sábado, 7 de março de 2009

A Era Patriarcal

A ERA PATRIARCAL
Atos 7:2-8
A história de Israel inicia-se com a escolha e chamada de Deus a Abraão, quando este habitava em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, Gn 11:31 e At 7:2. Abraão inaugura a “era patriarcal” e toda a história do povo que havia de descender dele, Gn 17:6. Os patriarcas são os pais genealógicos da nação israelita, Gn 17:5. Em várias passagens, Deus se identifica com sendo “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Nesta lição estudaremos os três patriarcas mencionados.
I – Abraão, o Pai da Fé
a) A chamada – Abraão habitava próximo à Babilônia, nas imediações do Golfo Pérsico. Ur dos caldeus, apesar de sua civilização adiantada, era uma cidade conhecida por sua idolatria. Foi nesse lugar que o Todo-poderoso apareceu a Abraão e disse-lhe: “Sai da tua terra...”, Gn 12:1. Abraão se dispôs a obedecer à ordem divina, Hb 11:8, e caminhou até Harã, onde interrompeu sua jornada por um tempo, Gn 11:31-32, até a morte de seu pai, At 7:4.
b) Os nomes – Deus chamou a Abraão com um propósito bem definido: fazer dele uma grande nação. Por isso mudou-lhe o nome, que era Abrão (pai exaltado) para “Abraão” que significa “pai duma multidão”, Gn 17:5. Deus mudou o nome de Sarai (contenciosa) para “Sara” que significa “princesa”, Gn 17:15-16.
c)O milagre – Antes mesmo de receber a palavra de Deus, Abraão já era casado, porém não tinha filhos. Quendo Deus lhe prometeu descendentes incontáveis, Gn 13:16, Abraão argumentou que sua esposa era estéril, Gn 11:30 e ambos idosos, Gn 18:11; seu herdeiro seria, portanto, no seu modo de entender, o escravo Eliézer, Gn 15:2. Deus, no entanto, revelou Sua vontade, Gn 17:19, e o milagre aconteceu: Sara, embora bastante idosa, deu a luz a Isaque, Gn 16:16 e 21:1-3.
d) As peregrinações – Deixando Harã, Abraão seguiu para a terra de Canaã, Gn 12:4-5, conduzindo, por cerca de 650 Km, sua familia, servos e todos os bens. Abraão obedeceu à ordem do Senhor. Embora não soubesse o que iria ocorrer, pela fé se pôs em marcha.
Depois de muito tempo, ao chegar a Siquém, o primeiro ato de Abraão foi erigir um altar, Gn 12:6-7 e Deus renovou sua promessa de abençoar toda a terra. Através de Abraão começava uma nova fase para a humanidade.
Os anos seguintes não foram fáceis para Abraão. Havia fome na terra, e teve que descer ao Egito, Gn 12:10, onde enfrentou problemas. Quando voltava a Canaã, seu sobrinho Ló separou-se dele, Gn 13:1-12, vindo a ficar cativo. Como Abraão era um homem poderoso, pode ajudá-lo e libertá-lo, Gn 14:14-16.
II.Isaque, O filho da promessa
O nascimento de Isaque, Gn 21:6-7, era a garantia de que Deus realmente estava cumprindo sua promessa de formar uma grande nação para Sua adoração exclusiva.
a) O casamento – Isaque casou-se com Rebeca. Gênesis 24 registra esse fato. Esse lindo casamento foi inteiramente preparado por Deus, Gn 24:10-27.
b) A confirmação da promessa – Depois da morte de Abraão, aos 175 anos, Deus confirmou Sua promessa a Isaque, Gn 26:2-4. Em decorrência disso, Rebeca, que era estéril, concebeu e deu à luz os gêmeos Esaú e Jacó, Gn 25:24.
c) A bênção patriarcal – Ainda que advertido por Deus de que Jacó seria o herdeiro das promessas feitas a Abraão, Gn 25:23, Isaque quase cometeu o erro de abençoar Esaú, Gn 27. Finalmente, o patriarca compreende os propósitos divinos e ministra sobre Jacó a bênção de Abraão, Gn 28:1-4.
III. Jacó, que veio a ser Israel
É em Jacó que todas as promesssa feitas a Abraão e a Isaque tomam forma definida. Abraão gerou, além de outros filhos, Gn 25:1-2, a Ismael e Isaque. Porém só Isaque era o filho da promessa, Gn 17:19; Rm 9:7. Isaque gerou a Jacó e a Esaú, mas a bênção de Abraão repousou apenas sobre Jacó. Cada um desses descendentes de Abraão e Isaque formou um povo distinto, mas apenas os descendentes de Jacó é que vieram a formar a nação israelita, cuja história estamos estudando.
a) O nome “Israel” - Jacó significa “suplantador, enganador”. Curiosamente, esse nome define exatamente a personalidade desse homem que antes de nascer já lutava com seu irmão no ventre de sua mãe, Gn 25:22-23; nasceu agarrado ao calcanhar do irmão, v.26; comprou-lhe o direito de primogenitura, v. 29-34. Enganou o pai, Gn 27: 18-27; enganou e foi enganado pelo sogro, Gn 29:18-25; 30:41-43 e 31:41.
Mais amadurecido, Jacó teve uma grande experiência com Deus. Retornava a Canaã, após 20 anos de ausência, e temia a vingança de Esaú. No vau do Rio Jaboque passou a noite numa renhida luta, pedindo para ser abençoado, Gn 32:24-26. O varão, com quem lutava, o abençoou, mas mudou-lhe o nome para “Israel” que significa “aquele que luta com Deus”, Gn 32:27-30.
b) A promessa em Betel – Betel significa “casa de Deus”. Foi exatamente ali, em sua primeira parada, na fuga para Harã, que Deus lhe apareceu e confirmou todas as promessas feitas a Abraão e a Isaque, Gn 28:12-19.
c) A vida de Jacó em Padã-Arã – Retornando ao tempo em que Jacó deixou sua casa, fugindo de Esaú, ele foi à terra de seus pais, com o propósito de se casar com alguém que fosse da familia de Abraão, Gn 28:2. Lá trabalhou durante 20 anos para Labão, seu tio e futuro sogro, Gn 31:41. Casou-se, Gn 29:20-30, e gerou 12 filhos. Estes filhos é que vieram a constituir as 12 tribos de Israel.
(EXTRAÍDO da Revista de Estudos Bíblicos Número 49 “ALELUIA” História de Israel)

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