segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Velho Testamento I (2º Samuel parte 3)

3)Os últimos anos de Davi:
1) Os três anos de fome (21)
2) O cântico de Davi (22)
3) As últimas palavras de Davi (23)
4) O pecado de Davi por contar o povo (24)

A causa da fome mencionada no capitulo vinte e um, foi o fato de Saul ter quebrado o pacto que Josué fez com os gibeonitas (Js 9). As vezes encontramos alguns lideres que com aparência de zelo pela obra de Deus quebram certos marcos e depois não sabem por que estão sofrendo ele e os seus familiares.
Spurgeon chamou o capitulo vinte e dois de “retrospecto de gratidão”. No fim da vida, Davi revê o passado as vicissitudes e provas de sua vida e reconhece com gratidão a graça e a fidelidade de Deus.
No capitulo 23:1-7, são registradas as ultimas palavras de Davi. Aqui há uma conexão com o Salmo setenta e dois, cujo ultimo versículo parece indicar ser a ultima oração de Davi. Na opinião de Davi, um governador ideal e escolhido por Deus é o que governa com justiça, e Davi sentia ter alcançado este ideal embora tenha encontrado muitas dificuldades e fracassos (23:3-5). A respeito dos seus inimigos, Davi disse que serão destruídos (23:6,7). O restante do capitulo dá uma relação dos valentes de Davi e das suas façanhas e, também nos dão uma ideia da devoção destes homens para com Davi e do apreço de Davi ao valor deles (23:8-39).
O capitulo vinte e quatro relata o pecado de Davi em contar o povo. Em uma comparação com 1Cr 22:1-6 demonstra que foi Satanás o instigador deste pecado de Davi. Embora Deus a ninguém tente (Tg 1:13), frequentemente é descrito na Bíblia como se ele permitisse que o diabo fizesse por motivos alheios a nossa compreensão humana. Neste caso, Deus permitiu que satanás tentasse Davi, satanás foi quem agiu enquanto Deus somente retirou sua proteção. Assim o grande tentador prevaleceu contra o rei.
A ordem foi dada por Joabe que embora, em geral não fosse escrupuloso, não deixou de apresentar em termos fortes (1Cr 21:3) o pecado e o perigo desta medida, e usou todos os argumentos para dissuadir o rei do seu propósito. O fato de contar o povo não foi em si mesmo ato pecaminoso, porque Moisés o fez pela autoridade expressa de Deus. Mas Davi agiu não somente independente de tal ordem ou sanção, mas por motivos indignos do divinamente escolhido rei de Israel, motivado pelo orgulho e a vanglória. Agiu por autoconfiança e falta de confiança em Deus, sobretudo, por designios ambiciosos de conquista, para cujo êxito estava resolvido a forçar o povo ao serviço militar e para averiguar se podia reunir um exercito suficientemente grande para a magnitude da empresa que pensava levar a cabo. Foi uma violação da constituição, uma infração da liberdade do povo, em oposição a politica divina que exigia que Israel continuasse como uma nação separada.

Nenhum comentário: