segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Velho Testamento I (1º Samuel parte 1)

Tema:
O Livro de Samuel é um livro de transição. É o registro da passagem do governo de Israel por Juizes ao governo por Reis. Da passagem do governo de Deus, o Rei Invisível – que fez com que Israel fosse diferente das outras nações – ao governo de um rei visível que o tornou igual as outras nações. O Livro de Samuel é uma história que inclui o atrativo pessoal de biografia. O conteúdo pode agrupar-se ao redor de três pessoas: 1) SAMUEL, um patriota e juiz de coração humilde e consagrado, que servia a Deus obedientemente. 2) SAUL, um rei egoísta, pródigo, ciumento e obstinado, faltoso e infiel na lealdade a seu Deus e 3) DAVI, um homem segundo o coração de Jeová. O doce cantor de Israel, um varão de oração e louvor, provado, disciplinado, perseguido e finalmente coroado monarca de todo Israel.

Autor:
Supõe-se, geralmente, que Samuel escreveu os primeiros vinte e quatro capítulos, e pelo fato de serem os profetas Natã e Gade mencionados juntamente com Samuel em 1Cr 29:29, como biógrafos dos acontecimentos da vida de Davi, conclui-se que eles foram os autores dos capítulos restantes.

Esfera de Ação:
Vai desde o nascimento de Samuel até a morte de Saul. Abrange um período de 115 anos, ou seja, de mais ou menos de 1171 a 1056 a.C.

Conteúdo:
1)Samuel (1-7)
2)Saul (8-15)
3)Davi (16-31)

1)Samuel:
1) O nascimento de Samuel (1:1-2.11).
2)A vocação de Saul (2:12-3)
3)A arca é tomada (4-5)
4)O regresso da arca (6-7)

O lugar de culto quando Samuel nasceu era em Siló (1Sm 1:3). Só mais tarde, no reinado de Davi, é que Jerusalém se tornou o lugar de adoração (2Sm 5:6-9). Elcana amava Ana ardentemente (1:8). Entretanto Ana vivia triste por não ter filhos o que era um opróbrio para qualquer uma mulher israelita (Gn 30:23; Lc 1:25). Ana demonstrou a sua total dedicação ao Senhor no fato de ter doado o seu filho para a obra de Deus (1:11).
Os pais atuais devem expressar a sua dedicação a Deus e a Sua obra ofertando os seus filhos para a obra missionaria. Os pais que apoiam e incentivam os seus filhos a dedicarem-se na obra desfrutarão de grande favor de Deus.
Ao prometer que não cortaria o cabelo de Samuel, Ana estava fazendo um voto de nazireado (1:11; Nm 6:5-14). Nisto Ana e Samuel estavam se assemelhando ao que fala em Lc 1:13-15, quando o anjo fala com Zacarias.
Embora o livro de 1Samuel tenha sido escrito para registrar a transição entre o período entre os juizes e a monarquia, os oito primeiros capítulos foram dedicados ao registro do nascimento, infância, e liderança sacerdotal e profética de Samuel, o ultimo dos juizes de Israel. Esse profeta de Deus antecedeu a instituição do reino de Israel, cujo rei devia permanecer submisso à palavra de Deus e ao seu Espirito, manifesto em Samuel (1:20).
O cântico profético de Ana exalta o cuidado providencial de Deus para com os que lhe são fiéis (2:1-10). Maria mãe de Jesus também fez um cântico de exaltação a Deus como Ana esposa de Elcana (Lc 1:46-55).
Entretanto no episódio da desobediência dos filhos de Eli aprendemos que é possível alguém permanecer ministrando estando em pecado, até o dia que encher a medida da ira de Deus (2:22-25). Porém, A recompensa da humildade de Ana, Deus lhe deu outros cinco filhos (2:21).
Deus avisou a Eli que puniria os seus filhos pelos seus pecados e Eli pela sua omissão (2:27-36). Depois do fracasso do sacerdócio, Samuel chegou a ser o chefe espiritual do povo e o mediador entre ele e Deus.
Os capítulos quatro e cinco relatam a tomada da arca. Esta era um simbolo da presença da glória do Senhor (Nm 14:43,44; Js 3:6; 1Sm 14:18,19; Sl 132:8). A arca devia ir diante de Israel nas suas peregrinações pelo deserto e algumas vezes diante do exército em tempo de guerra (Js 3:6). Diante da arca os chefes consultavam a vontade do Senhor (Ex 23:22; Js 7: 6-9; Jz 20:37). Israel, em sua condição de apostasia fez uso supersticioso deste móvel sagrado, pensando que o seu mero uso formal lhe traria a vitória confiaram “nela” em vez de confiar no poder do Senhor do qual era simbolo (4:3). Sua grande aclamação no campo foi apenas o resultado de entusiasmo natural. A volta da arca causou um forte efeito positivo sobre os Israelitas (6:13). Note que Samuel toma sobre si o oficio de sacerdote fazendo sacrifícios (7:9).

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