segunda-feira, 1 de março de 2010

Velho Testamento I (2º REIS - Parte 03)

3)Declínio e queda de Israel:
1)Nações que foram enviadas contra Israel (13:19-29)
2)Os sentimentos de Jeová para com Israel (13:23-14.27)
3)Sob o reinado de Oséias Israel ficou cativo (17)
4)Atitudes de Oséias que apressaram o juízo de Israel (17:4)
5)A acusação de Deus contra Israel (17:7-23)
A emigração forçada das tribos para Assíria foi um dos resultados do principio despótico aceito por todo o Oriente, segundo o qual era justificado tornar impossível uma sublevação das nações subjugadas. Neste caso não foi meramente uma trasladação a um outro pais, mas também o começo da dissolução das dez tribos como nação. Não lhes foi designada uma província particular da Assíria como sua morada, mas sim varias províncias distantes uma da outra, de maneira que embora uma ou outra tribo tivesse permanecido mais ou menos unida, as diversas tribos ficaram espalhadas numa nação estrangeira, sem a minima conexão orgânica entre si. Nunca mais voltaram a unir-se; pelo contrario, gradualmente se perderam entre as nações que as rodeavam, de maneira que nada se sabe ate hoje, do que sucedeu a elas. E toda tentativa de descobrir os seus vestígios tem sido debalde.
Neste particular. O exílio das dez tribos se distingue do exílio de Judá e de Benjamin. O desterro em Babilônia foi temporário. Durou um período definido que fora predito pelos profetas (2Cr 36:21; Jr 29:10). Não foi como o exílio assirio, um período de dissolução nacional. Judá não pereceu no exílio, pelo contrario, ganhou forças e voltou a Terra da Promissão. Enquanto as dez tribos só poucos que se tinham unido a Judá e chegado a ser parte desta tribo, conseguiram voltar. As dez tribos tinham, por meio de violenta separação do resto da nação, rompido a união do povo escolhido, e, para poder manter esta separação tinham-se rebelado contra o pacto nacional com Jeová. O rompimento do pacto deu inicio a sua existência como uma nação independente. Também com isso renunciaram ao destino de novo de Deus na historia do mundo. Era o fragmento maior da nação inteira, mas era apenas um membro separado que foi cortado do tronco comum, um ramo separado do tronco, que não podia senão murchar.
Depois de 250 anos de existência separada, quando todas as provas da graça e fidelidade divinas tinham sido debalde, foi a sorte natural das dez tribos perecerem e cessarem de ser uma nação independente. O Senhor removeu-os da sua vista, restando apenas a tribo de Judá (17:18). O caso de Judá foi diferente. Embora tivesse pecado muitas vezes contra o seu Deus, nunca se rebelou de modo formal e em principio contra o pacto e muito menos era a sua existência edificada sobre o rompimento do pacto. Permaneceu como apoio e preservação da lei e assim também da promessa. Sua deportação foi na verdade um castigo duro e bem merecido, mas não a fez perecer e nem como nação desapareceu da historia, mas foi preservada ate que viesse aquele de quem se disse: “Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre na casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1:32,33).
Para ocupar o lugar dos israelitas, o rei da Assíria enviou colonos de seus domínios. Sua idolatria trouxe sobre eles o juízo de Deus em forma de leões. O rei da Assíria logo enviou um sacerdote israelita para instruir os colonos na religião de Jeová. Embora aceitassem esta religião, continuaram ainda adorando ídolos. Misturaram-se com os remanescentes das dez tribos que ficaram na terra e desta união, surgiram os samaritanos. Mais tarde abandonaram a idolatria e chegaram a ser zelosos adeptos da Lei de Moisés.
Depois do cativeiro ficaram ansiosos para se tornarem israelitas, procuraram se unir as duas tribos restantes, mas foram rejeitados por Esdras e Neemias (Es 4:1-3). Isto deu origem ao ódio. Os samaritanos mais tarde construíram o templo rival no monte Gerizim e reivindicaram para esse local o seu lugar verdadeiro de adoração (Jo 4:20). Este templo mais tarde foi destruído por um rei judaico. Os judeus odiavam-nos e com desprezo se referiam a eles como os “convertidos dos leões”, pelas circunstâncias de sua conversão.

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