sábado, 5 de dezembro de 2009

A reconstrução de Jerusalém

A reconstrução de Jerusalém
Esdras 1:1-11
Com a queda do império babilônico, os medo-persas favoreceram o retorno dos judeus que se achavam na Babilônia. Cerca de 50 mil exilados regressaram a Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e do sumo sacerdote Josué. Tinham o propósito de reedificar a cidade e de restaurar o templo que estava em ruinas. Ao se instalarem em sua terra, esses homens, cheios de otimismo, primeiro edificaram um altar, Ed 3:2, renovaram a observância das festividades religiosas, Ed 3:3-5 e, dois anos, depois lançaram-se corajosamente às obras de reedificação da casa do Senhor.
Nesta lição vamos nos deter no estudo do retorno dos exilados e à reconstrução de Jerusalém, incluindo suas muralhas, templo e o culto, fatos que vieram a ocorrer quando os persas assumiram o controle da Babilônia e libertaram os cativos, bem como a restauração espiritual e seu significado.
I – Deus levanta um império mais forte que a Babilônia
O retorno dos judeus que se achavam exilados, na Babilônia só foi possivel pela intervenção divina na história dos grandes impérios. É isso que afirma Dn 4:32b: “O altissimo tem dominio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer”. Para isso, Deus permitiu que um império mais forte que a Babilônia se levantasse, dominasse toda a região e fizesse concessões aos judeus cativos, permitindo-lhes retornar à sua Pátria. Vejamos como agiram os principais reis persas:
a) Deus usou Ciro para libertar os judeus – A Pérsia se tornou, por volta do ano 550 a.C., uma potência internacional, dominando diversas nações vizinhas, entre elas a Média que também era uma grande potência. Daí surgiu a denominação império medo-persa, Et 1:19 e Dn 5:28.
Isaías já predissera 210 anos antes que o Senhor usaria o rei Ciro como instrumento para fazer cumprir Sua vontade. Isso está claro quando Deus chama Ciro de “meu pastor”, 44:28, e de “meu ungido”, 45:1, embora ele não servisse ao Deus de Israel. Ciro tomou consciência de que deveria repatriar os cativos, 2Cr 36:23.
Assim, logo que Ciro conquistou a Babilônia, em 539 a.C., e permitiu que os povos desarraigados voltassem às suas respectivas terras de origem. Devolveu os utensilios da casa do Senhor, Ed 1:7,8, e patrocinou a restauração do templo, Ed 6:3-5.
b) Atuação dos sucessores de Ciro:
Cambises, filho e sucessor de Ciro, também conhecido como Artaxerxes, interditou a construção do templo em Jerusalém por nove anos, Ed 4:23,24
Dario, já no inicio de seu reinado, autorizou o reinicio das obras de reedificação do templo em Jerusalém patrocinadas pela tesouraria real, Ed 6:8-12
Xerxes, também chamado de Assuero, Et 1:1, casou-se com Ester, Et 2:16,17, e permitiu que os judeus se vingassem de seus inimigos, Et 8:10,11 e 9:1,2.
Artarxerxes Longânimo, aprovou a viagem de Esdras e, depois de Neemias para Jerusalém com o propósito de ajudar os judeus, Ed 8:12-26 e Ne 2:1-8
II – O Regresso dos Cativos
Judá esteve sujeito à Babilônia por setenta anos, Jr 25:11-12. Já no primeiro ano do dominio persa sobre a Babilônia, Ciro permitiu aos judeus retornar a Jerusalém e reedificar o templo, Ed 1:1-3. Muitos judeus, entretanto, não quiseram voltar à sua terra, pois se encontravam em condições econômicas favoráveis na pátria adotiva. A maioria, mesmo sabendo das condições dificeis que iriam enfrentar, retornaram do exilio em levas distintas:
quase 50.000 regressaram sob a liderança de Zorababel, provavelmente em 538 a.C., Ed 2:64,65 e Ne 7:66,67:
aproximadomente 1.800 familias retornaram, sob liderança de Esdras, em 457 a.C., Ed 8:1-20.
Acredita-se que Neemias tenha trazido a terceira leva de judeus a Jerusalém em 444 a.C.
III – A Restauração
Uma das primeiras preocupações dos que retornaram a Jurusalém foi a restauração.
a) Restauração do culto. Agora livres, logo que chegaram a Judá, reuniram-se em Jerusalém para dar graças a Deus. Para isso edificaram um altar ao Senhor, Ed 3:1,2. Essa atitude representava o começo da restauração espiritual do povo escolhido.
b) Reconstrução do templo. No ano seguinte iniciaram a reconstrução do templo, Ed 3:8, com muita emoção e júbilo, Ed 3:12-13. Os samaritanos foram impedidos de participar dessa obra, Ed 4:2,3 e se tornaram ferrenhos inimigos dos judeus, Ed 4:9-24.
c)Restauração da Aliança com Deus – Quase 60 anos após a reconstrução do templo, Esdras, escriba hábil na Lei do Senhor, Ed 7:6, veio a Jerusalém para ensinar a palavra de Deus, Ed 7:25. Auxiliado por vários levitas, Esdras exerceu um ministerio didático. Ne 8:2,7,8. Relembrou todas maravilhas operadas por Deus, Ne 9:7-31 e conduziu o povo a uma renovação da aliança com o Senhor, Ne 9:38. Finalmente a comunhão do povo escolhido com Deus Todo-poderoso estava sendo restaurada Sl 124:7.
d) Restauração de Jerusalém – Neemias liderou a reedificação dos muros da cidade com tal persistência que ficaram prontos em 52 dias, Ne 6:15. Incentivou os moradores de Judá que haviam retornado do cativeiro, a povoarem Jerusalém porque, nessa época, tinha poucos moradores, Ne 7:4 e 11:1,2.

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