domingo, 4 de janeiro de 2009

Deus Tarda mais não Falha

“DEUS TARDA MAIS NÃO FALHA”

O TEMPO DE DEUS
Atos 1:7
INTRODUÇÃO
Esse provérbio popular até parece verdade. É citado por pessoas vividas com o peso de um verdadeiro texto das Escrituras. Quase todos concordam sem questionar. Mas nós não podemos nos firmar em ditados ou provérbios populares, e sim nas Escrituras. Será que Deus é um Deus atrasado, lento, vagaroso, ou é melhor pensar que o Senhor tem seu próprio tempo (Kairós e chronos)?
I. Deus tem seu próprio relógio
Duas palavras sobressaem-se na lingua biblica original para o termo tempo: Kairós e chronos. No dicionário Vine lemos que o termo chronos expressa a duração de um periodo que pode ser longo ou curto, como um dia, um mês, um ano, etc, de onde várias palavras em português buscam sua etmologia, tais como cronômetro, cronologia e outras. Já o termo kairós está mais para época, era, estação, denotando um periodo especial. Enquanto chronos trata de medida de tempo, kairós trata mais da qualidade, de um propósito, ou eventos que caracterizam um tempo. Em Atos 1:7 aprendemos que Deus tem tanto seu chronos (tempos) como seu kairós (épocas).
Percebemos que o tempo de Deus frequentemente é diferente do nosso: Vejamos João 2:4; 4:35; 7:6; 16:12; Romanos 5:6, etc. O ideal é ajustar o seu relogio ao de Deus e confiar nele, e não ficar pensando que Ele vive atrasado.
II. Deus nunca chega atrasado
Apocalipse 3:11 nos ensina que Jesus não demorará. Às vezes, porém, Deus não chega no nosso tempo, no tempo que nós esperamos. Mas por quê? Primeiro, é para nos ensinar que seu tempo não é o nosso. Segundo, é para realizar uma obra ainda maior e também porque está nos amadurecendo. No caso especifico da Segunda vinda de Cristo, que já nos foi informado por Jesus que o Pai já determinou o dia e a hora (Marcos 13:32), o tempo em que vivemos é meramente um tempo de oportunidade e graça de Deus que quer que nenhum pereça, mas que todos tenham tempo de ouvir e se arrepender. Não se trata de um atraso de Jesus para a arrebatar a Igreja, mas de um tempo determinado pelo Pai para que todos ouçam a mensagem. Confira 2Pe 2:9. No caso de Lázaro, será que o Senhor se atrasou? Não é isso que se percebe ao ler João 11. A aparente demora de Jesus visava operar o maior milagre de seu ministerio, ressuscitar um morto de quatro dias (Jo 11:3-7).
III. O Tempo e o propósito
Lendo o texto de Eclesiastes 3, percebemos que há tempo para todo o propósito e um propósito para todo tempo. A grande pergunta, então, não é por que Deus parece demorar, mas sim se estou no lugar certo, cumprindo o propósito de Deus. A Bíblia condena os preceptados que não esperaram o tempo de Deus. Sara e Abrão, por exemplo, não esperaram a promessa e consentiram que Hagar gerasse a Ismael. Quantos problemas vieram depois disso? Por que não esperaram Isaque nascer? Deus condena a preceptação. At 19:36; 1Tm 5:22; Pv 14:29; 29:20.
Conclusão
Ajuste seu relógio ao de Deus. Desenvolva uma vida de oração e meditação na Palavra, o que certamente ajudará você a discernir o tempo de Deus. Não acredite que Deus demora, se atrasa, que quer irritar você. Aprenda a esperar o kairós, a época determinada por Deus. Enquanto isso, cumpra o propósito que já lhe foi revelado, para que Deus o encontre no lugar certo onde receber sua benção.
(EXTRAÍDO da “Explicando as Escrituras” Jovens e Adultos 2 Semestre/2005))

Deus é a Verdadeira Segurança do Crente

DEUS É A VERDADEIRA SEGURANÇA DO CRENTE
Salmo 91:1-4; 5,7; 10-11
INTRODUÇÃO
Não se sabe ao certo quem foi o autor deste salmo nem quando foi composto. Uns dizem que foi Davi. Outros, que teria sido Moisés. Uma coisa é certa: foi o próprio Deus quem inspirou o salmista a escrever esta bela porção das Escrituras.
I. O inquietante Problema da Segurança
1. A insegurança nos dias do salmista. Na época em que o Salmo 91 foi escrito, havia muita insegurança. Pode-se notar, entre os versiculos do texto, várias expressões de perigos e ameaças, tais como “laço do passarinheiro”, “peste permiciosa”, “espanto noturno”, “seta que voe de dia”, “mortandade”, “mal”, “praga”, “leão”, “áspide”, “serpente”. Tudo isso indica que havia perigo de ordem material, humana e espiritual.
2. A insegurança em nossos dias. Se não fosse a proteção divina, ninguém, nos dias de hoje, poderia sentir-se seguro, nem mesmo em sua própria casa. Há insegurança dentro e fora do lar, principalmente nas grandes cidades. Diz o patriarca Jó: “Desde as cidades gemem os homens...” (Jó 24:12). Há assaltos, assassinatos, estupros, sequestros e violência por toda a parte.
3. A atitude do crente em relação à insegurança. Diante do problema da insegurança, que é real e constante, o crente em Jesus precisa saber comportar-se como filho de Deus.
a) Reconhecer que só Deus dá segurança. Não adianta confiar em sistemas de segurança sofisticados, nem em cães amestrados nem em vigilantes profissionais. A primerira-ministra da Índia, Indira Ghandi, tinha bons guarda-costas. Mas um deles acabou por assassiná-la. Cumpre-se, pois, a Bíblia: “Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127:1b).
b) Confiar no Senhor. O salmista diz: “Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança...” (Sl 40:4a). As ameaças à vida do crente são muitas. O inimigo procura levantar pessoas para prejudicar o servo de Deus quer em relação à sua integridade fisica e emocional, quer em relação ao seu patrimônio e negócios. Mas, na Bíblia, temos este consolo: “Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem” (Sl 56:11). O Salmo 8:4 traz uma declaração de fé na proteção divina: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança”.
c) Fazer a sua parte. Há pessoas, na igreja, que agem de modo errado. Certo irmão, imprudentemente, deixou sua casa toda aberta, e saiu para a igreja, dizendo que Deus guardaria os seus bens. Quando retornou, os ladrões haviam levado tudo. Ele ficou triste, achando que Deus não cumpria a sua palavra. Mas, o que realmente aconteceu, foi que esse irmão deixou de fazer sua parte. Deus nos guarda, sim, mas aquilo que nos compete fazer, Ele não o fará. Não podemos, pois, alimentar uma fé ingênua e sem fundamento bíblico.
II. A Segurança que Deus Proporciona
1. Sob a proteção do Altíssimo (v.1-9).
a) Habitando no esconderijo (v.1a). O salmista inicia o texto, dizendo daquele que “habita no esconderijo do Altíssimo”. O verbo habitar fala da continua permanência na presença de Deus.
b) Descansa à sombra do Onipotente (v.1b). Assim como a sombra de uma árvore frondosa e benfazeja propicia refrigério ao que se abriga sob sua folhagem, o crente fiel pode encontrar descanso para a fadiga da vida à sombra da proteção divina, pois esta lhe serve de refúgio e cobertura. Lembra-nos o que Jesus ensinou (Mt 11:29).
c) Refúgio e Fortaleza (v.2). O salmista professa a si mesmo que Yahweh (Javé, o Senhor) é o seu refúgio e fortaleza, e nEle há de sempre confiar. Deus não prometeu ao crente um “mar de rosas”, ou seja: uma vida sem problemas. Jesus precaveu-nos de que, no mundo, haveríamos de ter aflições (Jo 16:33). Paulo escreveu: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm 3:12). Entretanto, o crente fiel tem, a seu dispor, refúgio e fortaleza no Senhor, onde se abriga, seguramente, diante das adversidades.
d) Livre do laço do diabo (v.3). O salmista, aqui, passa a falar na segunda pessoa, levando a outrem a mensagem de confiança na segurança do Senhor. Sob a proteção de Deus, o crente livra-se do “laço do passarinheiro e da peste perniciosa”. Laço fala de armadilha, e passarinheiro é uma figura do diabo. Diante disso, Paulo exorta-nos a que fiquemos firmes no Senhor, revestidos da armadura de Deus, para não cairmos nas “astutas ciladas do diabo” (Ef 6:10-11).
e) Sob as asas do Altíssimo (v.4). Aqui, temos uma interessante metáfora. Deus é comparado a uma ave-mãe que tudo faz para proteger a seus filhos. Diante de um perigo, a galinha, por exemplo, chama os seus pintainhos, e abriga-os sob as suas asas: “...debaixo das suas asas estarás seguro, a sua verdade é escudo e broquel” Ou seja: dois escudos estão a proteger o crente: um grande e outro pequeno. Isto mostra que a proteção divina proporciona-nos abrigo contra as ameaças e perigo desta existência. Quanto à verdade divina, serve-nos esta como poderosa arma de defesa.
f) Vencendo o medo (v.5-6). Um médico crente explicou que o medo e a ignorância são as piores pragas na vida de um filho de Deus. Sob a proteção do Senhor, o crente não deve temer estas quatro coisas: a) “...espanto noturno...” Durante a noite, os demônios procuram, com as suas incursões e ataques, intimidar o crente fiel, mas este encontra-se devidamente protegido pelo Altissimo. b) “Seta que voe de dia”. Isto é: obras malignas que, lançadas à distância, tem por objetivo atingir o crente em plena luz do dia. Eis algumas destas setas perigosas: uma tentação, vinda não se sabe de onde; uma enfermidade repentina; uma palavra que fere, de quem não se espera etc. c) “Peste que ande na escuridão”. A versão grega do Antigo Testamento hebreu, conhecida como Septuaginta, interpreta que, tanto a seta que voa de dia como a peste que anda na escuridão, são demônios. d) “...mortandade que assole ao meiodia”. O nome já diz tudo: são epidemias de enfermidades mortais. Mas o nosso Deus serve de proteção inexpugnável contra tais agentes.
2. Os inimigos caem vencidos (v.7). “Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido”. Esta é uma promessa extraordinária. Crer nela, e colocá-la em prática no viver diário, é algo que encerra um grande significado para o crente. Conhecemos um irmão que, certa vez, foi ameaçado de morte por uma “mãe-de-santo”. Esta, para materializar o seu intento, enviou-lhe um emissário armado para matar o pastor. Mas o assassino, ao entrar no templo, caiu de joelhos, e foi-se arrastando até o púlpito, sem poder levantar-se. Diante de todos, ele explicou que, ao chegar à porta, duas mãos potentes empurraram-no para baixo, impedindo que ele se levantasse. Este elemento não pode fazer nada, absolutamente nada, contra o pastor. A promessa divina cumpriu-se de maneira plena: o servo de Deus não foi atingido.
III. Proteção ao Lar e á Família
1. Nenhum mal nem praga (v.10). É preciso crer nesta promessa: “Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda”. Nesta passagem, temos uma maravilhosa promessa para os nossos lares. O mal pode ser entendido como todo o tipo de adversidade, no seu sentido mais amplo possivel. Já a praga tem significado bem mais compreeensivel: refere-se às doenças que se espalham e matam muita gente. A promessa assegura-nos que nem mal nem praga podem atingir a tenda (ou a casa) do crente fiel.
2. Os Anjos (v.11-12). Há uma guerra espiritual, declarada e quase sempre invisivel, que ameaça a integridade espiritual e fisica dos crentes. Mas o nosso Deus tem exercitos formados por anjos, cuja missão é guardar-nos em todos os nossos caminhos (cf. v.11). Eles são ministros de Deus a serviço dos que hão de herdar a salvação (hb 1:13a-14).
IV. Vitória Sobre o Adversário (v.13)
1. Pisando o leão, a áspide, o leãozinho e a serpente. O leão representa todo o tipo de inimigo violento; a áspide, que é um animal venenoso, representa os inimigos cuja língua é como a peçonha: são aqueles que caluniam, mentem, difamam, e injuriam para prejudicar o crente; o leãozinho representa aquele tipo de inimigo que, aparentemente, não faz mal, por ser pequeno, mas tende a crescer e a ficar feroz e indomável; a serpente é bem o tipo do diabo ou de seus seguidores, que só visa atacar para matar.
Sob a proteção do Altissimo, porém o creme fiel tem o poder para vencê-los e pisá-los. Cristo, nosso Salvador, esmagou a cabeça da serpente, cumprindo o que fora previsto em Gênesis 3:15. Ele despojou nossos inimigos espirituais (Cl 2:15). Ele nos garante a vitória. Os inimigos são fortes, mas em Cristo e por Cristo, somos mais que vencedores (Rm 8:37).
V. Fala o Altíssimo (vs. 14-16)
Nos versiculos 14 a 16, o salmista silencia, e passa a ouvir Deus falar sobre aqueles que vivem sob a proteção do Senhor.
1. Ressaltando o amor a Deus (v.14). “Porque tão encarecidamente me amou...” Esta palavra, dita pelo próprio Deus, mostra que, aquele que tem a proteção do Altissimo, ama-o de todo o coração. Por isso, torna-se alvo do livramento divino.
2. O alto retiro. “Também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome”. Deus dá o livramento, e ainda coloca, em elevada posição espiritual, aquele que conhece, valoriza, reverencia e exalta o seu santo nome.
3. Invocação e resposta (v.15). “Ele me invocará e eu lhe responderei”. Certamente, não há coisa que mais o crente deseje do que esta: saber que suas orações e súplicas são respondidas pelo Senhor. Mas Deus só atende a súplica daquele que tão encarecidamente o ama. Ele livra o seu servo na angustia e da angústia; e, mais que isso: glorifica o que conhece o seu nome.
4. Longevidade e salvação (v.16). Como fecho de ouro deste salmo, Deus, falando pelo escritor, promete longos anos de vida “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo”, de modo que possa ver a salvação do Senhor.
Conclusão
A proteção de Deus é tão grande, que o crente, embora continue na terra cumprindo a sua missão, é imoral. Mesmo que passe por tribulações, perigos e ameaças, só há de morrer, quando o Altíssimo o quiser ou permitir. Que o Senhor nos faça dignos, em Cristo, de desfrutar dessa maravilhosa segurança que somente Ele pode oferecer.
Questionário
1. Que acontece com o que habita no esconderijo do Altissimo?
2. De acordo com a lição, quem é tipificado pela figura do Passarinheiro?
3. Que promessa há no salmo 91 para os lares?
4. Com que promessa Deus encerra o salmo?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)

A Verdadeira Prosperidade

A VERDADEIRA PROSPERIDADE
Salmo 73:1-17
INTRODUÇÃO
O salmista teve a sua fé duramente provada ao procurar entender porque os ímpios prosperam tanto, enquanto os justos, embora temam, a Deus e pautem exenplarmente a sua vida, sofrem, às vezes, tremendos dissabores. Contudo, Deus é justo. Se não entendemos tudo o que acontece no mundo, um dia, quando chegarmos à divina presença, compreenderemos todos os mistérios.
I. Bom é Deus para com Israel
O salmo começa com uma conclusão incisiva. O salmista previne o leitor: o que exporá com relação aos ímpios, refere-se a uma situação já superada. Essa conclusão é a razão de ser do Salmo 73. Mas do que uma lamentação sobre a prosperidade dos ímpios, este salmo é um hino de fé e de confiança em Deus.
II. Asafe e a Prosperidade dos ímpios (vs. 4-12)
O salmista enfoca diversas facetas da vida dos ímpios. Muito perturbado, refere-se a estes como sendo os poderosos deste mundo. Parece esquecer-se dos ímpios que estão sempre marcados pela pobreza e miséria.
1. Não trabalham muito. Na realidade, pode-se perceber claramente que muitos homens abastados são ímpios da pior especie. Ganham dinheiro facilmente através de atividades desonestas tais como tráfico de drogas, prostituição (inclusive de menores), contrabando, extorsão etc. Há muita gente trabalhando para eles, de modo que não precisam afadigar-se nem se consumir em suor.
2. São soberbos e violentos (v.6). Asafe ressalta o fato de os ímpios cercarem-se de orgulho como de um colar; eles “vestem-se de violência como de um adorno”. A violência do ímpio, na prática, é uma atitude de defesa. A Bíblia declara que “a soberba do homem o abaterá...” (Pv 29:23).
3. Bem alimentados e criativos (v.7). Na verdade, os ricos, que não tem compromisso com Deus, vivem de banquetes e de festas, que são simbolo do poder humano. Eles não encontram tempo para refletir acerca de seu destino eterno.
4. São corruptos e opressores (v.8). Infelizmente, até no meio evangélico, há pessoas que procedem injustamente contra operários e trabalhadores. Não é à toa que Tiago condena os ricos opressores (Tg 5:4).
5. São incrédulos e blasfemam contra Deus (vs. 9-11). Temos visto exemplos marcantes de ímpios que se voltaram contra Deus e, hoje, encontram-se esmagados pela mão do Altíssimo. Eis o que Davi deixou-nos escritos: “Aquele que habita nos céus se rirá...o Senhor zombará deles” (Sl 2:4). E, na Epistola aos Hebreus, encontramos esta advertência: “Horreda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10:31).
III. Como Asafe sentiu-se ante a prosperidade dos ímpios
1. Quase desviado (v.2). Após afirmar que Deus é bom para com Israel, Asafe passa a narrar o que lhe sucedeu ao contemplar a prosperidade dos ímpios. Sua mente ficou perturbada. Ele mesmo o confessa: “Quanto a mim, os meus pés quase se desviaram”.
2. Invejando os soberbos (v.3). Como pode um homem de Deus, como Asafe, ser assaltado por um sentimento tão baixo quanto a inveja? Só o entenderemos, analisando sua crise a partir do prisma da fraqueza humana. Ele teve inveja dos soberbos”ao ver a prosperidade dos ímpios”.
3. Ficou perturbado. “Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado” (v.16).
4. Ficou desiludido com a sua vida espiritual (v.13-14). Diante de tantas evidências quanto à prosperidade dos ímpios, o salmista concluiu que, em vão, havia purificado o seu coração e lavado as suas mãos na inocência.
5. O coração azedou (v.21). Muitas pessoas deixam-se dominar por esse tipo de emoções e, como resultado, acabam acometidas por muitas doenças. O Dr. Mc Millen, PhD cristão, afiança que 90% das enfermidades são de origem emocional. Por isso, a Palavra de Deus recomenda: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (hb 12:15).
IV. Entendendo a Verdadeira Prosperidade (v.15-20).
O salmista, então, descobre que ele próprio era próspero, e não o sabia. Por isso, glorifica a Deus.
1. Teve prudência no falar (v.15). “Se eu dissesse: Também falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos”. Mostra-nos isto que Asafe, embora houvera pensado negativamente, a ninguém manifestou o teor de seu pensamento. Nada disse à esposa, nem aos filhos, ou aos amigos. Se o tivesse feito, teria pecado duas vezes. Uma, por achar que Deus, era injusto. Outra, por abrir a boca e dizer coisas inoportunas.
2. Entrou no santuário de Deus (v.17a). Ao invés de falar, de murmurar, como muitos hoje em nossas igrejas, Asafe entrou no santuário para orar, buscar a Deus, e derramar, diante dEle, suas mágoas e frustrações.
3. Entendeu o fim dos ímpios (v.17b). Deus não revelou a Asafe o progresso, nem a prosperidade dos ímpios, mas o fim destes. O que estava acontecendo, o salmista já o sabia. Deus permite que o ímpio prospere. Mas só materialmente. Espiritualmente, o ímpio é um miserável. Ele se gaba: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”. Todavia, a resposta de Deus logo vem: “E não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap 3:17).
O salmista, por conseguinte, teve uma visão do futuro dos impios, a partir do que acontece no presente: “...então, entendi eu o fim deles”. Meditemos no que o salmista entendeu:
a) Deus os põe em lugares escorregadios (v.18a). Refere-se isso à falta de solidez dos ímpios. Eles não tem base firme para suas vidas. Tem a casa edificada sobre a areia.
b) Deus os lança em destruição (v.18b). Por mais que prosperem, o fim dos impios (se não se converterem) é a destruição. “Os ímpios serão lançados no inferno...” (Sl 9:17a).
c) Eles caem em desoloção e são consumidos por terrores (v.19). Podem ter muitas riquezas, mas, no final, serão atormentados (Ver Lc 16:19-31).
d) Deus despreza a aparência deles (v.20b). A essa altura, orando no templo, o salmista já houvera entendido que a glória e a prosperidade dos ímpios são apenas aparentes.
4. A verdadeira prosperidade (vs. 23-28). Em sua estada no templo, o salmista teve profundas revelações. Não só quanto a falsa prosperidade dos perversos, mas, também, do que é ser realmente próspero.
a) É estar com Deus (v.23a). “Todavia, estou de continuo contigo”. A presença de Deus dá descanso (Êx 33:14). Na presença do Senhor há fartura de alegria (Sl 16:11).
b) É estar seguro por Deus (v.23b). O salmista reconhece: “...me seguraste pela mão direita”. Asafe, agora, reconhece que, na verdade, ele é quem estava prosperando. Mesmo tendo sido tentado, o Senhor o sustentou em todas as coisas.
c) É ser guiado por Deus até a eternidade (v.24). “Guiar-me-ás com teu conselho e, depois, me receberás em glórias”. Quem é guiado por Deus tem segura prosperidade, principalmente no que tange às riquezas eternas.
d) É ser rico, espiritualmente, no céu e na terra (v.25). “A quem tenho eu no céu senão a ti?” Ele conclui que ninguém é mais valioso que o Senhor. Nenhuma riqueza material supera o fato de se ter Deus na vida. Isso contraria a idéia que muitos crentes alimentam quanto à prosperidade, que é vista do ponto de vista utilitarista e material. Bens materiais são bênçãos de Deus para o crente, mas a verdadeira prosperidade é a das riquezas espirituais e eternas.
e) É ter Deus como fortaleza e porção da vida (v.26). O salmista, em sua oração, viu que a sua carne era fraca, mas Deus era a fortaleza do seu coração. E acrescentou que Deus é a porção da sua vida. Essa é a verdadeira prosperidade.
f) É aproximar-se de Deus e confiar nEle (v.28). Asafe conclui o salmo, dizendo: “Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus”. Ele não avaliava mais a prosperidade com ênfase na transitoriedade dos bens materiais, mas na prevalência do espiritual sobre o material e, principalmente, no relacionamento com Deus. Por fim, ele coloca no Senhor a sua confiança para anunciar aos outros as grandes obras de Deus.
Conclusão
Que a experiência de Asafe, permitida por Deus, e registrada em sua Palavra, sirva de preciosa lição para nós, hoje, e que jamais nos deixemos abater pelo fato de vermos os ímpios prosperarem. Davi, no Salmo 37:1, recomenda: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade, porque cedo serão ceifados como a erva e murcharão como a verdura”.
Questionário
1. No salmo em estudo, a que tipo de ímpios Asafe se referia?
2. De acordo com a lição, cite as cinco características que o salmista viu nos ímpios.
3. Por que o salmista teve inveja dos soberbos?
4. Quando foi que Asafe entendeu o fim dos ímpios?
5. De acordo com a lição, em que consiste a verdadeira prosperidade?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)

A Santidade da Vida - Um Alerta Contra o Aborto

A SANTIDADE DA VIDA – UM ALERTA CONTRA O ABORTO
Salmo 139:12-18
INTRODUÇÃO
O Salmo 139, além de destacar alguns atributos naturais e absolutos de Deus, mostra-nos a maravilhosa obra que é a formação do ser humano no ventre materno. Nesta profunda revelação sobre a santidade da vida, o aborto afigura-se, logicamente, como crime hediondo, passível da mais severa pena ante o Tribunal Divino.
I. Origem e Santidade da Vida
1. A Vida foi criada por Deus. Há vérias teorias sobre a origem do Universo e da vida. Há quem diga que a vida surgiu de uma “sopra quimica”, na qual os elementos se juntaram, ao acaso. É preciso ter muita “fé”, ou credulidade, para acreditar nisso. No Gênesis, que relata o começo de todas as coisas, encontramos a origem da vida.
2. A Vida humana. No sexto dia, “criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus os criou; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou...” (Gn 1:27-28). Esta última expressão da bênção de Deus sobre o homem, sugere e implica na santidade da vida humana. Observando o relato bíblico, podemos ver que a vida humana é distinta da vida vegetal e animal. Há diferenças entre os corpos dos animais e o dos homens. “Mas Deus dá-lhe o corpo como quer e a cada semente, o seu próprio corpo. Nem toda carne é a mesma carne; mas uma é a carne dos homens, e outra, a carne dos animais, e outra, a dos peixes, e outra, a das aves” (1Co 15:38-39). Deus tem a vida humana em elevado conceito.
II. Deus é o Doador da Vida.
1. A vida humana é dom de Deus. Dizem os materialistas que tudo surgiu a partir de uma grande explosão. É a teoria do “Bog-bang”. Com isso, procuram negar as Escrituras. É mais uma faceta da rebelião do homem contra Deus. Paulo recebeu a revelação da origem da vida, dizendo que Deus “é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17:26b). Ele é o “Deus dos espiritos de toda a carne” (Gn 16:22).
2. Somente Deus pode dar e tirar a vida. Sendo o Criador, o dono e o doador da vida, somente Deus, em sua soberania, pode fazer o que bem quiser com a vida. Pode dá-la e tirá-la, pelos meios mais diversos, a seu critério.
III. Deus e a Concepção Humana
1. Deus acompanha a concepção.
a) Pois possuíste o meu interior. Descrevendo a maravilhosa complexidade da concepção, o salmista diz que Deus possuiu o seu interior, ou seja acompanhou o processo de sua gestação (v.13a).
b) Entreteceste-me no ventre de minha mãe. Mesmo em se tratando de uma lei biológica, o salmista entendia que a formação do ser humano, no ventre materno, é obra da mão de Deus (v.13b).
2. Deus registra o desenvolvimento da concepção (v.15-16). O salmista, que nunca estudara biologia, disse: “Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado”. “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”.
3. Deus escolhe pessoas desde o ventre materno. Deus escolhe pessoas com propósitos especiais e especificos desde o ventre materno.
a) A escolha de João Batista. O precursor de Jesus fora escolhido antes de nascer para tornar-se “grande diante do Senhor”, sendo “cheio do Espirito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc 1:15).
b) A escolha de Jesus. Jersus, como homem, fora escolhido desde o ventre, pela virtude do Altissinnnnnmo (Lc 1:31,35).
Que seria da Igreja e da humanidade, se as mães dessas, pessoas tivessem praticado o aborto?
IV. O Aborto e suas implicações à luz da Bíblia.
Aborto, ou abortamento, no sentido jurídico, significa “interrupção dolosa da gravidez, com expulsão do feto ou sem ela”. De acordo com os médicos, há vários tipos de aborto.
1. Aborto natural. Ocorre por motivos, ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Por exemplo, no caso de enfermidade. Não encontramos qualquer incriminação na Bíblia quanto a esse caso.
2. Aborto acidental. É resultante de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto intenso, podem provocar o abortamento.
3. Aborto provocado. É o aborto intencional, decorrente de uma decisão da gestante ou do casal, no sentido de se ver livre do feto por motivos os mais diversos.
4. O chamado aborto legal. Em caso de risco para a vida da mãe, ou em caso de estupro, a lei permite o aborto. No primeiro caso entendemos que há uma justificativa maior. Uma vida em formação é sacrificada para salvar uma vida já plenamente desenvolvida. No segundo caso, tem-se uma questão dificil de ser respondida. Sem dúvida alguma, os traumas de uma vitima de estupro são inimagináveis. Contudo, a vida gerada encontra-se sob um principio divino. Por isso, a pessoa que optar pelo aborto, nesse caso, terá de prestar contas a Deus. Uma freira, na Bósnia Ezergovina, foi estuprada por soldados, e engravidou. Embora tivesse de sair do convento, recusou-se a recorrer ao aborto, dizendo que aquele filho era somente seu, e iria criá-lo com amor, com ajuda de Deus.
5. O aborto por questões eugênicas. Há quem defenda o aborto por questão de eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas e retardadas. Ocorre, porém, que pessoas retardadas, ou deformadas, tem personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, tem direito à vida.
À luz da Bíblia, da moral e da ética, o aborto provocado é um crime abominável.
V. O Aborto Viola a Lei de Deus
1. É a violação do sexto mandamento. “Não matarás” (Ex 20:13). Face a essa lei, nenhuma pessoa tem o direito de tirar a vida de quem quer que seja. No que tange ao aborto, devemos considerar o seguinte: No ovo, ou zigoto, resultante da união do espermatozóide com o óvulo, estão todas as características de uma criatura humana, desde a estrutura interna, os ossos, os tecidos, até a cor do cabelo, dos olhos e o jeito de andar.
O indivíduo é objeto dos cuidados divinos desde o ventre materno (Sl 139:13-16). O aborto provocado, pois, é um crime hediondo. Ninguém, a não ser Deus, pode tirar a vida de alguém. Ele é o dador da vida. Ele aplicou a pena de morte, no AT, como ato juridico, para fazer face à crescente violência demonstrada pelo homem desde a queda (cf. Gn 6:11; 8:21).
3. É um crime covarte. A vitima não tem a minima condição de se defender. Um médico norte-americano, que realizou mais de 5.000 abortos, deixou de fazê-lo, quando viu, num video, o que acontecia durante um aborto. O feto se mexia todo, como que tentando fugir, ao pressentir a presença do objeto de destruição.
É o holocausto da inocência!
Conclusão
A prática do aborto provocado é permitida pela lei nos casos de risco de vida da mãe, ou decorrente de estupro. No primeiro caso, entendemos que se trata de sacrificar a vida de um ser ainda em formação para salvar a vida plenamente desenvolvida da mãe. No segundo, mesmo compreendendo que se trata de caso delicado, com implicações emocionais tremendas, trata-se de crime contra a vida. Se justificado, ou não, cada um responde diante do Criador. O aborto intencional é um crime abominável, que merece o veemente repúdio por parte da Igreja do Senhor.
Questionário
1. Em que dia da criação Deus criou a vida humana?
2. Que diz Atos 17:26b?
3. Por que só Deus pode tirar a vida?
4. Que tipos de aborto são apresentados na lição?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)

A Grandeza do Reino de Deus

A GRANDEZA DO REINO DE DEUS
Salmo 99:1-3,5,9
INTRODUÇÃO
O Salmo 99 tem sentido passado, presente e futuro. Em poucos versículos, vemos a grandeza do Reino de Deus: sua supreemacia sobre as nações; a santidade do nome do Senhor, sua justiça e juizo. Nesta lição, extraímos, apenas, uma sintese do aspecto futuro do Reino de Deus.
I. O que é o Reino de Deus
O Reino de Deus é o seu domínio universal sobre todas as coisas. Podemos analisá-lo sob três aspectos.
1. Presente. Interrogado pelos fariseus acerca da vinda do Reino de Deus, que eles esperavam no futuro, Jesus disse: “O Reino de Deus não vem com aparência exterior, porque o Reino de Deus está entre vós” (Lc 17:20-21)
2. Futuro. Davi, no Salmo 22, tem uma visão escatológica do reino do Senhor, quando afirma: “Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face. Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações” (Sl 22:27-28). É evidente que essa conversão ainda não aconteceus, mas terá lugar quando Jesus implantar o Reino Milenial.
3. Eterno. Davi, inspirado pelo Espirito Santo, registrou que o Reino de Deus é eterno, e que o :eu dominio “estende-se a todas as gerações” (Sl ). Nabucodonosor reconheceu que o Reino de Deus “...é um reino sempiterno, e o seu dominio, de geração em geração” (Dn:). Deus nunca deixou de reinar. Ele é eterno. Contudo, por sua permissibilidade, admite que outros poderes, visiveis e invisiveis, tenham sua vez, até que chegue a consumação dos séculos, quando, em hipótese alguma, haverá qualquer outro reino, a não ser o Reino de Deus.
II. A Implantação do Reino de Deus
1. A vocação de Israel. Deus escolheu o povo de Israel para ser o seu representante na implantação do Reino. Falando com Moisés, no Monte Sinai, Jeová garantiu que, se aquele povo ouvisse diligentemente a sua voz, e guardasse o seu concerto, tornar-se-ia propriedade peculiar e reino sacerdotal dentre todos os povos (Ex 19:5-6). Pois dos israelitas “é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente” (Rm 9:4-5).
2. O Fracasso de Israel. Ao longo dos séculos, o povo de Israel afastou-se de Deus, culminando por rejeitar o seu próprio rei – Jesus Cristo. “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1:11; Rm 9:30-10:21). Israel rejeitou e matou a Cristo (Mt 27:22-25). Por isso, a nação hebréia foi rejeitada por Deus, ainda que temporariamente, (Rm 11:1-36). Por fim (o remanescente) será salvo (Rm 1:26).
3. A vocação da Igreja. Com o fracasso de Israel, Deus implementou outra fase do seu plano para o planeta Terra. Seu reino precisa expandir-se para poder ser implantado. A famosa profecia de Daniel sobre as 70 semanas (Dn 9:24-27), indica que Deus suspendeu a contagem do tempo para Israel, por ter Israel rejeitado a Cristo (Mt 27:25). Entre a 69a. a 70a.semana, teve inicio a chamada Dispensação da Igreja. Este periodo é indeterminado. Quem se atrever a marcar datas para o seu término cairá no rídiculo e na vala dos falsos profetas. Em ressumo: podemos dizer que, em fundação do Reino, a vocação, ou missão, da Igreja é:
a) Ser representante, no mundo, da implantação do Reino de Deus.
b) Ser proclamadora do Evangelho. Sua missão falar de Cristo a todo o mundo e a toda a criatura (Mc 16:15), dando cumprimento à grande comissão, tarefa indispensável para a implantação do Reino.
c) Ser instrumento de Deus para tornar conhecida a sua multiforme sabedoria (Ef 3:10). A sabedoria do Reino é superior a todo o saber humano.
d) Ser coluna e firmeza da verdade (1Tm 3:15). Só a Igreja tem essa característica.
e) Servir de impedimento à manifestação do Anticristo (2Tm 2:7,8).
4. O êxito da Igreja. Em lugar do Israel nacional, foi levantado o Israel Espiritual – A Igreja (Rm 11:11). Jesus, enviado por Deus, morreu em nosso lugar, e preparou para si um “povo seu, especial, zelodso e de boas obras” (Tt 2:14). Não poderá a Igreja fracassar como aconteceu com Israel, pois Jesus disse: “...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:17b). Para que a Igreja cumpra a sua missão, precisa desenvolver seu trabalho através da evangelização, das missões, da ação social legitima, da integração e do discipulado.
III. Acontecimentos Finais.
1. O arrebatamento.
a) O arrebatamento será real. A Igreja será arrebatada, literalmente, da terra. Isto se dará na primeira fase da volta de Jesus, conforme predito nas Escrituras (Mt 22:30; 24:36-51; Jo 14:1-3,24; Dn 2:44-46; Zc 14:1-7). Tal acontecimento é necessário para que os participantes do Reino de Deus estejam em outra dimensão espiritual, gloriosa.
b) Os mortos ressuscitarão primeiro (1Ts 4:16). O Rei concederá o privilégio àqueles que morreram, sendo fiéis, de subirem primeiro ao seu encontro. Desde Abel, passando pelos santos profetas e pelos mártires da Igreja, todos os salvos ressuscitarão (1Co 15:22) em corpo glorioso (Fp 3:21; 1Co 15:44).
c) Os vivos serão transformados (1Ts 4:17). Ato continuo, ocorrerá o milagre da transformação dos salvos que estiverem vivos quando do arrebatamento. Paulo previu isso (1Co 15:51). O que é mortal se revestirá da imortalidade (1Co 15:53). As limitações humanas desaparecerão.
2. As bodas do Cordeiro e o Tribunal de Cristo. Nos céus, darse-á o encontro de Jesus, o Noivo, com a Igreja – a Noiva do Cordeiro (1Ts 4:17). Em seguida, haverá o Tribunal de Cristo (2Co 5:10; 1Co 1:8) e as Bodas do Cordeiro (Ap 19:7).
3. A Grande Tribulação. Na Terra, haverá a Grande Tribulação (Mt 24:21; Lc 21:24-26). Tudo isso tem de acontecer para que o Reino de Deus seja implantado definitivamente não só nos céus, mas também na terra e em todo o Universo.
4. A volta de Jesus em glória. Quando a Grande Tribulação estiver no auge, Jesus voltará com a sua Igreja, Derrotará o Anticristo na batalha do Armagedom (Ap 19:11-21; Mt 25:41); prenderá Satanais (Ap 20:1-3) e realizará o Julgamento das Nações (Mt 25:31-46). Assim, estará pronto o cenário mundial para o Reino Milenial.
5. O Milênio. Será um periodo real, concreto, em que Cristo reinará com a sua Igreja (Ap 20:4,6; Lc 1:32,33; Dn 2:44,45).
a) Um governo teocrático. Os lideres das nações terão de ir a Jerusalém, capital do mundo, para inteirar-se das determinações do Reino (Is 2:2,3,4; Zc 8:21-23; Jr 31:6).
b) Jesus, o Supremo Juiz. A justiça é a base do seu trono (Sl 72:1-12; Is 65:20).
c) A Igreja no Milênio. A igreja glorificada (Ap 19:11-21), juntamente com a igreja martirizada (Ap 20:4), reinará com Cristo por mil anos. Sua morada será na Jerusalém Celeste (Ap 21:2; Hb 12:28). Será uma cidade que virá dos céus (Ap 21:20), e ficará nos ares, acima da Jerusalém terrestre.
d) Bênçãos do Reino Milenial. Haverá saúde para todos os povos (Is 35:5,6). As pessoas terão longevidade (Is 65:20,23; Zc 8:3,4). O desenvolvimento mundial será tremendo; não haverá injustiça social, pois não serão nomeados administradores e politicos desonestos no Reino. A reconstrução será total (Is 58:12;61:4). O bem-estar será enorme (Is 32:15,20). A agricultura será próspera (Sl 67:6; Am 9:13). Os animais não farão mal ao homem (Is 11:9; Is 11:6,7; 65:25). Toda a tecnologia a serviço do mal ficará obsoleta. Não haverá guerras nem armas (Is 2:4; Zc 9:10). Haverá harmonia entre as nações (Is 11:3).
e) Satanás será solto. Mas só por um pouco de tempo (Ap 20:2,3). Isto ocorrerá para que as pessoas nascidas no Milênio sejam provadas. Como prova de que a natureza humana não terá modado (exceto para os salvos), gente de todas as nações se deixará enganar pelo diabo, vontando-se contra Cristo e seus santos (Ap 20:8,9). Mas Cristo, o Rei dos reis, derrotará a rebelião satânica, lançará Satanás para sempre, no lago de fogo, onde já estarão o Anticristo e o Falso Profeta (Ap 19:20; Rm 16:20).
6. O Juizo Final. Será o Juizo do Grande Trono Branco (Ap 20:11). Dar-se-á a segunda ressurreição para a “segunda morte” (Ap 20:6). Os ímpios serão julgados e lançados no lago de fogo – todos, desde Caim até o último dos iniquos (Ap 20:13).
Os que não tiverem acompanhado Satanás durante a rebelião deste no Milênio, também comparecerão perante o Trono Branco, mas para serem julgados de outra forma; eles juntar-se-ão à Igreja Glorificada (Ap 3:5; 13:8). No Juizo Final, o Reino de Deus não admitirá advogado de defesa. Quem não tiver o nome no Livro da Vida, será condenado à perdição eterna (Ap 20:15).
7. O perfeito estado eterno. Após a implantação final do Reino de Deus, com o aniquilamento de todos os poderes das trevas, haverá novo céu e nova terra (Ap 21:1). “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5a). Isto se refere à renovação e purificação do céu e da terra. Não haverá mais morte, nem pranto, nem dor (Ap 21:1-4). Na Nova Jerusalém (Ap 21:9-27), estará a árvore da vida. Nela, não haverá maldição, nem noite. Todos os salvos poderão contemplar a doce e gloriosa presença de Deus. Uma nova e maravilhosa vida será destinada àqueles, cujos nomes estiverem no Livro da Vida
Conclusão
Nada se poderá comprar ao que será o Reino Eterno quando da consumação de todas as coisas. Ali, os salvos desfrutarão daquilo que o poeta sacro um dia cantou: “Metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal”. Vale a pena ser crente fiel, santo e salvo, para um dia ser integrante do Reino de Deus, e desfrutar de sua grandeza inimaginável.
Questionário
1. Por que a Igreja substituiu Israel Israel, na implantação do Reino de Deus?
2. Como se chama, teologicamente, o periodo antre a 69a. 70a. Semanas de Daniel?
3. Quando se dará o arrebatamento da Igreja?
4. Quem subirá primeiro a encontrar o Senhor nos ares?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)

A Excelência da Palavra de Deus

A EXCELÊNCIA DA PALAVRA DE DEUS
Salmo 119:1,4,5,7,9,10-12,16
INTRODUÇÃO
Embora não se saiba quem é o autor desse poema gigante do Saltério, o Salmo 119 muito ensina sobre o valor da Palavra de Deus. Neste salmo, cada letra do alfabeto hebraico dá inicio a um série de oito versículos, num total de 22 estrofes. De sua leitura, pode-se entender que seu propósito é exaltar a excelência da Lei do Senhor.
I. Por que a Palavra de Deus é excelente
1. Ela é pura. Não há mistura na Palavra de Deus. Em toda a Escritura Sagrada, não há uma só discordância quanto à essência da mensagem. Os inimigos da Palavra já procuraram desacreditá-la, apontando discrepâncias e contradições, mas em vão. As divergências sugeridas são apenas aparentes, porque “as palavras do Senhor são palavras puras como prata refinada em forno de barro e purificada sete vezes” (Sl 12:6). É purissima! (Sl 119:140).
2. Ela é reta. Ela segue uma tinha de pensamento que, começando no Gênesis, termina no Apocalipse, mas sem quaisquer desvios ou mistificações apesar de ter sido escrita por cerca de 40 homens, durante quase 1.600 anos, nos mais diversos lugares. A mensagem da Bíblia é uma só: O amor de Deus e o seu plano para a salvação do homem. “Porque a palavra do Senhor é reta, e todas as suas obras são fiéis” (Sl 33:4).
3. Ela é santa. A Palavra de Deus identifica-se com a natureza divina, que é santa. Os seres celestiais, no Apocalipse, cantam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que há de vir” (Ap 4:8). A palavra do homem, quase sempre, tem verdade e mentira, realidade e engano, mas a palavra de Deus é santa (Sl 105:42).
4. Ele é lâmpada e luz. Somente a Palavra de Deus tem o poder de iluminar o caminho do homem. Há muitos, por aí, que se dizem iluminados pelas filosofias de Buda, de Confúcio, e de outros, mas, na verdade, estão em trevas. “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119:105).
5. Ela é verdade absoluta. Em Jo 17:17, Jesus declarou: “...a tua palavra é a verdade”. Não é uma verdade entre outras, como pensam os sábios segundo o mundo. A palavra de Deus é “a” verdade, no sentido absoluto, pois é a revelação do Deus Criador, Onipotente, Onisciente, Onipresente, Santo, Justo e Salvador. O salmista é categórico: “A tua palavra é a verdade desde o principio, e cada um dos teus juizos dura para sempre” (Sl 119:160).
6. É o poder de Deus. Paulo, falando aos coríntios, foi enfáticos: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1Co 1:18). As palavras as filosofias, os ensinos, as idéias e os pensamentos dos mestres do mundo conseguem, no máximo, apenas reformar vidas. Mas a Palavra de Deus transforma o mais vil pecador numa nova criatura: ela, em si mesma, é e tem o poder de Deus.
7. É viva e eficaz. Até hoje, nenhum cirurgião conseguiu descobrir onde fica a divisão da alma e do espirito. Os médicos só podem agir sobre o corpo. Quanto à mente, limitam-se a trabalhar o comportamento observável do homem. Contudo, “...a palavra de Deus...penetra até à divisão da alma, e do espirito, e das juntas e medulas e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4:12). A Palavra de Deus tem vida e é eficaz, ou seja, produz efeitos, muda comportamentos, transforma vidas.
II. O Que a Palavra de Deus Produz no Homem
1. A Palavra de Deus Transforma. Transformar é “dar nova forma, feição ou caráter; tornar diferente do que era; mudar, alterar...” (Dic. Aurélio). Todos os significados da palavra transformar, no sentido mais elevado do termo, podem ser aplicados ao que a Palavra de Deus produz na vida de uma pessoa que a ouve e a recebe em seu coração.
a) Dá nova vida. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5:17).
b) Liberta do pecado. Os que “andam na lei do Senhor não praticam iniquidade, mas andam em seus caminhos” (v.3),. O poder transformador da Palavra de Deus faz com que o homem ímpio deixe os seus maus procedimentos, e passe a andar segundo a orientação de Deus.
c) A Palavra de Deus purifica o interior do ser humano. “Como purificará o jovem o seu caminho?” (v.9). O salmista faz essa indagação porque, em todos os tempos, o comportamento dos jovens sempre foi alvo da tentação do inimigo. Mas a resposta vem logo em seguida: o jovem pode purificar o seu caminho, “observando-o conforme a tua palavra”. Na verdade, não só ao jovem se aplica essa verdade, mas as pessoas de todas as faixas etárias.
2. A Palavra de Deus produz vida eterna. Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna...” (Jo 5:24).
III. A Autoridade Absoluta da Palavra de Deus
1. Esta acima da razão humana. A razão humana só aceita aquilo que pode ser percebido pelos sentidos naturais, que pode ser provado empiricamente. É por isso que a Biblia declara: “...a palavra da cruz é loucura para os que se perdem” (1Co 1:18). Diante disso, Deus destrói a sabedoria dos sábios e aniquila a inteligência dos inteligentes (1Co 1:19-20). A Palavra de Deus contém “coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem” (1Co 2:9).
2. Não pode ser contestada pela Igreja. Paulo, doutrinando o jovem Timóteo, ordena-lhe que advirta a outros para que não ensinem outra doutrina (1Tm 1:3) e não se dêem a fábulas, “que mais produzem questões do que edificação em Deus” (1Tm 1:4). Por ignorarem tal exortação, muitos entregam-se a “vãs contendas, querendo ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam” (1Tm 1:6-7).
3. Não pode ser questionada pelo misticismo. O misticismo tem tomado conta de nossa época. A chamada “Nova Era” tem chegado até mesmo a certas igrejas. Sonhos, revelações e profecias, ou profetadas, tem procurado ultrapassar a Palavra de Deus. Isso não tem sentido, pois a Palavra já está completa. Não se deve modificá-la, sob pena de incorrer-se em castigo severo (Ap 22:18-19).
4. É a única regra de fé e prática. Para o cristão verdadeiro, livros podem ser escritos; pensamentos podem ser expostos. Mas nada toma o lugar da Palavra de Deus. A Igreja Cristã, ao contrário das seitas, só tem a Biblia, a Palavra de Deus, como única regra de fé e prática. Fora da Biblia, nada prevalece como doutrina ou ensino a ser seguido.
5. Sua ética é a mais elevada do Universo. Ética é a parte da Filosofia que estuda o que é certo e errado. A ética humana parece um pantanal sem fim. O que era certo há poucos anos, agora é errado; o que era errado, agora é certo. Adultério-não é mais crime. Homossexualismo não é mais crime. É aceito amplamente pela ética humana. O aborto, crime inominável, é legal em muitos países. Agora, já se pena em clonagem (cópia) de seres humanos; o homem mortal tenta invadir uma área que só a Deus pertence.
Graças a Deus, que a Bíblia, em termos de ética, é inabalável. Pecado é pecado. Abominação é abominação, ontem, hoje e sempre. As obras da carne (Gl 5:19-21) jamais deixaram de ser contrárias à Lei de Deus.
Conclusão
A Palavra de Deus é excelente sob todos os aspectos que se possa considerar. Individualmente, ela deve ser acatada com fé, amor e profunda gratidão. Coletivamente, deve ser aceita como única regra de fé e prática. No culto cristão, deve ter prioridade máxima. Infelizmente, em muitos cultos, quase não há espaço para a exposição da Palavra de Deus. A cantoria toma conta do tempo. A palavra fica em último plano. Que Deus nos ajude a ser gratos pela sua palavra, e que possamos pô-la em prática em nosso viver.
Questionário
1. Quantas estrofes tem o salmo 119?
2. Que diz o salmo 33:4?
3. Que disse Jesus, sobre a Palavra, em João 17:17?
4. Na vida do cristão verdadeiro, qual o significado da Palavra de Deus?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)

A Doração Cristã

A DORAÇÃO CRISTÃ
Salmo 122:1-3,4,6,8-9
INTRODUÇÃO
Os judeus, principalmente os que tinham vindo do cativeiro, acalentavam um sentimento todo especial ao entrarem em Jerusalém, e, principalmente, ao transporem os umbrais do Templo. Pois Jerusalém era o lugar santo por excelência. Hoje, o cristão fiel, sente-se de igual modo feliz, quando, em reverência e santidade, vem à casa de Deus para adorá-lo.
I. Conceitos de Adoração
1. Conceito geral. A palavra 'adorar' vem do latim (adorare), significando render culto, reverenciar, venerar, amar extremosamente. “A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande Deus do céu e da terra” (BEP).
2. Conceitos bíblicos
a) Glorificar a Deus. Paulo, falando aos coríntios sobre a liberdade e a caridade cristãs, recomenda: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31). Deste versículo, podemos deduzir que adoração é glorificar a Deus em tudo, em todas as áreas da vida.
b) O culto racional a Deus. Implica em adorar a Deus, apresentando o nosso “corpo em sacrificio vivo, santo e agradável a Deus, que é o ...culto racional” (Rm 12:1). Isto quer dizer que todas as partes do nosso corpo devem ser consagradas a Deus, pois o nosso corpo é templo do Espirito Santo (1Co 6:19; Jo 16:14).
c) Louvar a Deus. O vocábulo 'louvar' vem do latim (loudare), e significa exaltar, glorificar, bendizer. Cantar é, sem dúvida, a forma mais usada na adoração a Deus. O salmista confessa: “...e a minha boca te louvará com alegres lábios” (Sl 63:5; Sl 47:6).
II. Adoração no Antigo Testamento
1. Centrada num lugar. Os judeus, no Êxodo, tinham a sua vida religiosa em torno do Tarbernáculo, no deserto. Depois, a adoração foi centralizada no Santo Templo, e após o exílio babilônico, nas sinagogas.
2. Restrita aos homens. Somente os homens poderiam comparecer às três festas anuais “diante do Senhor” (Ex 23:17).
3. De caráter nacional. Jerusalém centralizava o culto a Deus. Era proibido oferecer sacrificios em qualquer outro altar a não ser no que se encontrava no Tabernáculo e, posteriormente, no Santo Templo.
4. Centrada no sacerdote. O povo, durante o culto, ficava na parte externa do Tabernáculo, ou do Templo. No lugar santo, só entravam os sacerdotes: e, ao Santo dos Santos, onde se achava a arca do testemunho, só tinha acesso o sumo sacerdote e, assim mesmo, apenas uma vez por ano (Êx 30:10).
5. Ritualística. Embora todo o ritual, no AT, fosse símbolo do sacrificio de Cristo, o cerimonial sempre acabava por prevalecer, de modo marcante, sobre a essência do culto. A adoração, pois, era muito mais exterior que interior.
6. Sacrificios cruentos. No culto do Antigo Testamento, havia sacrificios de animais (Lv 17:11; Hb 9:19-22).
7. Ministério do louvor. No AT, havia um ministério regular de louvor, abrangendo cantores e músicos coletivamente (1Cr 23:5-6; 1Cr 25:7).
III. Adoração no Novo Testamento
1. Em Espirito e em verdade. Jesus veio trazer uma nova dimensão na adoração a Deus. Ela não se restringiria a um lugar especifico. Respondendo à mulher samaritana, que argumentava quanto ao lugar da adoração, Jesus foi categórico: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espirito e em verdade...” (Jo 4:23).
2. No Templo e nas casas. Os apóstolos ensinavam o Evangelho no templo e nas casas (At 5:42; 20:20).
3. Não ritualística. No NT, não há mais necessidade de ritualismo. Pois Cristo, o Cordeiro de Deus, já cumpriu todos os sacrificios, em nossso lugar, efetuando eterna redenção (Hb 9:11-15).
4. Culto racional. Como já foi dito, o culto racional é o verdadeiro culto a Deus, e só pode ser prestado por quem tem a mente renovada. Somente assim podemos experimentar a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1-2).
5. Louvor congregacional. No NT, as igrejas valorizavam o canto congregacional. (Ef 5:19).
6. A ação do Espirito Santo. No Antigo Testamento, a ação do Espirito Santo era, entre o povo, esporádica. Já no Novo Testamento, a adoração é essencialmente movida pelo Espirito Santo.
Innfelizmente, o culto-espetáculo, centrado no homem, esta invadindo muitas igrejas.
IV. A Adoração na casa do Senhor
1. A alegria na adoração. “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (v.1). Davi externa, nessa expressão, toda a sua alegria por lhe haverem convidado a ir ao Santo Templo, em Jerusalém. É uma felicidade poder ir à igreja, por mais humilde que esta seja, para adorar a Deus.
2. Por que a casa do Senhor é tão importante?
a) É o lugar onde habita o nome do Senhor. O nome santo (Êx 20:7); nome admirável (Sl 8:9).
b) É o lugar santo. Nele, está a presença do Senhor (Êx 3:5). Deve-se guardar o pé, quando se entra na Casa de Deus (Ec 5:1). Santidade convém à Casa do Senhor (Sl 93:5).
c) É o lugar onde a glória de Deus se manifesta. Na dedicação do Templo, por Salomão, uma nuvem encheu a casa de modo que os sacerdotes não podiam manter-se em pé, “porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor” (1Rs 8:10-11).
d) Lugar onde há verdadeira alegria. “Na tua presença há abundância de alegrias” (Sl 16:11).
e) Lugar de zelo pelas coisas de Deus. “Pois o zelo da tua casa me devorou...” (Sl 69:9). Hoje, muitos crentes entram e saem do templo sem esboçar a menor reverência.
f) Lugar de oração. Jesus entrou no templo, e revoltou-se ao ver o mercantilismo na Casa do Senhor. Agiu de modo enérgico, expulsando de lá os vendilhões, dizendo: “A minha casa será chamada casa de oração...” (Mt 21:12-13). O que mais falta, hoje, nas igrejas e nos lares, é oração.
V. Oração pela cidade onde moramos
1. “Ó Jerusalém!” (v.2b). Admirado, Davi contemplava Jerusalém como se fora esta (e realmente o era) “...uma cidade bem sólida” (v.3). Isto se referia também à unidade que Jerusalém inspirava às diversas tribos hebréias, pois tinham a cidade como ponto de referência. E, a Jerusalém, iam elas, anualmente, adorar a Deus (v.4).
2. “Orai pela paz de Jerusalém” (v.6a). O salmista sabia que só podia adorar a Deus em paz se a cidade também estivesse em paz. É necessário que oremos pela cidade onde moramos, pois suas estruturas econômica, social, politica, administrativa e espiritual, encontram-se, via de regra, sob a opressão do diabo.
3. “Prosperarão aqueles que te amam” (v.6b). Este é um dos versiculos favoritos dos judeus. Eles crêem que, orando por Jerusalém, serão galardoados por Yahweh com a bênção da prosperidade.
Conclusão
A paz é o anséio comum dos que moram nas metrópoles. Só o Evangelho de Cristo, o Principe da Paz, pode atender-nos nesta premente necessidade. Ou seja: fazer com que residamos em paz e segurança nas grandes cidades.
Questionário
1. Com relação ao lugar, o que diferencia a adoração no AT e no NT?
2. Quem podia comparecer às três festas anuais dos judeus?
3. Que tipo de louvor é valorizado no NT?
4. Por que devemos buscar o bem da cidade?
(EXTRAÍDO da “Lições Bíblicas” Jovens e Adultos 3 Trimestre de 1997)