segunda-feira, 1 de março de 2010

Velho Testamento I (ESTER - Parte 02)

1)A Festa de Assuero:
1)A desobediência de Vasti (1)
2)A coroação de Ester (2:1-20)
3)Mordecai salva a vida do rei (2:21-23)
O fato de Vasti haver recusado obedecer à uma ordem que lhe impunha o rei, expor-se de maneira indecente diante de um grupo de bêbados desordenados. Correspondia à modéstia de seu sexo e à sua dignidade de rainha, segundo os costumes persas a rainha, ainda mais que as esposas de outros homens, que estavam reclusas da vista do público. Se o sangue do rei não estivesse esquentado pelo vinho ou sua razão ofuscada pelo orgulho, ele teria percebido que a sua própria honra, tanto quanto a dela, foi mantida por sua digna conduta. Os sabios, a quem o rei consultou, eram provavelmente os magos, sem cujo conselho, a respeito do tempo propicio de realizar alguma coisa, os reis persas nada faziam. As pessoas nomeadas eram os “sete conselheiros” que formavam o ministerio de Estado. Parece que a sabedoria global de todos foi reunida para consultar o rei quanto ao rumo que deveria tomar depois de uma ocorrencia tão inaudita como foi a desobediencia de Vasti ao chamado real. É quase impossivel imaginar o assombro produzido por essa negativa num pais onde a vontade do soberano era absoluta. Os grandes que se tinham congregado ficaram petrificados de horror ante a atrevida afronta. Um mal-estar pelas consequencias que lhes pudessem vir a cada um deles em sua casa, apoderou-se de suas mentes e o ruido da orgia bacanal transformou-se numa consulta profunda e ansiosa sobre qual seria o castigo a ser aplicado á rainha transgressora.
Note o que diz o versiculo dezenove, referente á lei dos medos e persas. Parece que os persas tinham atingido um grau tão elevado de sabedoria na redação de suas leis, que nunca podiam ser emendadas ou ab-rogadas e nisto se baseia a frase: “leis dos medos e dos persas, e não se revogue”. Evidentemente, Assuero arrependeu-se do tratamento dispensado a Vasti (2:1), mas segundo a mesma lei que tornava irrevogável a palavra de um rei persa, ela não podia ser restaurada ao lugar de rainha.
Em Et 2:3,4 encontramos um costume áspero do Oriente. Quando chegava a ordem da corte real para que uma jovem se apresentasse ante o rei, não importava quão mal disposto estivessem seus pais, não se atreviam a recusar. Assim, Ester foi obrigada a apresentar-se na corte de Assuero. Deve levar-se em conta que no Oriente, onde prevalecia a poligamia, não era considerada desgraça, uma jovem pertencer ao “harém” de um governador. Cada uma delas era considerada esposa do rei.
Notemos a advertência de Mordecai para que Ester não falasse a sua nacionalidade (2:10). Se Ester a tivesse revelado, teria impedido o seu progresso á dignidade de rainha, sendo que os judeus eram geralmente desprezados. Na instrução de Mordecai a Ester, vemos a direção divina, pois foi por ser rainha que ela pode salvar o seu povo. Já em Et 2:21 encontramos outro elo da providência divina. Mordecai protegeu a vida do rei contra os conspiradores e isto foi registrado nas crônicas do reino. Esse incidente teve um papel importante no livramento dos judeus, como veremos maios tarde.

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