de acordo com os dois dias da guerra de defesa que tiveram de sustentar. Havia uma pequena diferença no tempo deste festival, os judeus nas provincias, tendo-se defendido no dia treze, dedicaram o dia quatorze ao festival, ao passo que seus irmãos em Susã tendo prolongado a obra por dois dias, só foram observar a sua festa de ação de graças no dia quinze. Mas isto foi corrigido pela autoridade que marcou o dia décimo quarto e o décimo quinto do mês de Adar. Chegou a ser um tempo de lembranças alegres para os judeus e pelas cartas de Mordecai, distribuidas por todas as partes do império persa, foi estabelecida essa data como uma festa anual, cuja celebração ate hoje se guarda.
Nestes dois dias de festa, os judeus modernos lêem o livro de Ester em suas sinagogas. A cópia não deve ser impressa, mas escrita em pergaminho em forma de rolo e os nomes dos dez filhos de Hamã estão escritos de uma maneira peculiar, sendo agrupados quais uns tantos cadáveres na forca. O leitor deve pronunciar todos os nomes de um só fôlego. Sempre que se pronuncia o nome de Hamã, faz-se um barulho.Preparam-se para o seu “carnaval” por um jejum de três dias, imitando o de Ester, que no entanto, geralmente é reduzido a só dia”.
APLICAÇÕES DO LIVRO DE ESTER A VIDA CRISTÃ]
Embora algumas vezes os bons sofram e os maus prosperem, Deus finalmente inverterá essa ordem. Hamã, cruel tirano, planejou a destruição de Mordecai e de sua nação. Por fim Hamã foi desgraçado e Mordecai elevado.
O cuidado de Deus para com o seu povo não é sempre um fato aparente, mas, não obstante isso, é eficaz. O nome de Deus não se menciona neste livro, mas as evidências de seu cuidado e proteção são abundantes. Podemos ilustra esta verdade por meio da figura de um “diretor de cenas”, que embora oculto detrás do palco tem parte importante na representação da peça. O grande Vingador parece ser indiferente; as paginas da história apenas registram uma luta de morte nas trevas entre os sistemas antigos e a Palavra. A Verdade para sempre na força; o mal para sempre no trono. Sem dúvida esse lado falso domina o futuro. Contudo, por trás do opaco e desconhecido está Deus, no meio da sombra, velando pelos seus.
Deus vê de antemão e provê para cada emergência. Com ele nada sucede ao acaso. Deus previu desde o principio a destruição que se intentava contra seu povo e providenciou para essa emergência. Uma pobre moça judia chegou a ser rainha e desta maneira salvou o seu povo. Deus viu de antemão que Hamã procuraria destruir Mordecai, então, ele agrupou os acontecimentos de maneira que a insônia do rei conduzisse á exaltação de Mordecai. Deus previu que como os decretos dos medos e persas eram imutáveis,os judeus teriam de lutar para salvar sua vida; por isso pos temor no povo e permitiu que os judeus achassem graça perante os governadores. O incidente da insônia do rei, sua idéia de que se lesse o livro das memórias, a leitura por acaso do relato do ato de Mordecai salvando a vida do rei, o fato de o rei receber Ester ao apresentar-se ela sem ser chamada – todos estes acontecimentos, que em si parecem acidentai e insignificantes, foram usados por Deus para libertar seu povo.

Nenhum comentário: