sábado, 5 de dezembro de 2009

Velho Testamento I (Parte I - Números)

Números
Titulo:
O livro de Números tem este titulo porque trata do registro dos censos de Israel antes de entrar em Canaã.

Tema:
Em Êxodo vimos Israel redimido; Em Levitico vimos Israel em adoração; e agora em Números vemos Israel servindo. O serviço do Senhor não devia ser feito de uma maneira casual, razão por que o livro nos apresenta o quadro de um acanpamento, onde tudo é feito segundo a primeira lei do céu – a ordem. O povo é numerado conforme as tribos e familias; a cada tribo é designado o seu lugar no acampamento; a marcha e o acampamento são regulados com precisão militar; e no transporte do Tabernáculo cada levita tem a sua tarefa especial. Além de ser um livro de serviço e ordem, Números é um livro que registra o fracasso de Israel que, por não crer nas promessas de Deus, não entrou em Canaã, e, consequentemente, peregrinou no deserto por castigo. Contudo, foi uma falta que não frustrou os planos de Deus, porque o fim do livro deixa Israel nas fronteiras da Terra Prometida, aonde a nova geração de israelitas espera entrar. Desta maneira quatro palavras resumem a mensagem de Números: SERVIÇO, ORDEM, FALHA e PEREGRINAÇÃO.

Autor:
Moisés

Esfera de ação:
Este livro de Números trata de um periodo de 39 anos de jornada do povo de Israel no deserto, desde cerca de 1490 até 1451 a.C.

Conteúdo:
1)No deserto de Sinai (1-9)
2)De Sinai a Cades (10-19)
3)De Cades a Moabe (20-36)

1)No Deserto de Sinai:
1) Resumo dos capitulos 1-9:
a) O censo do povo, (1-2), dos sacerdotes e levitas (3-4)
b) Leis (5-6)
c) Oferta dos principes (7)
d) A consagração dos Levitas (8)
e) A páscoa e a nuvem guiando a marcha dos israelitas (9)
f) Motivo da contagem do povo e porque a preparação (1:3; 13:30)
g) Porque era necessário que a distinção entre as tribos fosse conservada em Israel e, também a distinção entre as familias (1:2,4; Hb 7:14; Lc 1:27)
h) A tribo que não foi contada com as outras (1:49,50)
i) A direção da marcha do povo de Deus (2:3; 10:14; Gn 49:10; Hb 7:14)
j) O total do censo (2:32)
k) O número dos levitas (3:39)
2)A distinção entre os sacerdotes e os levitas:
a) OS SACERDOTES eram os membros da tribo de Levi que descendiam de Arão e seus filhos (3:24), e que eram encarregados das funções sacerdotais do Tabernáculo dos sacrificios, de ministrar no Lugar Santo.
b) OS LEVITAS os demais membros da tribo de Levi, foram dados a Arão como auxiliares para cuidar do tabernáculo com os seus móveis e utensilios (3:9).
c) Todos os sacerdotes eram levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes.
3)A escolha dos sacerdotes e levitas nos dias Patriarcas:
a) Em Nm 3:12 lemos que a tribo de Levi foi separada pelo Senhor em lugar dos primogênitos de Israel.
b) Nos tempos patriarcais, o primogênito gozava de muitos privilégios, entre eles o de ser o sacerdote da familia.
4)A escolha dos Levitas depois da saida do Egito:
a) depois da morte dos primogênitos da terra do Egito, o Senhor ordenou que os primogênitos dos israelitas fossem sacrificados a ele, quer dizer ao seu serviço (Ex 13:12).
b) Por motivos que se compreendem por si mesmos, o Senhor, em vez de aceitar o serviço do primogênito de diferentes tribos, separou uma tribo especial para este serviço – Levi.
c) Havia mais primogênitos do que levitas. Que devia ser feito? A resposta está em Nm 3:46-51 diz que o excedente ao número dos levitas fosse resgatado do serviço, pagando certa quantia.
d) Esta cerimônia realiza-se ainda hoje entre judeus ortodoxos.
5)A lei do nazireado apresenta um tipo de consagração (Cap. 6):
a) Nazireu vem de uma palavra que significa separar-se. Era a pessoa que se consagrava ao Senhor, com votos especiais, temporariamente ou pela vida inteira.
b) Como exemplos dessa classe, mencionamos Samuel (1Sm 1:11) e João Batista (Lc 1:13-15).
c) Os nazireus não bebiam vinho (tipo de abstinência do gozo natural), usavam cabelos compridos, isto talvez, o deixasse em uma posição incomoda ao ponto de sofrer censuras por causa de Jeová (1Co 11:14).
d) Não era permitido ao nazireu tocar nos corpos mortos, nem mesmo nos de seus pais.
e) A queda de Sanção foi causada pela infração do voto de nazireado (Jz 13:5; 16:7).
6)Paralelo tipológico:
a) A triplice bênção sacerdotal lembra a bênção apostólica (6:24-26; 2Co 13:14).
b) Note-se a impressionante cerimônia da imposição das mãos dos israelitas sobre os levitas (8:10).
c) Em At 13:2,3 sugere a imposição das mãos para a consagração de obreiros.
d) Uma nova adição à lei da Páscoa foi feita em 9:1-14.
e) A grande lição ensinada nesta conexão é que Deus não diminui as suas exigências mas ajuda os homens a alcançá-las.

Nenhum comentário: