sábado, 5 de dezembro de 2009

Deus permanece o mesmo

Deus permanece o mesmo
Isaías 48:10-19
Deus não mudou. O Deus de Israel é o nosso Deus. Mas, assim como Israel parece que não O conhecia integralmente, também nós, pela nossa fraqueza, não chegamos a nos submeter inteiramente à Sua vontade. Desde o principio da História de Israel, Deus procurou ensinar várias lições ao povo a quem escolhera para sua glória. Infelizmente, essa nação demorou para compreender os propósitos divinos. Passou por duras provações nos dias dos juizes com sucessivos cativeiros, sem aprender as lições que Deus pretendia ensinar-lhe. Finalmente, após a volta do exilio babilônico, os judeuis parecem ter assimilado alguns temas apresentados ao longo de sua história.
I – Um Deus que exige adoração exclusiva
a) As bases do monoteismo -Desde a chamada do primeiro patriarca da nação hebraica, a exigência de adoração exclusiva foi requerida com muita clareza. É o que chamamos de monoteismo. Quando Deus disse a Abraão:”Sai da tua terra e da tua parentela”, Gn 12:1, estava separando-o de um meio poluido pela idolatria para que pudesse cultuar exclusivamente o Seu nome.
No deserto, esse propósito divino foi expresso através de um pacto entre Deus e Israel: “Se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade peculiar dentre todos os povos. Embora toda a terra seja minha”, Êx 19:5. Se por um lado prometia proteger e abençoar o seu povo, Gn 15:1, por outro exigia exclusividade na adoração, Êx 20:3.
b) Um alto preço pela desobediência – Foi por não acatar esse ensinamento divino de fidelidade a um único Deus que a nação israelita foi arrancada de sua terra e espalhada pelas nações, Dt 28:36. Foi necessário que o templo fosse completamente arrasado e a majestosa Jerusalém fosse arruinada para que os judeus entendessem que a sua paz e soberania dependiam de sua fidelidade a Deus.
II – Um Deus que peleja por seu povo
Desde a batalha, no deserto, entre Israel e Amaleque, a Biblia não deixa dúvidas de que o povo escolhido depende somente de Deus para vencer seus inimigos, Êx 17:11.
a) A vitória dos 300 de Gideão – Para libertar os israelitas da opressão midianita, Gideão contava com um exercito de 32 mil homens. Mas Deuis escolheu apenas 300 soldados e explicou a Gideão: “A fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: o meu próprio poder me livrou”, Jz 7:2. A autoconfiança exagerada e o orgulho podem levar a fracassos, pois impedem de recebermos a ajuda de Deus, Pv 8:13.
b) Os inimigos de Josafé – Várias nações se aliaram para guerrear contra o rei Josafá, 2Cr 20:1. O número de inimigos era tão grande que Josafá ficou atônito, sem saber o que fazer, 2Cr 20:12. Mas, lembrando-se das promessas de Deus, o rei de Judá invocou o nome do Senhor e, como resposta, ouviu o seguinte: “Nesta batalha não tereis que pelejar. Parai, estai em pé, e vede a salvação do Senhor para convosco”, 2Cr 20:17. De fato, enquanto os cantores louvavam ao Senhor fervorosamente, Deus semeou a discórdia entre os inimigos de seu povo e eles mesmos se destruiram mutuamente, 2Cr 20:22-24. É dessa força e dessa confiança que precisamos para a guerra a ser travada contra toda potestade do mal. Se buscarmos o Senhor, o Deus dos Exercitos, Ele lutará por nós.
c)Uma carta diante de Deus – O rei da Assiria, Senaqueribe, tornou-se uma grave ameaça para varias nações. Tinha um exercito poderoso e era extremamente cruel em suas conquistas. Invadiu muitas cidades de Judá e, aproximando seus dominios, ameaçava Jerusalém, 2Cr 32:1,2. Por não conhecer obstáculos para suas pretensões, Senaqueribe desafiava os deuses de todas as nações e blasfemou contra o Senhor Deus dos Exercitos de Israel, 2Cr 32:14,17. O rei Ezequias, homem temente a Deus, ao receber uma carta de Senaqueribe, cheia de ameaças e blasfêmias, estendeu-a perante o Senhor e orou, 2Rs 19:16. Como resposta a essa oração, Deus enviou um anjo ao arraial assirio e matou todos os seus soldados. Senaqueribe fugiu apavorado para Ninive, onde encontrou a morte, 2Rs 19:32-37. Esse é o mesmo Deus que ainda hoje batalha por nós.
III – Um Deus que oferece salvação
Percebe-se que, aos poucos, a Bíblia vai relevando que um Messias haveria de vir. A primeira promessa do plano de Deus para a redenção dos que crêem está em Gn 3:15. Os ensinos vão se tornando cada vez mais claros. Moisés o apresentou como um profeta semelhante a ele. Esse profeta se manifestaria e a ele o povo deveria ouvir diligentemente, Dt 18:15,18.
Os salmistas falaram dessa esperança messiânica, Sl 22. Isaías foi tão claro em suas profecias que é chamado “profeta messiânico”, 7:14 e 53:3-12. Daniel aponta a data do nascimento do Messias, 9:25. Os profetas que atuaram antes, durante e depois do cativeiro apontaram a vinda do Messias como garantia da restauração final dos judeus.
Quando Jesus nasceu, os judeus, submetidos a uma potência estrangeira, os romanos, esperavam apenas um rei, um libertador politico. Jesus o Messias que esperavam, veio para eles mas infelizmente esse povo ainda não compreendeu que todas as profecias do Antigo Testamento tiveram cumprimento perfeito em Jesus, Jo 1:11-12. Não fizeram como os discipulos que acharam o Messias, Jo 1:41. Desprezaram aquele a quem descreviam como humilde e sofredor. Até nisso Deus tinha um propósito glorioso: abrir as portas da salvação para os gentios sem, no entanto, rejeitar os judeus, Rm 11:1,11.
(EXTRAÍDO da revista de estudos bíblicos “ALELUIA”)

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