sábado, 6 de fevereiro de 2010

Velho Testamento I (1º Reis Parte 01)

Tema:
Em 1º e 2º Samuel relata-se que a nação judaica exigiu um rei a fim de tornar-se como as demais nações. Embora contraria a sua perfeita vontade. Deus lhe concedeu essa petição. Aqui no 1º Livro dos Reis, aprendemos a historia de Israel sob o domínio dos reis. Apesar de governarem muitos reis de caráter reto, a historia da maior parte deles é a de governos maus e iníquos. De acordo com a sua promessa em 1Sm 12:18-24. Deus não deixou de abençoar o seu povo quando o buscava. Mas, por outra parte, nunca deixou de castiga-lo quando se separava dele.

Autor:
O autor humano do 1º Livro dos Reis é desconhecido portanto, anônimo. Acredita-se que Jeremias tenha compilado dos escritos de Natã e Gade (1Cr 29:29).

Esfera de ação:
Vai desde a morte de Davi ate o reinado de Jorão sobre Israel, cobrindo um período de 118 anos de 1015 a 897 a.C.

Conteúdo:
1)O estabelecimento do reino de Salomão (1-2)
2)O reinado de Salomão (3-11)
3)A divisão e declínio do reino (12-22)

1)O Estabelecimento do Reino de Salomão:
1) A conspiração de Adonias (1:1-38)
2) Salomão nomeado por Davi (1:39-53)
3) A morte de Davi (2:1-11)
4) A subida de Salomão ao trono (2:12-46)

No final da vida de Davi, o seu filho Absalão tentou usurpa-lhe o Trono (2Sm 15:1-6). Depois, o seu filho mimado Adonias, a quem a Bíblia diz que ele nunca disse não, provocou uma conspiração para usurpar o trono de Salomão, de quem Davi havia dito que lhe sucederia no trono. O último encargo de Davi a Salomão antes de morrer foi que ele devia edificar a casa do Senhor, ou seja um templo a Deus (1Cr 22:9,10). Porém, Davi fez umas recomendações de suma importância a Salomão (2:1-9), as quais quero trazer a luz da nossa reflexão.
Davi deu instruções especiais referentes a algumas pessoas e grupos éticos existentes no Reino. Davi dá estas instruções, não como um homem particular, mas como o rei de Israel. O assassinato duplo cometido por Joabe tinha passado sem castigo. Quando foi cometido, Davi não estava em condições de castigar a Joabe; mas sentiu todo o peso desse ato e proferiu uma imprecação contra ele (2Sm 3:29).
Na opinião do povo a falta de castigo, possivelmente, ficou caracterizada como um insulto contra a lei e a justiça. Recaindo a culpa sobre o rei. Era uma mancha no seu reinado que ainda não estava apagada. Já no leito da morte, Davi lembrou que era o seu dever, como juiz supremo, dar ao seu sucessor uma ordem explicita acerca desse assunto. Isto pesava na sua consciência e ele desejava que de alguma maneira a mancha fosse removida. Além disso, a participação de Joabe na revolta de Adonias devia parecer muito perigosa para o trono de Salomão.
Assim como o castigo de Joabe é uma questão de consciência, do mesmo modo o foi á recompensa de Barzilai. O que Barzilai tinha feito o fez para ele como rei, ou como ungido de Jeová. Tal fidelidade e devoção a casa reinante deviam ser recompensadas publicamente e reconhecida em honrosa recordação depois da morte do rei.
Em contraste direto á ação de Barzilai estava a de Simei. Ele não amaldiçoou Davi como individuo, mas o amaldiçoou com a maldição mais pesada, como o ungido de Jeová. Assim amaldiçoou indiretamente ao próprio Jeová, porque a blasfêmia contra o rei estava no mesmo nível da blasfêmia contra Deus (21:10). Ambas eram passivas de castigo de morte (Lv 24:14; Ex 22:27). A razão por que Abisai pensou que Simei devia morrer (2Sm 19:22). Mas Davi desejava mostrar-se compassivo nesse dia em que Deus havia mostrado grande misericórdia para com ele. E por esse motivo salvou a sua vida. Não era de pouca importância o permitir ao infiel que vivesse perto dele. Permitir-lhe que passasse os seus dias tranquilamente sob o reinado seguinte, que nunca lhe foi prometidos teria sido uma bondade que poderia ser muito abusada abrindo uma precedência de crimes não castigados. De fato, Simei era homem perigoso, capaz de repetir o que tinha feito com Davi. Quanto aos demais, Davi deixou que Salomão escolhesse a maneira e o tempo de seus castigos, contanto que não ficassem impunes.

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