segunda-feira, 1 de março de 2010

Velho Testamento I (ESTER - Parte 03)

2)A Festa de Ester:
1)A conspiração de Hamã (3)
2)A lamentação dos judeus (4)
3)A petição de Ester (Cap.5)
4)A elevação de Mordecai (cap.6)
5)A morte de Hamã (7)
A homenagem de prostrar-se, não era inteiramente estranha aos costumes do Oriente. Mas o fato de Hamã querer que todos os oficiais subordinados da corte se prostrassem diante dele com o rosto em terra, isto sim era de se estranhar. Mas a Mordecai parecia que tal atitude de profunda reverência fosse devida somente a Deus.
A nacionalidade de Hamã, amalequita, membro de uma raça amaldiçoada e julgada, era sem dúvida mais um elemento que contribuiu para a recusa de mordecai em curvar-se diante de Hamã. O fato de Mordecai ser judeu, e sua desobediência basearem-se em escrúpulos religiosos, aumentou ainda mais a gravidade da ofensa, visto que o exemplo de Mordecai seria imitado pelos seus patricios. Se tivesse sido a homenagem uma simples prova de respeito civil, mordecai não a teria recusado. Mas os reis persas exigiam uma espécie de adoração que até os gregos consideravam degradante e que para Mordecai teria sido uma violação do segundo mandamento.
Hamã ficou tão irritado por ter Mordecai recusado adorá-lo, que resolveu destruir inteiramente a raça judaica, e a fim de marcar um dia para a execução de seu propósito, lançou sortes. Ao recorrer a este método de fixar o dia mais propício para executar o seu projeto atroz. Hamã fez o que os reis e nobres da Pérsia sempre fizeram, nunca tomando parte em nenhuma empresa sem consultar os astrólogos e assim estar certos quanto a hora da sorte. Fazendo voto de vingança, mas desdenhando destruir uma só vitima, planejou o exterminio de toda a raça judaica, os quais, como ele bem sabia, era inimigos acérrimos de seus patricios. Representou-os habilmente, como povo de hábitos, costumes e maneiras estranhas e inimigas do resto de seus súditos, procurando Hamã obter a sanção do rei para a matança intencionada. Um motivo apresentado para fazer prevalecer o seu plano, evocava o amor do rei pelo dinheiro. Temendo que seu amo dissesse que a exterminação de uma grande parte de seus súditos abaixasse grandemente as contribuições públicas, Hamã prometeu a restituição da perda (3:9).
Embora, como dissemos em nossa introdução, não haja referencias diretas á religião judaica, o fato de que Ester e Mordecai jejuaram indica oração a Deus. Note que embora não se faça menção ao nome de Deus, no 4:14 ensina claramente a fé no cuidado e na proteção de Deus. Parece que Mordecai tinha plena certeza de que Deus livraria seu povo e na providência divina. Ester tinha subido ao trono com o propósito de libertar seu povo. As circunstâncias naturais aparentemente favoreciam uma audiencia de Ester com o Rei visto que a trinta dias que ela não era convocada pelo Rei (4:11). Ester esperava inclusive a morte por sua atitude de entrar a presença do rei mais acima de tudo confiava na providencia divina (4:16-5.3).
O capitulo seis mostra claramente os atos providentes de Deus. Ele usou a insônia do rei Assuero para efetuar o reconhecimento e exaltação de Mordecai (ou Mardoqueu) pelo próprio desafeto, Hamã. Aqui encontramos uma prova de que Deus vela pelo seu povo de dia e de noite (6:1-10). Outra prova da providencia de Deus está revelada no fato de Ester não ter rogado a Assuero pela libertação do seu povo, o que deu tempo de Deus tratar com o rei através da insônia para prepara-lo para entender quem era na verdade Hamã. As vezes perdemos muitas batalhas na guerra espiritual por que somos apresados em querer resolver os nossos problemas sem esperar na providencia divina. E o feitiço virou por cima do feiticeiro (7:11). Pv 26:27 diz: “O que faz uma cova cairá nela; e a pedra voltará sobre aquele que a revolve”. E em Sl 9:15 diz: “Afundaram-se as nações na cova que abriram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé”.

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