domingo, 30 de maio de 2010

O CASAMENTO


Por isso deixa o homem pai e mãe e se une a sua mulher tornando-se os dois uma só carne (Gn 2:24).

Estudo ministrado na Escola Biblica Dominical no dia 30/05/2010 na Igreja Metodista Wesleyana de Venda Nova – Belo Horizonte/MG

Objetivo Geral
Defender a instituição do casamento, a partir de um correto entendimento biblico e ético a respeito dele.

Comentário
Indubitavelmente, o casamento foi projetado por Deus como a melhor estrutura social, visando o bem estar da raça humana. A partir do casamento, tem-se a constituição da familia, que é o fundamento universal das sociedades, podendo ser encontradas nas mais diversas formas, em todos os agrupamentos humanos.
Desde sua instituição, o casamento vem sofrendo ataques terriveis. Mas, sem duvida, é nos nossos dias que investidas sem precedentes, tem sido perpetradas contra a familia e o casamento, no intuito de destrui-los. Como cristãos que valorizam os principios éticos e morais da familia, devemos lutar com todas as nossas forças na defesa e na preservação do matrimônio.

1.Conceituações biblicas sobre o casamento
Em seguida, veremos alguns conceitos fundamentais apresentados pela Biblia concernentes ao casamento.
1.1– O Casamento Bíblico é (Heterossexual)
No relato da criação de Gênesis 1:27,28, fica claro que Deus ao criar HOMEM e MULHER, MACHO e FÊMEA, que o casamento é de caráter HETEROSSEXUAL (entre um homem e uma mulher). Este principio fundamental da moral biblico-cristã tem sido adulterado pela perversão dos homens ímpios dos nossos dias. Por influência do “movimento gay” ao redor do mundo, muitos paises tem aprovado o “casamento homossexual”, e outras aberrações semelhantes.
Como povo de Deus e guardiões das verdades biblicas precisamos declarar nossa indignação e revolta contra estas práticas, e lutarmos pela Ética Cristã, e o casamento heterossexual.

1.2– O Casamento biblico é (Monogâmico)
A Monogamia (o casamento de um homem com uma só mulher) é um outro conceito básico do casamento biblico. Não podemos negar que a biblia menciona a prática da Poligamia (o casamento de um homem com varias mulheres), principalmente no Antigo Testamento, por razões sociais e politicas. Contudo, a prática da poligamia, nunca foi aprovada por Deus, e sim tão somente tolerada por Ele. A poligamia sempre foi fonte de problemas familiares e espirituais. Um bom exemplo disso é Salomão (1Rs 11:4). Apesar da realidade da prática da poligamia, a orientação de Deus é: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Esse modelo foi confirmado por Jesus (Mt 19:6; Mc 10:8). Com isso fica evidente que a MONOGAMIA, e não a poligamia, é o ideal de Deus para o casamento.

1.3– A Familia na biblia é (Patriarcal)
Esse conceito de familia patriarcal apresentado na biblia é muito importante. A familia é denominada “casa do Pai” (Gn 12:1) e o fato de as genealogias procederem por linhagem paterna indicam que o marido é o núcleo fundamental em torno do qual se organiza a familia. É consenso em toda a biblia que a autoridade na familia foi dada ao homem (autoridade, e não autoritarismo). Leia Efésios 5:22-29. O advento do movimento feminista trouxe confusão e crise no seio das familias e na vida conjugal, também na criação dos filhos, que perderam toda a referência de autoridade dentro de casa. Precisamos do movimento de femininas, e não de feministas.

1.4– A biblia desaconselha o casamento misto
Apesar das graves advertências feitas por Deus nas Escrituras buscando a pureza religiosa e espiritual do seu povo, geralmente, Israel praticou o casamento misto com povos gentios, sofrendo grandes prejuizos espirituais e enfraquecendo a sua fé em Deus (Ed 9:1,2). Essa realidade ainda se percebe nos nossos dias no interior das nossas igrejas. Muitos irmãos e irmãs estão sofrendo por conta de um casamento misto. Por isso, o apóstolo Paulo condena o casamento com incredulos (2Co 6:14,15).

1.5– O Casamento deve ter a bênção de Deus e estar de acordo com as leis do país
Não se discute a importância da bênção pastoral no casamento religioso. Mas não podemos esquecer que o casamento, ao mesmo tempo em que é uma instituição divina, é também humana, e como tal, deve estar de acordo com as leis do pais, conforme o modelo apresentado em Romanos 13:1-7. Portanto, expressões como: “amigo com fé, casado é”, ou “juntar os trapinhos”, não traduzem, nem significam casamento, do ponto de vista juridico, e muito menos do ponto de vista biblico.

2.Alguns aspectos importantes do relacionamento conjugal
Os primeiros capitulos do Gênesis descrevem alguns aspectos importantes do relacionamento conjugal, vejamos:
a) a necessidade de relacionamento interpessoal. “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). O homem não foi criado para viver em solidão. (não temos vocação para ser como um Robinson Crusoé);
b) Para que possa ocorrer relacionamento interpessoal, o homem tem de amar outro “semelhante” a ele, que o complete (Gn 2:18). Os animais podem fazer companhia ao homem, mas não entrar em comunhão com ele. Por isso Deus fez a mulher da mesma natureza e dignidade do homem;
c)A criação da mulher a partir do homem mostra que ambos só serão completos quando se tornarem uma só carne no casamento (Gn 2:23).

3.Algumas crises inerentes da dinâmica do relacionamento conjugal
Nesse ponto quero, numa perspectiva mais antropológica e sociológica, abordar algumas crises inerentes ao processo evolutivo do relacionamento conjugal. O amor no casamento, uma vez que se inicia, não acontece todo de uma só vez. Pelo contrário, é uma realidade em permanente desenvolvimento e evolução. Por isso, é normal que crises, mais ou menos agudas, aconteçam no inter-relacionamento do casal. Vamos assinalar algumas situações tipicas que costumam provocar tais crises:
a) o necessário abandono do sistema de vida da familia de cada cônjuge e a constituição de um novo sistema, adaptado ao novo casal, costuma ser o primeiro motivo de crise para a nova familia;
b) o aparecimento do primeiro filho, principalmente se ocorre no inicio do casamento, origina nova crise. Isto porque, acrescenta-se à condição de casal, uma nova condição, a de pais,
c)a educação, a escolarização e, posteriormente o casamento dos filhos supõe também variações bem grandes na vida do casal;
d)finalmente, com as alterações da biologia sexual, e a diminuição da libido, e com a chegada da velhice, tem-se um outro momento critico no relacionamento conjugal.
Todas essas crises fazem parte da dinâmica do casal, que deve aprender administrar com tranquilidade e sabedoria, e com a graça de Deus.

Conclusão
Admitimos que alguns não se sentem vocacionados para o casamento, preferindo uma vida celibatária. A Biblia faculta esse direito. Contudo, o grande projeto de Deus para com o ser humano, sem duvida é o casamento. Melhor é serem dois do que um!

Aplicação Prática
1.Casamento é compromisso, é uma aliança onde a palavra de fidelidade e cuidado é empenhada e deve-se vigiar para que esta aliança seja mantida, porque Deus é fiel e espera que, como seus filhos, possamos espelhar sua fidelidade.
2.A Biblia dá as diretrizes para que sejamos bem sucedidos em nossos casamentos, e é importante que cada um analise seu comportamento à luz dos Seus principios. É importante lembrar que o primeiro milagre de Jesus ocorreu dentro de um casamento, e que o milagre só ocorreu porque houve primeiro a obediência à ordem do Mestre (Jo 2:1-10).
3.Jesus disse que “Veio dar vida, e vida com abundância” (Jo 10:10). Portanto, ser feliz não é algo que está atrelado ao estado civil, mas à comunhão com o Senhor Jesus. A descoberta da alegria em Cristo é fundamental para a vida, seja ela uma vida de solteiro ou de casado.

Fixação de Aprendizagem
1.Qual a postura Biblica a respeito da poligamia?
2.E o casamento misto, por que, segundo a Biblia, não é aconselhável?

terça-feira, 25 de maio de 2010

TIPOS DE INVEJA

O sentimento de inveja pode se manifestar de diversas formas.

CONHEÇA ALGUMAS DELAS

Inveja com Lamento
Acontece quando o fato de não ter algo que se quer se torna alvo de lamento, com discursos do tipo: "O outro tem tudo e eu sou um coitado porque não tenho nada". Esse sentimento de vítima faz com que a pessoa invejosa sofre muito e acabe se afundando e se entristecendo cada vez mais.

Inveja Destrutiva
Trata-se do desejo de que o outro perca o que tem ou que piore de alguma forma. É um sentimento intencional, voltado para a destruição, com vontade de querer usurpar o que a outra pessoa conquistou. O invejoso é quem mais sofre, pois esse sentimento não vai lhe ajudar a construir ou a conseguir o que deseja para si

Inveja Branca
È natural do ser humano observar o que o outro tem e até desejar o mesmo para si. A chamada inveja branca acontece quando a cobiça se torna um incentivo para que alguém melhore de vida e não para que continue de olho nas coisas do outro, desejando que ele perca o que tem. Normalmente não é intencional.

Vampiros Emocionais
São pessoas que sugam a energia do outro, que tiram o brilho e o bem-estar de quem está por perto. A pessoa fica o tempo todo se fazendo de "coitadinha" ou então deprecia o outro por inveja ou por medo de que se sobressaia mais que ele. Pode ser intencional ou não.

Fonte: Psicólogas Rachel Zausner Skarbnik e Sâmia Simurro

terça-feira, 18 de maio de 2010

Conhece Jesus?

Jesus respondeu:
- Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais tera fome, e quem crê em mim nunca mais tera sede.
- Eu afirmo a voces que isto é verdade: quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto, mas morreram. Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá. Eu sou o pão vivo que desceu do ceu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre.
E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.
E por isso ele pode, hoje e sempre, salvar as pessoas que vão a Deus por meio dele, porque Jesus vive para sempre a fim de pedir a Deus em favor delas. (João 6:35,47-51; Hebreus 7:25)

domingo, 16 de maio de 2010

SEXUALIDADE HUMANA I


Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, á imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra... (Gn 1:27,28a.)

Estudo ministrado na Escola Biblica Dominical no dia 16/05/2010 na Igreja Metodista Wesleyana em Venda Nova – Belo Horizonte/MG.

Objetivo geral
Mostrar que o sexo é essencialmente bom e puro, e que o casamento é a instituição criada por Deus, para que nele, possamos desfrutar das bênçãos de uma boa vida sexual.

Comentário
Apesar de estarmos vivendo na primeira década do seculo XXI, falar de sexo ainda é tabu para muitos cristãos, que por falta de informação correta da liderança das igrejas sobre o assunto, mantêm uma visão torcida de algo tão fundamental para o ser humano. Antón (p. 114,115), ilustra bem isto reproduzindo um diálogo que acontece num gabinete pastoral:

Mulher: - Meu marido não me deixa crescer em minha vida espiritual, porque só pensa “nisso”.
Pastor: - Que é “nisso”?
Mulher: - Bem... nisso... você sabe, não é?
Pastor: - E... que tem que ver “isso” com sua vida espiritual?
Mulher: - Bem, eu digo a meu marido que deveriamos abster-nos dessas coisas a fim de termos mais espiritualidade.
Pastor: - Eu não vejo contradição alguma entre uma boa vida sexual no matrimônio e o adequado cultivo da vida espiritual.
Mulher: - Mas, pastor, isso diz a palavra de Deus.
Pastor: - Onde está escrito isso?
Mulher: - O Salmo 51 diz: “...em pecado me concebeu minha mãe”.

Esta, sem dúvida, é uma interpretação equivocada do texto sagrado.

1.A Sexualidade na Biblia
Ainda que a Biblia muitas vezes use eufemismos para falar de sexo, no geral, ela trata desse assunto com clareza e sem pré-conceitos. Um bom exemplo disso é o livro de Cantares, que apresenta imagens e expressões sexuais bastante ousadas. O marido admira os seios de sua amada (4:5; 7:3-7), e fica fascinado com seus doces beijos (4:11). Ela, por sua vez, aprecia os afetuosos abraços dele (8:3), o seu falar doce (5:16), e suas pernas (5:15). Essa sensualidade descrita em Cantares reproduz uma vida sexual ativa e satisfatória do povo de Deus na vida conjugal.

1.1 – A Natureza do Sexo
A sexualidade humana não é originalmente fruto do pecado, nem a causa dele. Também não é obra do diabo. Antes, porém, a Biblia afirma com clareza que Deus sim é o criador do sexo. Vejamos então: em Gênesis 1:27,28, o texto diz que Deus criou o homem a sua imagem, homem e mulher os criou. E em seguida disse: multiplicai-vos e enchei a terra. No entanto, o mais lindo de tudo isto é que Deus os abençoou e disse-lhes: sede fecundos. Obviamente, a fecundação nos tempos antigos só era possivel através do ato sexual.
Na criação, aparece repetidas vezes a expressão: “e viu Deus que isto era bom” (Gn 1:10,12,18,21,25,31). Podemos conduzir a respeito do sexo, que sua natureza intrinseca é boa, pura e santa, já que é um ato da maravilhosa criação de Deus. Veja ainda Hebreus 13:4.

2.O Propósito do sexo no Casamento
A sexualidade humana é uma força continua, em contraste com as dos animais, que só se manifesta no periodo do cio. Esta força continua deve ser administrada com inteligência e temperança para que se torne fonte de alegria e bem-estar
A biblia impõe como condição sine qua non que a prática do ato sexual se de tão somente na vida conjugal, nos moldes da palavra de Deus (casamento heterossexual, e em conformidade com as leis do pais). Portanto, a prática do sexo pré-conjugal, ou extra-conjugal, configura abominação aos olhos de Deus.
O ato sexual praticado entre marido e mulher tinha duas finalidades principais: gerar filhos e proporcionar prazer aosônjuges. Para os judeus, o sexo não era um problema e nem um fardo.
O apóstolo Paulo aborda este assunto de forma esclarecedora em (1Co 7:1-7), afirmando que o casal deve manter relações sexuais regularmente, e que a mulher deve proporcionar prazer ao seu marido, e ele, igualmente a ela. O texto dá a entender que a mulher tinha o direito de ter uma postura ativa, desejando o ato sexual, e buscando a satisfação junto ao seu marido.

Conclusão
Ao concluir essa lição, quero reiterar que a sexualidade humana é uma bênção de Deus, e a expressão máxima do amor vivido pelos cônjuges, que no ato sexual, conforme as Escrituras, tornam-se uma só carne, numa união perfeita (Gn 2:24; Mt 19:5; 1Co 6:16; Ef 5:31). Tamanha é importancia desse ato, que o apóstolo Paulo usa-o para ilustrar a união espiritual que o crente tem com Cristo (Ef 5:32).
Vivamos assim uma vida sexual feliz, satisfatória, ativa e equilibrada com a bênção de Deus e para sua glória.
Amém!

Aplicação Prática
1.Tenha uma mentalidade biblica acerca do sexo. Conheça os textos da Escritura sobre este assunto a fim de que não haja conceitos errôneos em sua mente.
2.Não pense que a espiritualidade de uma pessoa deve negligenciar os aspectos fisicos de seu corpo. Uma espiritualidade sadia precisa considerar a Biblia, e foi Deus o autor do corpo humano, e, portanto, autor do sexo.
3.A saúde na vida espiritual requer uma postura correta diante do corpo, da sexualidade, dos deveres conjugais. Paulo mostrou que esta é uma área que pode se constituir em oportunidades para Satanás agir na vida de um casal caso o comportamento dos cônjuges não seja adequado (1Co 7:5).

Fixação de Aprendizagem
1.Qual a visão correta sobre a relação sexual?
2.Cite qual condição esta associada a prática da relação sexual nos moldes cristãos.

sábado, 15 de maio de 2010

John Wesley e o avivamento Wesleyano III

As multidões aumentavam diariamente até chegar a vinte mil ouvintes. Os mais ricos ficavam sentados em seus coches e outros em seus cavalos. Alguns sentavam nas árvores e em toda parte o povo se reunia para ouvir Whitefield pregar. Todos eram às vezes levados a chorar, conforme o Espírito de Deus descia sobre eles.


Whitefield continuava insistindo com Wesley para ir a Bristol e ajudá-lo. Em abril, Wesley ficou ao lado de Whitefield em Kingswood, ainda questionando se era adequado falar fora do prédio da igreja. Naquela noite Whitefield pregou sobre o Sermão do Monte. De repente compreendeu que Jesus também pregara ao ar livre. Whitefield voltou a Londres e no dia seguinte Wesley pregou então a três mil ao ar livre em Kingswood. Ele permaneceu em Bristol durante dois meses, mais ocupado do que nunca. Seus cultos das 7 horas da manhã de domingo geralmente tinham de cinco mil a seis mil ouvintes.

Ali, para surpresa de Wesley, ele começou a observar o Espírito Santo convencendo poderosamente as pessoas de seus pecados enquanto pregava. Indivíduos bem vestidos,arrogantes e de coração endurecido, repentinamente gritavam como se estivessem em agonia. Tanto homens como mulheres, dentro e fora dos prédios das igrejas, tremiam e caíam no chão, Quando Wesley interrompeu seu sermão e orava em favor deles, logo encontravam paz e rejubilavam-se em Cristo.

Um quacre , grandemente aborrecido com os gemidos e gritos das pessoas que eram convencidas de seus pecados, foi repentinamente atirado ao chão em profunda agonia por seus próprios pecados. Depois de Wesley ter orado, o quacre exclamou: "Agora sei que és um profeta do Senhor". Cenas similares ocorream em Londres e Newcastle. Wesley não encorajava essas reações emocionais e declarou que poderia haver casos de fingimento. Ele falava sempre em voz calma e controlada, sem mostrar emoção. Mas reconheceu também que o poder de Deus estava operando, convencendo e transformando pessoa após pessoa. -Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento

Whitefield continuo pregando a milhares, na Inglaterra e nos Estados Unidos, até sua morte, aos 56 anos, em 1770. Ele e o John Wesley tiveram uma diferença de teologia, com o Whitefield se tornando calvinista e associando-se à igreja Presbiteriana, porém os dois permaneceram grandes amigos. Sabendo das suas diferenças doutrinárias, alguem perguntou a Whitefield se ele achava que iria ver o John Wesley no céu. "Temo que não", ele respondeu, "ele estará tão perto do trono eterno, e nos tão distantes, que quase não veremos ele".

O ministério de evangelismo do Wesley continuou a crescer, e ele começou a criar "sociedades de avivamento" nos lugares onde ele ministrava. Este grupos pequenos se reuniam para oração, encorajamento e estudo bíblico. No início Wesley encorajava os grupos a permanecer na Igreja na Inglaterra, mas diferenças com a igreja a respeita a seu estilo de pregação ao ar livre, sua mensagem de salvação pela fé, e sua utilização de leigos como pregadores e líderes das sociedades, levou ao estabelecimento da igreja Metodista.



John Wesley viajou extensivamento, na Inglaterra e na Ámerica, e o fogo de avivamento se espalhou rapidamente. Em agosto de 1770 havia 29.406 membros, 121 pregadores e 50 zonas na Inglaterra,inúmeros pregadores e 100 capelas nos Estados Unidos. Quando Wesley morreu, no dia 2 de março de 1791, havia mais de 120.000 metodistas nas suas sociedades.

John Wesley e o avivamento Wesleyano II

Em outubro de 1735 John e Charles Wesley viajavam para América como missionários, porém depois de um pouco mais que dois anos, John voltou a Inglaterra, em fevereiro de 1738, preocupado com sua própria salvação. "Fui para a América converter os índios", ele lamentou, "mas, oh, quem vai me converter?". Poucos meses depois, no dia 24 de maio, John teve uma experiência na qual ele obteve a certeza da sua salvação pelá fé. Poucos anos depois, John e outros membros do Clube Santo tiveram uma experiência poderosa de enchimento com o poder do Espírito Santo:


No dia do Ano Novo, 1739, John e Charles Wesley, George Whitefield(Foto ao lado) e mais quatro membros do Clube Santo fizeram uma festa de amor [santa ceia] em Londres. 'Cerca de três da manhã, enquanto estávamos orando, o poder de Deus caiu tremendamente sobre nós, a tal ponto que muitos gritaram de alegria e outros caíram ao chão (vencidos pelo poder de Deus). Tão logo nos recobramos um pouco dessa reverência e surpresa na presença da Sua majestade, começamos a cantar a uma voz: "Nós te louvamos, ó Deus; Te reconhecemos como Senhor"'. Este evento foi chamado de Pentecoste Metodista. - Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento.
A partir deste dia, um grande avivamento começou. Dentro de um mês e meio, George Whitfield estava pregando para multidões de milhares, com John Wesley fazendo o mesmo dentro de três meses. Com apenas 22 anos de idade, Whitefield começou a pregar ao ar livre:

John Wesley e o avivamento Wesleyano I

"Eu me coloco em chamas, e o povo vem para me ver queimar" - John Wesley (respondendo à pergunta de como ele atraía as multidões)

"Dai-me cem homens que nada temam senão o pecado, e que nada desejam senão a Deus, e eu abalarei o mundo." - John Wesley


(Citações do livro "On Earth as it is in Heaven" por Stephen L Hill)

O Grande Reavivamento dos anos 1739 - 91 é frequentemente chamado de Reavivamento Wesleyano. É que, embora Deus tivesse usado grandemente George Whitefield, os dois irmãos Wesley e dúzias de pregadores leigos para acender o fogo de reavivamento, John Wesley pregou em mais lugares, a mais pessoas e durante um maior número de anos do que os outros. Ele também fez mais para conservar o fruto do reavivamento. John Wesley foi claremente o líder escolhido por Deus para este impressionante despertamento espirtual. - Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento.

John Wesley nasceu no dia 17 de junho de 1703, em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra. Com dezessete anos ele começou estudar teologia na faculdade de Oxford, e recebeu sua diploma de bacharel em 1724 e seu doutorado em 1727. Ele foi consagrado ministro da igreja Anglicana (Igreja da Inglaterra) em 1724. John continuou na faculdade de Oxford, onde ele era membro do Conselho da Faculdade Lincoln e professor de grego.

Em 1729 Charles Wesley, o irmão de John, e mais dois estudantes começaram um pequeno grupo que se reunia para oração, estudo bíblico e encorajamento mútuo. John logo tornou-se o líder do grupo, que era chamado o "Clube Santo". Eles usavam um sistema metódico de auto-exame e auto-disciplina, e por este motivo foram chamados de 'metodistas' por alguns. O grupo nunca cresceu muito, variando entre 10 e 15 membros, com um máximo de 25. Um outro jovem chamado George Whitfield juntou-se ao grupo depois de alguns anos, tornando-se um grande amigo de John Wesley.
Resumo Cronológico da vida de Wesley
1703-1791



1703 - 17 Junho. John Wesley nasceu da união do Rev. Samuel Wesley e de sua esposa Susanna, em Epworth, no Lincolnshire.

1709 - 9 Fevereiro. O lar dos Wesleys, The Rectory (O Presbitério), sofreu um incêndio, ficando John preso no seu interior. Ele foi socorrido através de uma janela de um dos pisos superiores.

1714 - 28 Janeiro. Wesley iniciou a sua escolaridade oficial na Escola de Charterhouse, em Londres.

1720 - 24 Junho. Wesley iniciou os seus estudos universitários no Colégio Christ Church, na Universidade de Oxford.

1724 - Wesley foi graduado com um Bacharelato em Artes.

1725 - 19 Setembro. Wesley foi ordenado Diácono da Igreja Anglicana.

1726 - 17 Março. Tornou-se Membro (Fellow) do Colégio Lincoln, em Oxford. Ele dava aulas sobre os clássicos, a lógica e a divindade.

1727 - 14 Fevereiro. Galardoado com o grau de Mestre em Artes.
17 Agosto 1727 - Novembro 1729. Wesley foi destacado como pároco coadjutor de seu pai, o Prior de Epworth, em Wroot.

1728 - 22 Setembro. Ordenado Presbítero na Igreja Anglicana.

1729 - Nos primeiros meses, Charles Wesley juntou-se aos seus amigos e formou o Clube Santo.
22 Novembro. John Wesley reassumiu os seus deveres no Colégio Lincoln e tornou-se o líder natural do Clube Santo.

1735 - 5 Abril. O Rev. Samuel Wesley, o pai de John, morreu em Epworth.
14 Outubro. John e Charles Wesley embarcaram no navio The Simmonds, de Gravesend com destino à Geórgia, a convite do General James Oglethorpe’s. John como capelão dos colonos em Savannah e Charles como seu secretário.

1736 - 6 Fevereiro. Desembarcaram na América, perto da cidade de Savannah.
26 July. Charles Wesley deixou a América e partiu para Inglaterra.

1737 - 22 Dezembro. Wesley deixou a América a bordo do navio The Samuel com rumo a Inglaterra.
1 Fevereiro. Wesley alcançou a Inglaterra e desembarcou em Deal.

1738 - 1 Maio. Com o morávio Peter Bohler, Wesley formou a Sociedade religiosa de Fetter Lane.
21 Maio em casa de João Bray, na Pequena Bretanha. Charles Wesley experimentou a sua conversão, sendo inspirado a escrever o Hino:

“Por onde começará a minha alma maravilhada?

Como poderemos todos nós aspirar ao céu?

Um escravo redimido da morte e do pecado

Um tição retirado do fogo eterno…”


24 Maio, uma sociedade perto da Rua Aldersgate. John Wesley experimentou a sua conversão, que ele descreveu no seu Jornal: “Ao entardecer eu fui sem grande vontade a uma sociedade na Rua de Aldersgate, onde alguém estava a ler o prefácio de Lutero à Epístola aos Romanos. Cerca de um quarto para as nove, enquanto ele estava a descrever a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, eu senti o meu coração estranhamente aquecido. Eu senti que confiava em Cristo, somente em Cristo para a salvação; e uma certeza foi-me dada que Ele havia retirado os meus pecados, mesmo os meus, e me havia salva da lei do pecado e da morte.”


13 Junho - 16 Setembro. John Wesley viajou pelo Norte da Europa, visitando os morávios em Herrnhut, na fronteira com a Boémia.

1739 - 28 Março. John Wesley escreveu a um amigo anónimo que o havia criticado pelas suas incursões inconvenientes na vida das paróquias sob responsabilidade de outros clérigos. “Eu considero todo o mundo como a minha paróquia, por conseguinte eu quero dizer, que, em qualquer parte que eu esteja, eu considero o que vejo, correcto, e é o meu sagrado dever declarar a todos que estejam dispostos a ouvir, as alegres novas da salvação. Eu sei que este é o trabalho para o qual Deus me chamou.”


2 Abril. John Wesley proferiu o seu primeiro sermão ao ar livre, em Bristol, tendo sido introduzido neste estilo de pregação pelo Jorge Whitefield. Desta forma começou uma carreira que duraria até o fim de sua vida, uns 52 anos.


3 Junho. John Wesley pregou pela primeira vez no New Room (Nova Sala), em Bristol.


11 Novembro. Wesley pregou pela primeira vez na sua nova sede em Londres, a Capela da Fundição.

1742 - 15 Fevereiro. Wesley estabeleceu as primeiras Classes em Bristol, para melhor controlar as necessidades pastorais dos membros da Sociedade.


23 Julho. Susanna Wesley, a mãe de John e de Charles, morre. O seu último desejo foi: “Filhos, assim que eu seja resgatada, cantem um salmo de louvor a Deus.” John sepultou-a no cemitério de Bunhill Fields, em Londres.


20 Dezembro. Wesley colocou a primeira pedra para o Orfanato, em Newcastle-upon-Tyne.

1743 - 20 Outubro. John Wesley enfrenta a multidão desordeira em Wednesbury.

1744 - 25-30 Junho. John Wesley convida os seus assistentes para uma primeira conferência Metodista, na Capela da Fundição, em Londres.

1747 - 8-27 Agosto. John Wesley visitou a Irlanda pela primeira vez.

1748 - 24 Junho. Wesley abriu ao público a Escola de Kingswood, nas proximidades de Bath, com a intenção de educar as crianças dos mineiros metalúrgicos da área.

1749 - 8 Abril. John Wesley celebrou o casamento de seu irmão Charles com Sarah Gwynne.

1751 - 10-17 Fevereiro. Wesley escreveu dois livros para os alunos da Escola de Kingswood, uma “Gramática Hebraica” e “Lições para Crianças”.


19 Fevereiro. John Wesley casou com Mary (Molly) Vazeille, viúva de um mercador londrino de ascendência huguenote. A 1 de Junho ele resigna à condição de Membro (Fellow) do Colégio Lincoln, em Londres.

1753 - Outubro. Wesley publica o seu “Dicionário” da língua inglesa, “o mais pequeno e económico, mas também, de longe, o mais correcto que jamais existiu”. Ele concebeu-o para uso das “pessoas de senso comum e analfabetas”.

1755 - O primeiro Serviço do Pacto com Deus foi dirigido por Wesley.

1756 - 14 Maio. John Wesley publica “Notas Explicativos sobre o Novo Testamento”.

1760s - O Metodismo progride e espalha-se em Antígua e no Norte da América.

1769 - 4 Agosto. Wesley enviou os primeiros dois pregadores metodistas itinerantes à América.

1771 - Fevereiro. O casamento de Wesley desfez-se e Mary Vazeille deixou-o.

1777 - 21 Abril. Wesley colocou a primeira pedra da sua nova capela (a Capela de Wesley) num hectare de terra situada na Royal Row (City Road), onde outrora haviam existido moinhos de vento.

1778 - 1 Novembro. John Wesley abriu a sua Nova Capela em Londres.

1779 - 8 Outubro. John Wesley escreveu no seu Jornal: “Esta noite eu instalei-me na nova casa em Londres. Quantas mais noites passarei eu ali?”

1780 - 1 Maio. Wesley publicou “Uma Colecção de Hinos para o Uso do Povo chamado Metodista”.

1781 - 7 Outubro. A mulher de John Wesley morreu em Newcastle.

1784 - 9 Março. Wesley executou o Direito de Declaração (um direito de sondagem) definindo os poderes constitucionais da Conferência Metodista, que o precederia na liderança do povo chamado metodista.


1-2 Setembro. John Wesley ordenou pastores para trabalharem nos novos Estados independentes da América.

1788 - 29 Março. Charles Wesley morreu. Ele foi sepultado no Cemitério da Rua Marylebone Churchyard, em Londres.

1790 - 6 Outubro. João Wesley pregou o seu último sermão ao ar livre sob uma frondosa árvore em Winchelsea.

1791 - 23 Fevereiro. Wesley pregou o seu último sermão entre quatro paredes, em Leatherhead, para “uma família que havia recentemente começado a ouvir a verdade.”


24 Fevereiro. Wesley escreveu o seu último registo no diário.


Quarta-feira, 2 Março. João Wesley morreu pouco antes das 10 horas da manhã na sua casa em Londres, com a idade de 87.


9 Março. Wesley foi sepultado de madrugada, nas traseiras da sua Capela; num local que ele havia escolhido para si.



Preparado pelo Museu do Metodismo,

A Capela de Wesley, 49 City Road,

London EC1Y 1AU; Tel. 020 7253 2262;

Site na Web: www.wesleyschapel.org.uk
De Movimento a Igreja


1740 - Primeiro Pregador Leigo

1742 - Classes Metodistas

1744 - Primeira Conferência

1746 - Primeiro Circuito

1747 - Primeira visita dos irmãos Wesley à Irlanda

1748 - Abertura da Escola de Kingswood

1751 - Primeira visita dos irmãos Wesley à Escócia

1755 - Primeiro Culto do Pacto com Deus

1760 - Primeiros Metodista em Missão - Antigua e América

1769 - A primeira Escola Dominical

1777 - Thomas Coke adere ao Metodismo

1779 - A primeira conferência na New Chapel

1784 - O primeiro apelo missionário de Thomas Coke

- O Acto de Declaração

- As primeiras Ordenações

1786 - Os primeiros missionários para a Índia

1788 - (29/03) Morte de Charles Wesley

1791 - (02/03) Morte de John Wesley



1813 - Primeiro Distrito Metodista

1814 - Morte de Thomas Coke

- Primeiros Missionários para a Ásia

1815 - Primeiros Missionários para a Austrália

1818 - Formação da Sociedade Missionária Metodista Wesleyana

1834 - Início da formação para Ministros Metodistas

- Criação da Associação Metodista

- Os "Mártires de Tolpuddle"

1849 - Movimento Reformista Wesleyano

1852 - A Escola de Kingswood muda-se para Bath

1854 - Início do trabalho Metodista em Portugal

1858 - Começo do trabalho das Mulheres

1861 - Primeiro artigo do "Methodist Recorder"

1865 - William Booth e o Exército de Salvação

1872 - Colégio de Southlans em Bettersea

1875 - Início da missão em Liverpool

1878 - Admissão de Leigos à Conferência anual Wesleyana

1881 - A primeira Conferência Metodista Ecuménica em Londres

1890 - Criação da Ordem Diaconal Wesleyana

1934 - Acto de União
O Mundo é a minha Paróquia

UM CONVITE OPORTUNO

John e Charles passaram então a pregar sempre que lhes surgia a oportunidade. No entretanto tiveram muitos púlpitos fechados ao seu "entusiasmo" e falavam principalmente nas Sociedades londrinas e nos arredores da cidade. No começo de 1739 Whitefield iniciara um grande trabalho em Bristol, a 17 de Fevereiro, começando a pregar ao ar livre aos mineiros de carvão de Kinswood. Fortalecido pelos resultados da sua pregação entre o povo, Whitefield convidou John Wesley a ir a Bristol. Hesitava Wesley em pregar ao ar livre, mas a oportunidade de proclamar o Evangelho aos necessitados era irresistível. E a 2 de Abril começou ele em Bristol o que viria a ser um costume por mais de 50 anos, enquanto as forças lhe permitiram. De imediato Charles seguiu o exemplo do irmão.
Ainda que não possuindo o poder dramático de Whitefield, John Wesley era um pregador por poucos igualado quanto ao efeito sobre o povo - sincero, prático, corajoso. Daí em diante percorreria a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda.


REVº GEORGE WHITEFIELD
Gravura de W. H. Gibbs, na Biblioteca da Sociedade Histórica Wesleyana, Soouthlands College, Wimbledon.

CAVALGANDO...

John Wesley viajou a cavalo e, quando mais velho, de carruagem aberta, cerca de 250.000 milhas. Frequentemente cavalgava com rédea solta, de modo a poder ler simultaneamente e dizia que poucos cavalos tropeçariam nestas condições. Estabeleceram-se Sociedades Metodistas por todas as ilhas Britânicas. Os principais centros eram Londres, Bristol e Newcastle upon Tyne.


Estátua equestre de John Wesley no "New Room" em Bristol.
Foi executada por A. Gordon Walker.
Foi um presente do Sr. E. S. Lamplough e foi descerrada no dia 16 de Fevereiro de 1933.
A rédea solta mostra o modo como Wesley cavalgava, tendo assim liberdade para ler enquanto o cavalo andava.
Fotografia de Keith Ellis


FUNDIÇÃO

Em conjunto com os Morávios, John Wesley ajudou a fundar uma sociedade religiosa em Fetter Lane na cidade de Londres. Uma cisão neste pequeno grupo levou-o a comprar, em 1740, o velho arsenal real perto de Moorfields, o qual tinha sido danificado por uma explosão e abandonado 20 anos depois. Este edifício foi reparado e usado como casa de pregação e como casa de Wesley em Londres. Foi aqui que sua mãe passou os últimos anos e morreu. A sua sepultura pode ser vista no cemitério "Não Conformista", Bunhill Fields, que se situa do outro lado da Capela de Wesley.
"A Fundição", como tem sido conhecida esta primeira casa de pregação, foi substituída pela Capela de Wesley, em City Road, inaugurada em 1778. Este edifício, restaurado em 1978, foi descrito por John Wesley como "bonito mas não perfeito", embora os melhoramentos acrescentados mais tarde pareçam contradizer aquela afirmação. Ao lado da capela, fica a casa de Wesley que foi a sua moradia durante 12 anos. Foi nesta casa que veio a falecer em 2 de Março de 1791.


A Fundição, Moorfields, Londres, 1740.
Gentilmente cedida pelo Dr. Jobson, do seu livro "Church and School Architecture".
De George Stevenson: Capela de City Road (1872)

BRISTOL
A sede Metodista para o oeste da Inglaterra era em Bristol. Ali, na Feira de Cavalos, foi construída em 1739 a primeira casa Metodista de pregação - ainda conhecida hoje em dia por "New Room" (Novo Lugar). Por cima da capela encontram-se quartos que eram destinados a John Wesley e aos pregadores itinerantes. Estes alojamentos eram constituídos por pequenos quartos à volta de uma sala comum onde eles podiam partilhar uma refeição e contar as suas experiências. Uma pequena janela dava-lhes uma panorâmica sobre a própria capela.
Em volta do pátio havia estábulos para os cavalos dos pregadores. A estátua equestre de John Wesley (já mostrada) encontra-se agora no seu centro. Entrar neste pátio, vindo do moderno e movimentado centro comercial é como retroceder dois séculos e meio. Poucos visitantes Metodistas não se comoverão, ao ver a mais velha igreja Metodista do mundo.

Sala Comum dos Pregadores
Capela de John Wesley (New Room) em Bristol


O ORFANATO DE NEWCASTLE

Na sua primeira visita a Newcastle upon Tyne em 1742 multidões de pessoas juntaram-se para ouvir John Wesley pregar: "Eu sabia que metade das pessoas não podiam ouvir-me embora a minha voz fosse forte e nítida; e eu fiquei colocado de modo a poder vê-los todos, espalhados pela colina." (Jornal, 30 de Maio de 1742). Um obelisco assinala agora o lugar e a ocasião.
No mesmo ano, mais tarde Wesley conseguiu um local e foi então constituída a primeira casa de pregação Metodista no nordeste de Inglaterra (a segunda no país). Ficou conhecida como "O Orfanato" dado que Wesley tinha pensado receber lá crianças órfãos. Em vez disso, os quartos por cima da capela foram usados pelos pregadores e suas famílias e no último andar havia um quarto separado, para uso pessoal de Wesley.
Este edifício tornou-se o centro de uma sociedade Metodista séria e dedicada. Foi aqui que Grace Murray, uma jovem viúva por quem Wesley se apaixonou, trabalhou como governanta e ajudou as várias sociedades daquela região. O romance foi contrariado pelo irmão Charles e Wesley casou mais tarde com Mary Vazeille, mas esta união não foi bem sucedida.


Orfanato, Newcastle-upon-Tyne.
Da autobiografia de John Wesley

GWENNAP, CORNUALHA

Outra parte do país que se tornou um bastião do Metodismo, foi a Cornualha. John Wesley pregou várias vezes no grande anfiteatro natural de Gwennap. Uma vez a multidão foi, por ele, calculada em cerca de 10.000 pessoas! Nem todas os habitantes da cornualha eram receptivos; houve multidões violentas, particularmente em St. Ives, onde, em 1772 uma casa de pregação foi completamente destruída. Havia também, como em toda a parte, hostilidade por parte da aristocracia rural.
Em 1789 John Wesley visitou a Cornualha pela última vez. Diz-se que em Gwennap a multidão atingiu 25.000 pessoas e Wesley sabia que não podia fazer-se ouvir por todos. As congregações saudavam-no onde quer que ele fosse. Com 86 anos escreveu: "Descobri agora que envelheci".

Arena de Gwennap tal como é hoje.
Fotografia de Keith Ellis
OS PREGADORES DE WESLEY

Um grupo de pregadores iluminados juntou-se a John Wesley. Alguns deles, tal como John, foram ordenados Anglicanos. Outros eram leigos, como John Nelson, o pedreiro de Yorkshire, que foi líder da sociedade Metodista de Birstall. Tal como Wesley, viajavam a cavalo ou a pé e pela dedicação à pregação sofreram grande desconforto e até violência.
Nelson dá-nos a chave para o sucesso da pregação de Wesley, descrevendo o efeito que ela exerceu nele "...Eu pensei que ele estava a olhar para mim...e quando ele falava, pensava que as suas palavras se dirigiam a mim".

SR. JOHN NELSON
Gravura da Biblioteca da Sociedade Histórica Wesleyana, Southlands College, Wimbledon


ORGANIZAÇÃO

John Wesley nunca pretendeu fundar uma igreja separada. Os suas casas eram lugar de pregação. As celebrações e os encontros Metodistas tinham lugar a diferentes horas dos serviços realizados pela Igreja de Inglaterra. O povo Metodista era encorajado a assistir nas igrejas da sua paróquia e a receber lá os Sacramentos do Baptismo e da Santa Ceia. Chamavam sociedades aos seus grupos locais - uma palavra que serviu para descrever os membros de uma igreja Metodista até 1974.
As grandes Sociedades eram divididas em grupos ou classes com um líder, que se encontrava regularmente com eles e lhes dava assistência pastoral. Em 1744 realizou-se a primeira Conferência Metodista na "Fundição", a qual se tem realizado anualmente desde então. Em 1746 as Sociedades foram agrupadas em Circuitos (também denominados Círculos). Só depois da morte de Wesley, os Circuitos foram agrupados geograficamente em Distritos, tendo cada um, um Presidente.


Cadeira de Wesley
Esta cadeira foi utilizada na Conferência de 1744 e continuou a ser usada até à Conferência Wesleyana de 1932.
Note-se as pernas baixas e os braços semelhantes a um bastão. A cadeira, o chapéu de Wesley e a sua escrivaninha podem ser vistos na Casa de Wesley, em City Road, Londres.
Fotografia de Martin Ludlow

AMÉRICA

O Metodismo chegou à América no século XVIII, mais propriamente na década de 60. Quando a Guerra da Independência rebentou muitos pregadores e clérigos Anglicanos de Inglaterra regressaram, deixando os Americanos sem pastores e sem sacramentos. O Bispo de Londres que tinha seu cargo a Igreja Anglicana na América, recusou o pedido de John Wesley para ordenar homens que ministrassem lá. Wesley resolveu então, em 1784, ordenar Thomas Coke como Superintendente dos Metodistas Americanos, depois de chegar à conclusão, após estudo cuidadoso, de que os bispos e os presbíteros tinham os mesmos poderes. Este foi um dos últimos passos que mais tarde conduziu à separação dos Metodistas da Igreja de Inglaterra. John Wesley permaneceu, aos seus próprios olhos, um leal Anglicano até ao fim dos seus dias.

Velha Igreja Metodista em John Street, Nova Iorque
De Emer T. Clark: Um Álbum da História Metodista, (Nova Iorque, Abingdon Cokesbury, 1952)
Em direcção a Aldersgate
OXFORD
O hábito de estudar, incutido por sua mãe, manteve-se, mas o diário de John Wesley (iniciado em 1725) revela um grande entusiasmo por jogos de cartas, xadrez, ténis e visitas a amigos. Quando John regressou a Oxford para retomar a sua membrasia, apercebeu-se que Charles tinha novos amigos. Encontravam-se frequentemente nos aposentes de John no Lincoln College para orar e estudar em conjunto. Foi então que estabeleceram regras e métodos que regulavam as suas vidas. Visitavam prisões, dirigiam uma escola para crianças pobres e ajudavam os necessitados. Foram ridicularizados por tal comportamento e chamavam-lhes ironicamente "Traças da Bíblia", "Clube Santo" e "Metodistas".


Prisão de Bocardo, fotografia de uma gravura do livro de John Skelton:
Oxonia Antiqua Restaurata (1823)
Bibliotecas do Condado de Oxfordshire

O CLUBE SANTO

Este famoso quadro hipotético de Marshall Claxton, 1812 - 1881, só foi pintado em meados do século XIX. Tem sido em parte responsável pela ideia de que o Metodismo de Oxford em 1730 era uma sociedade organizada, com cartões de sócios e um local de encontro, em vez do grupo informal de estudiosos com as mesmas ideias, que realmente era. As pessoas do quadro podem ser identificadas, mas nunca estiveram todas juntas em Oxford!


O Clube Santo, por Marshall Claxton.
Fotografia da versão que se encontra no Museu do Metodismo, em City Road, Londres

SAVANNAH

Em 1735 John e Charles Wesley partiram no barco à vela "Simmonds" em direcção à América - John como pastor em Savannah ocupada por colonos de Georgia, e Charles como secretário do General Oglethorpe, fundador da colónia. John esperava levar o Evangelho aos índios nativos. A aventura não foi bem sucedida. Uma experiência durante uma tempestade no mar mostrou a John a profunda insuficiência da sua fé, deixando-o preocupado. A sua visão rígida e metódica da vida da igreja enfureceu os colonos. A sua pregação franca e vigorosa ofendia-os. A sua esperança de evangelizar os índios não se concretizou. Finalmente, após um desastroso romance de amor, viu-se obrigado a regressar a Inglaterra.


Parte da lista de passageiros do Simmonds


Vista fotográfica de Savannah, 29 de Março de 1734

OS MORÁVIOS

A grande calma de alguns passageiros durante a tempestade a bordo do "Simmonds", impressionou profundamente John Wesley. Esses passageiros eram Morávios. Enquanto a água entrava no barco e a vela principal se rasgava, eles continuavam a cantar salmos. John perguntou-lhes: "As vossas mulheres e os vossos filhos não tiveram medo?". "Não, as nossas mulheres e crianças não têm medo de morrer". (Jornal, 25-26 de Janeiro de 1736). Mais tarde, quando chegaram a terra o pregador Morávio, Spangenberg, perguntou a John: "Você conhece Jesus Cristo?" Esta pergunta perturbou-o durante os dois anos seguintes.
De regresso a Inglaterra, John Wesley procurou o pregador Morávio, Peter Böhler, que lhe deu o célebre conselho: "Pregue a fé até conseguir tê-la; e depois, porque já a tem, pregará a fé". (Jornal, 4 de Março de 1738)

Nota: Morávios - A data de 13 de Agosto de 1727 é geralmente reconhecida como a do renascimento da Igreja Moraviana, também conhecida por Igreja dos "Irmãos Morávios". Sob a orientação espiritual do Conde Nicolau Zinzendorf (1700-1760), profundamente influenciado pelo "pietismo" alemão, estabeleceu a sua sede em Herrnhut onde criou todo um governo e disciplina próprias. A sua paixão por Cristo fez desta Igreja um baluarte do zelo missionário.


PETER BÖHLER
BISPO DA IGREJA DOS IRMÃOS MORÁVIOS

Peter Böhler: das gravuras de E. H. Baker na Biblioteca da Sociedade Histórica Wesleyana,
Southlands College, Wimbledon


24 DE MAIO DE 1738

A experiência da conversão de John Wesley só pode ser descrita pelas suas próprias palavras. Charles teve uma experiência semelhante alguns dias antes.
O cenário estava agora pronto para a proclamação da sua nova compreensão do significado do Cristianismo através de hinos e da pregação, num século que se caracterizou pela autoconfiança e pela negligência dos valores espirituais.


Memorial Aldersgate
O Monumento ao local da conversão de John Wesley (erigido em 1981)
encontra-se perto do lugar da sua conversão em Nettleton Court (Aldersgate Street).
A inscrição é um fac-simile do Diário de Wesley de 1740, que descreve o dia 24 de Maio de 1738.
Fotografia de Martin Ludlow
QUARTA FEIRA, 24 DE MAIO DE 1738

Penso que eram cerca das cinco horas da manhã, quando eu abri a minha Bíblia nestas palavras. "Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina" 2 Pedro 1:4a. Mesmo quando ia a sair, eu abri-a outra vez nestas palavras, "Tu não estás longe do Reino de Deus".

À tarde pediram-me para ir à Catedral de S. Paulo. A antífona era, Das profundezas eu clamei por Ti, ó Senhor: Senhor, ouve a minha voz. Que os teus ouvidos considerem bem a voz da minha dor. Se Tu, Senhor, fores rigoroso a assinalar o que está feito errado, ó Senhor, quem poderá subsistir? Mas há misericórdia em Ti; portanto Tu serás temido. O Israel, confia no Senhor: Porque no Senhor há misericórdia, e em Ti há abundante Redenção. E Ele resgatará Israel de todos os seus pecados.

À tarde fui, com pouco vontade, a uma reunião na Aldersgate Street (Londres); quando cheguei alguém estava lendo o prefácio de Lutero à Epístola de Paulo aos Romanos. Cerca das vinte horas e quarenta e cinco minutos, enquanto ele descrevia a mudança que Deus opera no coração mediante a fé em Cristo, senti o meu coração estranhamente aquecido. Eu senti que agora confiava realmente em Cristo, somente em Cristo, para salvação: e me foi dada a segurança de que Cristo havia perdoado os meus pecados, sim, os meus, e que eu estava salvo da lei do pecado e da morte.

Texto do testemunho de John Wesley retirado da primeira edição do seu Jornal
Enquadramento e primeiros passos

ORIGENS

O Metodismo foi fundado no século XVIII por dois irmãos, John e Charles Wesley, filhos de Samuel Wesley, reitor de Epworth e de Susanna. John nasceu em 1703 e morreu em 1791; Charles nasceu em 1707 e morreu em 1788.




Cópia do medalhão comemorativo da Abadia de Westminster,
que se encontra no Museu Metodista da Capela de Wesley, em Londres.
O original foi esculpido por John Adams-Acton, que nasceu em 1834. Foi exibido na Academia Real
como pertencendo a John Adams e recebeu o nome de John Adams-Acton em 1869.
O seu trabalho em memória dos irmãos Wesley foi erigido na Abadia de Westminster em 1876.
Fotografia por Keith Ellis.


Retrato de John Wesley, pintado em 1765 por Robert Hunter.
O original encontra-se na Casa de Wesley, em City Road, Londres.

CHARLES WESLEY

Charles Wesley era o irmão mais novo, tendo-se tornado amigo e apoiante de John e ocasionalmente seu crítico. A ligação entre eles era tão forte que as suas diferenças de opinião nunca provocaram mais do que uma frieza temporária.
Tal como John, Charles foi ordenado na Igreja Anglicana e permaneceu fiel a ela. Nos primeiros anos, após as suas conversões Charles também percorreu o país a cavalo, pregando. Em 1749 casou com Sara Gwynne e juntamente com os filhos de Samuel e Susanna Wesley gozou de grande paz familiar. Mais tarde o casal fixou-se primeiramente em Bristol e depois em Londres, onde exerceu o seu ministério junto dos Metodistas ali residentes.
Charles é principalmente lembrado e amado pelos seus hinos - escreveu mais de 7.000. Foi o maior escritor Inglês de hinos de todos os tempos.


De uma gravura da autoria de W. H. Gibbs,
na Biblioteca da Sociedade Histórica Wesleyana,
em Southlands College, Wimbledon.

SAMUEL WESLEY, 1662-1735

Samuel Wesley era filho do Rev.º John Wesley e neto do Rev.º Bartholomew Wesley, os quais foram expulsos das suas paróquias em 1662, por causa do "Acto de Uniformidade". Samuel, naturalmente, cresceu entre "Não conformistas" e estudou em academias dissidentes. Mais tarde regressou à Igreja de Inglaterra. Foi ordenado em 1689 e em 1697 foi enviado para Epworth - uma paróquia distante, nos terrenos pantanosos de North Lincolnshire.

Nota: Acto de Uniformidade - Aprovado em Maio de 1662, sob o reinado de Carlos II, e projectado pelo Parlamento maioritariamente Anglicano, pretendeu repor o uso exclusivo do Livro de Oração revisto pelas convocações de Cantuária e de York em 1661. Consequência directa deste Acto foi o afastamento do movimento designado por "Puritanismo" (movimento de forte influência protestante) da Igreja de Inglaterra.

Não conformistas - Nome atribuído a todos quantos recusaram o Acto de Uniformidade de Maio de 1662.


Parte de uma gravura reproduzida por Elmer T. Clark em:
"Um Álbum da História Metodista"
(New York, Abingdon Cokesbury, 1952).

SUSANNA WESLEY, 1669-1742
Susanna Wesley era filha do Dr. Samuel Annesley, ministro "Não conformista" de uma pequena comunidade de fieis em Spitalfields, Londres. Tal como Bartholomew e John Wesley o mais velho, ele tinha sido expulso da sua paróquia (St. Giles, Cripplegate) em 1662. Assim também Susanna cresceu num lar "Não conformista". Contudo a sua independência de espírito evidenciou-se quando ela decidiu, aos treze anos, por sua própria convicção, aderir à Igreja de Inglaterra. Samuel e Susanna casaram em 1688.


Susanna Wesley num retrato de um artista desconhecido,
que se encontra na Antiga Reitoria de Epworth.

A FAMÍLIA WESLEY

Samuel Wesley, Susanna Wesley

Samuel - (1690-1739)
Emilia - (1692-1771)
Susanna - (1695-1764)
Mary - (1696-1734)
Mehetabel - (1697-1750)
Anne - (1702-?)
John - (1703-1791)
Martha - (1706-1791)
Charles - (1707-1788)
Kezzia - (1710-1741)

Esta família foi educada na Antiga Reitoria de Epworth


Antiga Reitoria de Epworth, fotografia de Keith Ellis.

"...TAL ERA A MULHER DO MEU PAI"

Susanna idealizou um sistema de treino religioso e educação para os seus filhos. Para atingir os seus objectivos ela dividiu o dia segundo o seu próprio horário. A partir dos cinco anos ela própria ensinava os seus filhos, incluindo as meninas. À medida que as crianças iam crescendo, dedicava-lhes algum tempo, uma vez por semana, para falar sobre assuntos espirituais.
Estes extractos de uma carta para John, que ele próprio citou no seu Jornal do dia 1 de Agosto de 1742, revelam alguns pormenores do método educacional de Susanna. Tanto John como Charles deram mais tarde um bom testemunho sobre a felicidade que os rodeava em Epworth.

Para ajudar aqueles que, tal como ela, têm a seu cargo uma família numerosa, não posso deixar de acrescentar mais uma carta que recebi dela há muitos anos:

24 de Julho, 1732

Querido filho,
Dando satisfação ao teu pedido, juntei as principais regras que segui para educar a minha família; envio-tas agora tal qual me vieram à memória, podendo tu (se as considerares úteis) utilizá-las pela ordem que mais te agradar.
Sempre habituei as crianças a serem metódicas em coisas simples, desde o seu nascimento: no vestir, no despir, na mudança da roupa, etc. Os primeiros três meses são passados geralmente a dormir. Depois , se possível, as crianças devem ser colocadas nos seus berços acordadas e embaladas até adormecerem; e assim eram embaladas até ser altura de as acordar. Isto era feito para as obrigar a um determinado ritmo de sono; o qual era ao princípio de três horas de manhã e três horas de tarde; seguiam-se duas horas, até que não dormiam mais.
Quando faziam um ano de idade (e às vezes antes), eram ensinadas a temer a vara e a chorar baixinho; assim não eram frequentemente castigadas e o barulho desagradável das crianças a gritar pela casa raramente se ouvia, vivendo a família geralmente em tranquilidade, não se notando a presença de crianças.

Cada criança tinha um dia para aprender as letras do seu nome; e cada uma delas aprendia todas as letras, maiúsculas e minúsculas, nesse período de tempo. Apenas Molly e Nancy demoraram um dia e meio para as aprenderem; nessa altura pensei que elas eram pouco inteligentes; mas desde que observei o tempo que muitas crianças levam para aprenderem o livro de música para trompetes, mudei de opinião. Mas o motivo que me levou a pensar assim foi porque os restantes aprenderam muito depressa; e o teu irmão Samuel, que foi a primeira criança que eu ensinei, aprendeu o alfabeto em apenas algumas horas. Fez cinco anos no dia 10 de Fevereiro; no dia seguinte começou a aprender; e logo que aprendeu as letras, começou o primeiro capítulo do Génesis. Ensinei-lhe a soletrar o primeiro versículo, depois a lê-lo repetidas vezes, até ele ser capaz de o ler sozinho sem qualquer hesitação; do mesmo modo fiz para o segundo, etc.; até que ele, rapidamente, foi capaz de aprendeu dez versículos numa mesma lição. Naquele ano a Páscoa foi cedo e pelo Pentecostes ele conseguiu ler um capítulo muito bem; lia continuamente e tinha uma memória tão prodigiosa que não me lembro de lhe ter ensinado a mesma palavra duas vezes.

Extracto do Jornal de 1 de Agosto de 1742


FOGO NA REITORIA

Samuel Wesley não era uma pessoa querida pelos seus paroquianos e por isso tanto ele como a família sofreram alguns ataques violentos. Na noite de 9 de Fevereiro de 1709 deitaram fogo à reitoria. Uma das mais conhecidas histórias sobre John Wesley refere-se ao seu salvamento, quando tinha cinco anos de idade, por um homem firmado nos ombros de outro, pouco antes de o tecto ruir. O grito de Susanna "não é este um tição retirado do fogo?" tornou-se uma profecia. O próprio John foi, mais tarde, influenciado pela convicção da mãe de que Deus tinha uma missão especial para ele.



Incêndio na Reitoria de Epworth por Henry Perlee Parker,1795-1873
Este quadro foi presenteado pelo artista à Sociedade Missionária Metodista Wesleyana
em 1839 por ocasião do Centenário do Metodismo.
Fotografia da pintura que ainda hoje se encontra patente na Sociedade Missionária Metodista.

CHARTERHOUSE
John Wesley foi para a escola de Charterhouse, em Londres, quando tinha dez anos e meio de idade. Estava muito longe de casa e por isso passava férias com o seu irmão mais velho Samuel, então tutor na Escola de Westminster, ou com o seu tio, Matthew Wesley, um boticário de Londres. Samuel escreveu ao pai: "Jack é um rapaz corajoso e está a aprender Hebraico muito depressa". Charles Wesley não foi para Charterhouse, como seu irmão, mas para Westminster.
Em 1720 John prosseguiu os seus estudos em Christ Church, Oxford, onde alguns anos mais tarde estudou também Charles. Em 1726 John foi eleito membro honorário do Lincoln College. Seu pai recordava o prazer que sentiu então, com as seguintes palavras: "Onde quer que eu esteja, o meu "Jack" é membro honorário de Lincoln."


Pátio dos Preceptores, Charterhouse, fotografado por K. Ellis

Tema: Como tomar posse da bênção III

I. Ouvindo a Palavra de Deus
1. A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus Rm 10:17
2. Oração e ação
3. Abraão pela fé Rm 4:16-17
4. A fé o firme fundamento Hb 11:1

II. A oração eficaz que chega ate o trono de DEus
1. Daniel Dn 6:11, 21-22
2. Elias 1Rs 18:37-38 - O poder da oração e seus efeitos

III. Determine com as suas palavras a bânção
1. Há poder em suas palavras - para determinar as bênçãos
2. Palavras de Jesus Mt 8:8 - com base de autoridade
3. Pedro se baseia nas palavras de Jesus e o milagre acontece.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Escutem, ó ceu e terra, e `^eem atenção as minhas palavras" - Dt 32:1

Quando estou...
...meditando sobre a Palavra de Deus:

"Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sabio que construiu a sua casa na rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construida na rocha". (Mt 7:24-25).

...ansioso e impaciente:

"Ponha a sua vida nas mãos do Senhor, confie nele, e ele o ajudará". (Sl 37:5)

...com medo:

"Eu sou o Senhor, o Deus de vocês; eu os seguro pela mão e lhes digo: ´Não fiquem com medo, pois eu os ajudo´" (Is 41:13)

...doente:

"O Senhor perdoa todos os meus pecados e cura todas as minhas doenças; ele me salva da morte e me abençoa com amor e bondade" (Sl 103:3-4)

...pensando que Deus me abandonou:

"Guardemos firmemente a esperança da fé que professamos, pois podemos confiar que Deus cumprirá as suas promessas". (Hb 10:23).

quinta-feira, 13 de maio de 2010

COMPORTAMENTOS...

ANALISANDO OS COMPORTAMENTOS CRISTÃOS...

ACHO QUE CONHEÇO MUITA GENTE ASSIM

ASSISTAM A ISSO:

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tema: COMO TOMAR POSSE DA BÊNÇÃO II

I. Nunca desista do combate da fé
1. A Mulher cananéia - Não desistiu Mt 15:28
2. A Mulher do fluxo de sangue - Alcançou seu objetivo Mc 5:25
3. O Cego de Jericó - Bartimeu Mc 10:46

II. Coloque-se em condição para vencer
1. Deus convoca a Gideão para ser um vencedor Jz 6:34,7:18
2. O Senhor dá condição para Ezequias vencer os seus inimigos 2Cr 32:20-21
3. Josafá depois da mensagem 2Cr 20:15
4. Ezequias depois da afronta 2Cr 32:8

III. Saia da derrota para tomar posse da vitoria
1. A derrota de Israel por causa do pecado de Acã Js 7:5,8:21-22
2. Josué toma posse da vitoria, e vence os moradores de Ai Js 8:18
3. Israel derrotado, Deus levanta Gideão para dar a vitoria Jz 6:12
4. Israel era desafiado pelos Filisteus atraves de Golias mas Deus levanta a Davi 1Sm 17:48-49

terça-feira, 11 de maio de 2010

Carta à Igreja em Filadélfia - Ap 3:7-13

A Igreja em Filadélfia é caracterizada por:
1. Obras
2. Pouca força
3. Guardava a Palavra de Deus
4. Não negou o Nome do Senhor Jesus
5. Os da sinagoga de Satanás vão prostrar-se aos seus pés e saber que o Senhor a tem amado
6. E, finalmente, guardou a palavra da perseverança do Senhor Jesus.

As carcteristicas dessa igreja mostram a sua grandeza diante do Senhor, pois não há nenhuma censura para com ela, senão somente elogios. É importante notar que o seu caráter não estava imune a contaminação daqueles que tinham fama de vivos, mas estavam mortos. Mas, apesar de Filadelfia estar proximo aqueles que estavam espiritualmente mortos, ainda assim ela conservou-se pura e viva diante do Senhor.

Ao contrario do que normalmente acontece, essa igreja não se deixou contaminar com a situação espiritual de Sardes, por exemplo. Quantas pessoas que outrora foram usadas por Deus e hoje, ao contrario, são usadas pelo diabo para fazer outras tantas cair na fé? As que estão caindo, pelo mau testemunho dessas pessoas não tem perseverado sua fé no Senhor Jesus, mas sim no homem carnal. Por isso tem sucumbido também. A igreja em Filadelfia é um exemplo para os que estão caidos na fé por causa dos outros! Ela estava muito proxima aos mortos, mas não se contaminou com eles, porque guardou a palavra da perseverança no Senhor Jesus. "Estas cousas diz o Santo, o Verdadeiro, Aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e fecha e ninguém abre..."

Em cada identificação que o Senhor Jesus Cristo glorificado da Si mesmo para cada igreja, mostra os diferentes aspectos da Sua Pessoa e determina a natureza da igreja que Se dirige. Assim, na Sua identificação para com Filadelfia, entendemos que ela tem pouca força, mas Aquele que tem a chave de Davi, tem o controle do poder para determinar quem entra ou não no Reino de Deus. Contudo, não importa se a força é pequena ou grande, pois isso jamais influenciará na condição de se poder conquistar, desde que se mantenha o firme propósito de praticar a Palavra de Deus.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

História da Igreja (IMW)

Aos cinco dias do mês de janeiro de 1967, na Cidade de Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, foi fundada a Igreja Metodista Wesleyana, compondo-se inicialmente de ministros e leigos que militavam na Igreja Metodista do Brasil.

As razões que deram origem à separação se basearam na doutrina do batismo com o Espírito Santo, como sendo uma Segunda benção para o crente e a aceitação da obra pentecostal, incluindo os dons mencionados na Bíblia Sagrada: Sabedoria, Fé, Ciência, Dons de Curar, Operação de Maravilhas, Profecia, Discernimento, Línguas, Interpretação de Línguas, como também cânticos espirituais, revelações e visões. Acrescentando-se ainda à realização da obra do avivamento espiritual, cânticos de corinhos, orações pelos enfermos, sem liturgia e protocolos nos cultos.

às 14:00 horas da supra mencionada data, realizou-se a reunião que ficou chamada de “Reunião da Ponte”, em virtude da mesma ter sido feita sobre uma ponte no pátio da Fundação Getúlio Vargas, sob direção dos pastores Idelmício Cabral dos Santos e Waldemar Gomes de Figueiredo.
Nessa ocasião ficou definitivamente fundada a Igreja Metodista Wesleyana, aceitando como forma de governo o centralizado com o Conselho Geral, seguindo-se em linhas gerais o regime metodista.

Estavam presentes à esta reunião as seguintes pessoas: Idelmício Cabral dos Santos, Waldemar Gomes de Figueiredo, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, Gessé Teixeira de Carvalho, Córo da Silva Pereira, José Mendes da Silva, Zeny da Silva Pereira, Dinah Batista Rubim, Ariosto Mendes, Wilson da Silva Mendes, Jacir Vieira e Antônio Faleiro Sobrinho.

Foi eleito o primeiro Conselho Geral, que ficou assim constituído: Superintendente Geral: Waldemar Gomes de Figueiredo; Secretário Geral: Gessé Teixeira de Carvalho; incluindo as três Secretarias: Missões, Educação Cristã e Ação Social; Tesoureiro Geral: Idemício Cabral dos Santos.

O movimento Wesleyano começou a se desenvolver gloriosamente, e foi convocado o Concílio Constituinte para se reunir na cidade de Petrópolis, dos dias 16 a 19 de fevereiro de 1967, ocasião em que foi organizada a Igreja.

Novos obreiros vieram formar nas fileiras wesleyanas e vários evangelistas foram eleitos. Estava consolidada a Obra do Senhor.

Os estatutos da Igreja foram aprovados e eleitos oficialmente os membros do Conselho Geral, que ficou assim: Superintendente Geral - Waldemar Gomes de Figueiredo; Secretário Geral de Missões - Gessé Teixeira de Carvalho; Secretário Geral de Ação Social – Oriele Soares do Nascimento; Secretário Geral de Finanças - Idelmício Cabral dos Santos; Presidente da Junta Patrimonial da Igreja Metodista Wesleyana - Francisco Teodoro Batista; Redator da “Voz Wesleyana” - Gessé Teixeira de Carvalho.

Os membros do Concílio Constituinte são os organizadores da nova Igreja. São eles: Waldemar Gomes de Figueiredo, Idelmício Cabral dos Santos, Gessé Teixeira de Carvalho, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, Antônio Faleiro Sobrinho, José Gonçalves, Isaias da Silva Costa, Alice Nely dos Santos, Pedro Moraes Filho, Daniel Pedro de Paula, Ezequiel Luiz da Costa, Tobias Fernandes dos Santos, Gessy dos Santos, Jair Magalhães, Sebastião Alves Moreira Nilson de Paula Carneiro, Joaquim R. Penha, José Barreto de Macedo, Sebastião Moreira da Silva, Letreci Teodoro, Derly Neves, Dilson Pereira Leal, Nacir Neves da Costa, João Coelho Duarte, Dinah Batista Rubim, Jeremias Gomes de Araújo, Oriele Soares dos Nascimento, Córo da Silva Pereira, Jedidad Hilda da Costa, José Marques Pereira, Helenice Bastos, Onaldo Rodrigues Pereira, Wilson Varjão, José M. Galhardo, José Tertuliano Pacheco, José Mendes da Silva, Clarice Alves Pacheco, Octavio Faustino dos Santos, Geraldo Vieira, Wilson R. Damasceno e Azet Gerd. Outros irmãos estiveram presentes mas não assinaram o livro contendo a ata de organização.

O Concílio Constituinte elegeu uma Comissão de Legislação composta dos seguintes membros: Waldemar Gomes de Figueiredo, Idelmício Cabral dos Santos, Gessé Teixeira de Carvalho, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, João Coelho Duarte, Oriele Soares do Nascimento, José Mendes da Silva, Córo da Silva e Onaldo Rodrigues Pereira, aos quais delegou poderes para preparar o Manual da Igreja Metodista Wesleyana, publicado em 1968.

Doutrina da Igreja (IMW)

CAPÍTULO I
DAS DOUTRINAS

Art. 1 - Doutrinas são princípios de fé e prática pelos quais a Igreja Metodista Wesleyana se orienta, conforme fundamento nas Escriturando Antigo e Novo Testamentos.

Art. 2 - A Igreja Metodista Wesleyana expressa sua fé através da seguinte Confissão, que é também a base de sua pregação:

I - Há um só Deus vivo e verdadeiro, soberano, eterno, de infinito poder e sabedoria, criador e conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis; que na unidade de Sua divindade há três pessoas de uma só substância, de existência eterna, igual em santidade, justiça, sabedoria, poder c dignidade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo Ex 20.2-3; Sl 143.13; Mt 28.19-20; Lc 3.22; Tg l.l7.

II - O Filho, que é a Palavra do Pai, encarnou-se no ventre da virgem Maria, tomando a natureza humana, reunindo assim duas naturezas inteiras e perfeitas: a divina e a humana, para ser conhecido como verdadeiro Deus e verdadeiro homem que sofreu, foi crucificado, morto e sepultado, reconciliando-nos assim com o Pai, fazendo expiação dos nossos pecados - Lc 1.3 5; Jo 3.31; Cl 1.15-20; Hb 4.15.

III- Jesus Cristo foi crucificado, morto e sepultado, verteu seu sangue para remissão dos pecados e regeneração dos pecadores arrependidos - Rm 5.9; Hb 9.14.

IV - Cristo verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos em seu corpo, glorificado, com todas as características da natureza humana, e subiu ao céu, assentou-se à destra do Pai, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos – At 2.32-36; 2Tm 4.1; 1 Jo 3.2.

V - O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, Verdadeiro e eterno Deus - Mt 28.19; 2 Co 13.13.

VI - A Bíblia que é a Palavra de Deus, foi escrita por homens divinamente inspirados. Ela é o padrão único e infalível pelo qual a conduta humana e as opiniões devem ser Julgadas -2 Tm 3.16; 2 Pe 1.19-21.

VII - A justificação se realiza somente pela fé em Jesus Cristo - Rm 3.28; Ef 2.8.

VIII - A santificação do salvo é uma operação realizada pelo Espírito Santo, adquirida pela fé. A santificação é obra da livre graça de Deus por meio da qual morremos para o pecado e vivemos para a justiça.

IX - O batismo com o Espírito Santo, ato da graça de Deus, é uma experiência de revestimento de poder recebida pela fé para testemunho do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Como real evidência do batismo, manifestam-se as línguas estranhas – Lc 3.16; 24.49; At 1.8; 2.5-13; 10.44-46.

X - A cura divina, os milagres, são para nossos dias também como partes integrantes da obra expiatória de Cristo – Mc 16.17-18; Tg5.15.

XI - O batismo bíblico é a imersão do crente em água, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não como meio de salvação, mas como testemunho da mesma - Jo 3.23; Rm 6.3-4; Cl 2.12; IPe3.21.

XII - A Ceia do Senhor é uma festa espiritual, através da qual os salvos pelo uso do pão comum e do vinho, lembram juntos a morte de Cristo e perpetuam o sentido de sua morte até que Ele venha - 1 Co 10.16; 11.23-26.

XIII - Os planos de Deus para o sustento de sua obra são: os dízimos e as ofertas. O dízimo é anterior à lei mosaica, na qual foi cumprido e exigido; e permanece como princípio neo-testamentário – Mt 3.8-10; Mt 23.23; 2Co 9.55-57.

XIV - A Igreja visível de Cristo é uma congregação de crentes batizados, unidos uns aos outros na fé e na comunhão do Evangelho, observando os mandamentos de Cristo, governados por suas leis, exercendo os dons concedidos pelo Espírito Santo - Mt 18.17; 1 Co 14.33; Ef 5.23.

XV - A segunda vinda de Cristo será repentina, pessoal e pré-milenial. Nós amamos a Sua vinda e O esperamos, dizendo: "Ora vem Senhor Jesus" - Mt 24.27-36; lTs 4.16-17.

XVI - No Céu haverá galardão para os santos e bem-aventurados por toda eternidade, e haverá punição infindável para os ímpios no lago de fogo - Mt 25.46; 2 Co 5.10; Fl 3.20; lPe 1.4; Ap 22.12.

Símbolos da Igreja

DOS SÍMBOLOS DA IGREJA

Art. 5 - A Igreja Metodista Wesleyana adota os seguintes símbolos como expressão de sua fé:

I - O hino “Igreja Metodista Wesleyana”, de autoria do Bispo Gessé Teixeira de Carvalho, que recebe o número 361 em nosso hinário oficial “Cânticos de Adoração”;

II - O símbolo gráfico com uma cruz e um coração estilizado em forma de chamas. Segue modelo e sua significação:

1. Cruz em perspectiva, apontando para o Céu, plantada no mundo. Demonstra a obra redentora de Cristo Jesus no mundo e aponta o Céu como destino eterno do crente.
2. Labaredas de fogo em movimento formando o coração. Demonstra o coração abrasado pelo Espírito Santo, como também a purificação e santidade progressiva pelo fogo do Espírito Santo.
3. Semi-circunferência como base para a cruz. Demonstra a silueta do mundo, significando que estamos no mundo para apresentar o plano redentor de Cristo Jesus.

III - A logomarca com a padronização do estilo da letra e com seus formatos característicos do nome “Igreja Metodista Wesleyana”:

Salvação Especial

Deus aceita as pessoas por meio da fé que elas tem em Jesus Cristo. É assim que ele trata todos os que crêem, pois não existe nenhuma diferença entre as pessoas. Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva. Deus ofereceu Cristo como sacrificio para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele. Deus quis mostrar com isto que ele é justo. No passado ele foi paciente e não castigou as pessoas por causa dos seus pecados; mas agora, pelo sacrificio de Cristo, Deus mostra que é justo. Assim ele é justo e aceita os que crêem em Jesus.

sábado, 8 de maio de 2010

A MARCA DA SOLITUDE

Objetivo Geral
Aprender com Jesus a importância da solitude, em meio a tanta turbulência, ativismo e exigência de ação que nos são impostos. Separar momentos de quietude, comunhão com Deus, oração e meditação, um isolamento temporario e espontâneo para estar a sós com Deus - esta foi uma marca constante na vida de Jesus.

Comentário
Henri Nouwen notou que sem a solitude, é virtualmente impossivel conduzir uma vida espiritual. Por que é assim? Porque, na solitude, somos liberados da nossa escravidão para amar a Deus, conhecê-lo melhor e na quietude analisamos a nossa própria alma. Como é bom de vez em quando sair do burburinho, da competição frenética; cessar todas as vozes humanas para ouvir somente a de Deus, nessa tranquilidade, aprendemos a dura disciplina de falar menos e ouvir mais. Esse retiro espiritual temporrario e espontâneo renderá muitos dividendos espirituais para nós e aqueles que nos cercam.

1. Solitude e Solidão
O dicionário define solidão como condição ou estado de quem esta desacompanhado ou só. Solidão é também um sentimento humano complexo, isolamento moral, interiorização - solidão de espirito.
Já solitude é o estado de privacidade de uma pessoa, não significando propriamente estado de solidão, pode representar isolamento e a reclusão voluntária para um determinado fim, não associada a sofrimento.
Basicamente a grande diferença entre solidão e solitude, é que a solitude é uma escolha, uma reclusão espontânea, temporária com objetivo definido. A solidão, em contrapartida, muitas vezes é compulsória, geralmente acampanhada de dor e sofrimento. William Penn observou que solitude é uma escola na qual poucos querem aprender, embora nenhuma instrua melhor.
Um retiro espiritual temporário e espontâneo, com o objetivo de falar com Deus, com a nossa propria alma. Davi fazia muito isso (Salmo 42:5). Com o intuito de rever nossos conceitos, meditar na palavra, buscar orientação, momentos de contrição, busca e comunhão.
Em que momentos devemos fazer isso? Deveria fazer parte de nossa vida cristã nos retirarmos de vez em quando para exercitarmos a solitude e mantermos uma comunhão mais intima com Deus, mas também existem momentos especificos, tais como: decisões a serem tomados, conflitos a serem resolvidos, preparação para novos projetos. Tudo isso com propósito de ouvir a voz de Deus.

2. Jesus e a Solitude
Uma das grandes marcas que Jesus nos deixou, embora pouco comentada, é a marca da solitude. Apesar de uma vida intensa, com sua agenda lotada, pois Ele tinha pouco tempo (apenas tres anos) de ministerio na terra e tanta coisa havia a fazer, vemos com frequencia as palavras: imediatamente, logo, em seguida; pois não havia tempo a perder. Veja um exemplo apenas no capitulo oito de Lucas. E aconteceu depois disto que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus (Lc 8:1). Só neste capitulo (acompanhe com a Biblia) é servido por algumas mulheres (8:3), prega dois sermões o semeador e a candeia (8:4-18), é cercado pela multidão e seus familiares não conseguem vê-lo (19-21), entra num barco (tenta tirar um cochilo), acalma uma tempestade (8:22-25), liberta um endemoniado em Gadara (8:26-39), entra no barco novamente, uma multidão o espera (8:40), é procurado por um homem e cura a filha dele, e ainda no caminho cura uma mulher com fluxo de sangue (8:40-56). U´fa, que dia! Entrando no capitulo 9, Ele já convoca uma reunião de treinamento com os discipulos e por ai vai. Mesmo com toda essa gama de atividades, nos vamos vê-lo frequentemente se retirando para ficar a sós com Deus, Ele não abria mão disto. João 6:15, Mc 6:46-47, Mt 26:36, Mt 14:23, Lc 6:12, Mc 1:35, Lc 5:15-16. Às vezes fazia isso na companhia dos discipulos Jo 11:54.

Conclusão
Uma das desculpas mais frequentes que ouço como pastor é: não tenho tempo para ir à igreja, para evangelizar, para orar, para ler a Biblia, para desempenhar meu ministerio, e muito menos para me retirar e passar um tempo sozinho com Deus; se bem que esses mesmos gastam horas em restaurantes, TV, internet e lazer. A solitude é uma questão de sobrevivência espiritual, não podemos nos furtar dela. Perceba que antes de Jesus escolher os discipulos, passou a noite toda com Deus (Lc 6:12,13). Antes de tomar decisões, quando a alma sente sede de Deus, quando as aflições vem, quando sentimos necessidade de crescer e ter comunhão com Deus use a marca que Jesus nos deixou: a marca da solitude.

Aplicação Prática
1. Tire um tempo diário para ficar a sós com Deus. Estabeleça um horário, se possivel, pela manhã, mesmo que isto represente acordar um pouco mais cedo. Não abra mão daquilo que é indispensável para sua sobrevivência espiritual.
2. Não permita que a obra de Deus seja colocada em primeiro lugar, e assuma prioridade sobre o próprio Senhor da Obra. Entenda que é Deus quem faz, e muitas vezes, seria melhor conduzido o trabalho se passássemos mais tempo buscando a Sua direção e vontade.

Fixãção de Aprendizagem
1. Qual a diferença entre Solitude e solidão?
2. O que não permite que você vivencie a solitude?
3. O que pretende fazer a respeito disto depois desta lição?

(EXTRAÍDO da revista "Explicando as Escrituras" Jovens e Adultos)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

STIGMA - AS MARCAS DE CRISTO EM NÓS

Objetivo Geral
Entender que o cristão precisa ser identificado onde quer que esteja, pois ele tem que levar as marcas de Cristo. O evangelho de São João no diz que somos a luz do mundo e a função da luz é brilhar em meio à escuridão.
Conhecer o significado no original grego da palavra marca, para poder entender como as marcas de Cristo devem influenciar o nosso viver cristão diário.

Comentário
A palavra que Paulo usou no livro aos Gálatas para marcas, origina-se da palavra grega stigma. O termo estigma significa marca, cicatriz, sinal. Uma marca que fala sobre ser propriedade de alguém ou algo. Jesus quando andou em nosso meio nos revelou algumas marcas que estavam bem fortes em seu coração, e que deseja que estejam em nós também.

1. Stigma
A marca:
1.1 - De propriedade
Antigamente quando alguém tinha a orelha furada era uma marca, um sinal de que aquele individuo era um escravo. Todos o identificavam desta forma e quando este ia às compras, carregava também um selo que identificava o seu senhor. Quanto à mercadoria comprada por ele, era selada, marcada; para que todos soubessem a qual senhor pertenciam. É maravilhoso saber que Jesus é Senhor de nossa vida, e que também nos selou com o selo da promessa: o Espirito Santo. A marca Dele em nós é o seu sangue que está na nossa vida como um sinal que fomos comprados e resgatados. O seu selo é a garantia que nos assegura que o sangue de Cristo em nossa vida é genuino e nos garante que se permanecermos com estas marcas, quando chegar o grande dia da igreja, o arrebatamento, demonstrará que pertencemos exclusivamente a Ele e ao seu reino preparado para cada um de nós. (1Pe 2:9; 1Co 6:20).

1.2 - De identidade
Quando pensamos em marca sempre vamos lembrar de um simbolo ou sinal que certamente nos lembrará no mesmo instante de um produto, e a nossa mente vai relacionar o produto à marca. Um exemplo disto é quando a dona de casa está elaborando uma lista para ir ao supermercado e anota Bombril, decerto você imaginou o que é, mas na verdade o que ela quer é uma palha de aço. Bombril é apenas uma marca entre muitas outras. Ao chegar à prateleira talvez em vez de optar pela marca, ela leve uma similar para casa.
Podemos dizer então que a marca identifica e mostra o que é realmente o produto. Significa que as pessoas vendo o nosso comportamento, palavras e atitudes logo vão nos associar a Jesus Cristo.
Entenda então que o cristão precisa ser identificado onde quer que esteja, pois ele tem a marca de Cristo. O evangelho de São João no diz que somos a luz do mundo e função da luz é iluminar a escuridão (Mt 5:14; 1Co 4:1).

1.3 - De nova criatura
Portanto é necessario que as marcas velhas do nosso passado sejam apagadas e existindo alguma raiz seja arrancada. Assim, por mais que seja triste o nosso passado, devemos lançar a nossa vida aos cuidados do Senhor, tendo esta nova marca em nós; pois a partir deste momento, somos um novo homem em Cristo Jesus. Tendo a possibilidade de escrever uma nova história, porque temos a marca Dele em nós (2Co 5:17).

2. Cristo e suas marcas
Meus filhinhos, por quem de novo sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós Gl 4:19.

2.1 - Cristo Formado em Nós
Amar como Ele amou, viver como Ele viveu, obedecer como Ele obedeceu, imitar seus passos, ter as suas marcas, devem ser o ideal de todo cristão. Nossa referência, nosso padrão, nosso paradigma precisa ser Jesus, precisamos ficar cada dia mais parecidos com Jesus Cristo. É isto que proponho nesta serie de lições.

2.2 - Refinados por Cristo
"Se assentará como refinador e purificador de prata". Ml 3:3. Uma irmã ao ler este texto procurou um ourives para ver como ele purificava a prata. Encontrou um homem sentado (como no texto) usando o fogo para refinar a prata, ela lhe perguntou como sabia o momento que estaria pronta, ele disse:
- Quando eu conseguir me enxergar nela.
Existiu um homem na Índia chamado Sadun Sungar Sing, um homem que se parecia com Jesus. Sadum foi de tal forma refinado por Jesus que as pessoas o confundiam com o próprio Cristo.

2.3 - Nos passos de Jesus Jo. 13:15
Somos convidados a sermos cristãos em plenitude (pequenos Cristos). Diante dos impasses da vida, das indecisões, encruzilhadas, devemos nos perguntar sempre: o que Jesus faria se estivesse no nosso lugar? Como reagiria? O que responderia? Como se comportaria? Isto com certeza nos levará a um caminho mais excelente.

Conclusão
Estamos vivendo dias, onde muitos se dizem cristãos, mas na verdade não são. Não conseguimos mais identificá-los, pois as marcas em suas vidas se apagaram, não brilham mais. Jesus disse: "vos sois a luz do mundo", e você pode dizer neste instante que tem as marcas de Cristo em sua vida?
Quero convidá-lo para que nas proximas semanas estudemos com um coração de aprendiz algumas marcas importantes de Cristo, que devem ser aperfeiçoadas e ate geradas em nossas vidas. Meu convite para você é: Vamos ficar um pouco mais parecidos com Jesus?

Fixação de Aprendizagem
1. Peça que algum aluno que tem alguma marca de um ferimento antigo em seu corpo, mostre a classe (se possivel)
2. Pergunte o que vem a mente quando olha para a cicatriz
3. Relacione a experiência do aluno com as marcas que Jesus deixou para nós

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tema: COMO ENTRER NAS DISPENSAS DE DEUS - Lc 11:9, 2Cr 7:14

I - Como entrar
1. Só entrar se estiver preparado
2. S´entram os escolhidos
3. Só os eleitos e todos aqueles que aceitaram Jesus

II - O que pegar?
1. O que Deus tem preparado para você
2. Os tesouros escondidos ou as riquezas
3. O que estiver nos planos de Deus para lhe dar

III - Como pegar
1. Com a ordem do Senhor
2. Com orientação do Senhor
3. Deus não da nada em consignação
4. Com a vontade permissiva de Jesus

IV - Como pagar
1. O preço que você paga na obra do Senhor
2. Com as 4 condições para entrar no celeiro de DEus
3. A chave para você adquirir as bênção de Deus 2Cr 7:14

a) Humilhar - A humilhação é a chave principal para você entrar no celeiro de Deus Is 38:3-5
b) Orar - A oração é uma arma para você abrir os celeiros de Deus Dn 10:13
c) Buscar - Você só adquire alguma coisa se buscar Is 55:6
d) Concerte-se dos seus maus caminhos - Vejamos a vida de Pedro, antes de se converter era uma lastima. Mas quando se converteu virou um instrumento de Deus. Jesus disse: Tudo que pedindo em oração crendo recebereis. A oração é a força geradora que abre a caixa forte de Deus

Comentário
Para nós entrar-mos na dispensa de Deus existe uma chave, e essa chave chama-se oração, é uma arma vital para nós conseguir-mos a nossa vitória, perante o Senhor

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A origem do Dia das Mães


A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".

Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.

"Não criei o dia das mães para ter lucro"

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cravos: símbolo da maternidade

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.




Texto compilado das seguintes fontes

- Pesquisa de Daniela Bertocchi Seawright para o site Terra,
http://www.terra.com.br/diadasmaes/odia.htm
Fontes / Imagens:
· Norman F. Kendall, Mothers Day, A History of its Founding and its Founder, 1937.
· Main Street Mom
· West Virginia Oficial Site