segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Velho bTestamento I (2º Samuel parte 1)

Tema:
O livro todo se concentra na figura de Davi. Portanto, o segundo livro de Samuel é o quadro do ungido de Deus, para quem nossos olhos se dirigem: é o quadro do homem segundo o coração de Deus que iremos estudar. Comecemos o nosso estudo com a seguinte pergunta: o que há em Davi o torna detentor do título de homem segundo o coração de Deus?
Não o observamos de longe de modo a vé-lo como rei, em posição elevada, rodeado por toda a insignia da realeza, mas sim observamo-lo de perto, na sua familiaridade de homem. Vejamos a Davi, não somente no trono, mas também no lar, nas suas tristezas mais profundas. Na hora de seus maiores triunfos, ouçamos as suas orações e os seus elogios. Sua justa indignação e suas palavras de bondade, ternura e generosidade. Somos testemunhas do seu pecado, arrependimento, momentos de impaciência e dignidade real. O quadro todo, apesar de partes sombreadas, apresenta-nos um homem em cuja vida Deus ocupava o primeiro plano. Para Davi, acima de todas as demais coisas. Deus é uma gloriosa realidade Davi é um homem que está profundamente consciente de sua própria debilidade, erro e pecado, mas que conhece a Deus, e confia nele de todo o seu coração.

Autor
Os acontecimentos registrados em 2 Samuel foram acrescentados provavelmente ao livro de Samuel por Natã ou Gade (1Cr 29:29). No cânon original hebraico, 1º e 2º Samuel formavam um único livro. Foram divididos pelos tradutores da Versão dos Setenta (cerca do ano 285 a.C.), quando traduziram o Antigo Testamento para a língua grega

Esfera de Ação
Vai desde a morte de Saul até a compra do local do templo, abrangendo um período de 37 anos

Conteúdo
1)A elevação de Davi (1-10)
2)A queda de Dava (11-20)
3)Os últimos anos de Davi (21-24)
1)A Elevação de Davi:
1) A morte de Saul (1)
2) Davi chega a ser rei sobre todo Israel (2-5)
3) A arca trazida a Jerusalém (6)
4) O pacto de Davi (7)
5) As conquistas de Davi (8-10)

Acreditam alguns eruditos que a historia do amalequita (1:4-10), fosse invenção dele. O objetivo daquele amalequita em vir a Davi com as novas da morte de Saul foi achar favor perante seus olhos. Imaginou que o rei se sentiria alegre com a noticia da morte de seu inimigo. Davi, vendo o mal motivo do jovem castigou-o justamente. Ao fazer isso, Davi agiu conforme o principio que tinha seguido em todos os seus contatos com Saul: reverência pelo ungido do Senhor. Desejava evitar toda a aparência de ser cúmplice da morte dele.
VEJAMOS AQUI ALGUMAS COISAS IMPORTANTES:
Judá foi a primeira tribo a reconhecer Davi como rei (2:1-4). Davi demonstrou benevolência com Saul ao honrar a sua memória (2:5-7). Abner instigou a guerra entre Judá e as onze tribos (2:8-11). A guerra fortaleceu a Davi, confirmando-o sobre o trono (3:1). Nesta época Abner fez aliança com Davi (3:12-26). Joabe era rancoroso e vingativo (3:22-30). Davi indignou com Joabe pela morte de Abner e amaldiçoou a descendência de Joabe. Porém demonstrou fidelidade para com o seu amigo Jônatas, filho de Saul colocando-o no Palácio (4). Davi foi nomeado rei sobre todo o Israel com 40 anos em Hebrom (5). Durante o reinado de Davi Israel teve duas capitais Hebrom e Jerusalém (5:1-9). Davi ganhou uma casa que foi edificada por Hirão rei de Tiro (5:11). Por esta ocasião Davi compôs o Salmo 30.
Ao trazer a arca da aliança de volta para Israel, isto foi um ato louvável por parte de Davi mas a maneira de trazê-la foi uma violação da lei de Deus. A arca era para ser conduzida pelos sacerdotes e não por carros. Às vezes as inovações se torna pecado. Davi ficou com tanto medo que depois disto deixou a arca na casa de Obede-Edom por três meses, como resultado disto a casa de Obede-Edom foi muito abençoada. Nisto aprendemos a importância da palavra de Deus na vida da família (Nm 4:14,15; 7:9; 6:10-20). Davi tinha uma vida tão temente a Deus que mesmo em um momento de euforia e descontrole, quem foi julgada e condenada a esterilidade por tê-lo criticado foi a sua mulher, Mical filha de Saul (6:21-23). Davi propôs fazer um Templo para Deus, visto que o lugar de adoração do povo de Israel ainda era o Tabernáculo desde a saída do Egito. Entretanto Deus não aceitou e prometeu que um seu filho o edificaria prometendo que o Salvador do mundo nasceria da sua descendência (7:1-29; 1Cr 22:8).
O Dr. Scofield diz: “Este pacto, sobre o qual o glorioso reino de Cristo da semente de Davi segundo a carne, será fundado, assegura: 1) Uma casa a Davi, a saber: posteridade, família; 2) Um trono a saber: autoridade real; 3) Um reino a saber: uma esferas de governo; 4) Perpetuamente, para sempre”.
Este pacto tem só uma condição: a desobediência na família de Davi será punida com castigo mas não com a anulação do pacto (2Sm 7:15; Sl 89:20-37; Is 53:3). O 1º castigo se impôs, na divisão do reino sob o reinado do neto de Davi, Roboão e finalmente nos cativeiros (2Rs 25:1-7). Desde então, só um rei da família de Davi foi coroado e foi coroado com espinhos. Mas o pacto davídico confirmado a Davi pelo juramento de Jeová e renovado a Maria pelo anjo Gabriel é imutável (Sl 89:30-37; Lc 1:31-33; At 2:29-32). É interessante observar a bela oração de agradecimento que Davi pronunciou após a celebração deste pacto (7:18-29). Como Davi estabeleceu completamente o seu reino e como demonstrou a sua bondade para com a família de Davi,podemos ler em 2Sm 8,9.

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