sexta-feira, 1 de abril de 2011

História do Metodismo no Brasil (Parte 03)

Rev. Fountain E. Pitts enfrenta o Atlântico
O Rev. Pitts, após a sua escolha, entrou imediatamente em ação. Ele próprio levantou recursos a fim de custear as despesas da longa e penosa viagem. De modo que, decorridas algumas semanas, pode embarcar na cidade de Baltimore, aos 28 de junho de 1835, com destino ao Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, nação ainda nova, visto que sua independência de Portugal datava de há poucos anos, mas, na qual; se desenvolviam idéias elevadas e progressistas. Uma vez alojado a bordo do navio "Nelson Clark" e vencidos os transtornos muito comuns nas viagens maritimas, o Rev. Pitts obteve licença para dirigir cultos com vistas a passageiros e tripulantes. Estes ultimos, todavia, apesar de irreligiosos, mostraram-se cortezes e respeitosos. Quem dirá se a semente do Evangelho veio a germinar no coração de algum ouvinte? Só Deus podera responder. Afinal, decorridos cinquenta e dois dias enfadonhos sobre as águas agitadas do Atlântico, a embarcação ancorou na Guanabara ao entardecer do dia 18 de agosto. O tempo estava firme, mas a aragem soprava fria. A noite ainda não caira, toldando a paisagem ao redor. O quadro que se descortinava aos olhos de Pitts e dos companheiros era deslumbrante. Desde os primeiros navegantes, no começo do seculo XVI, todos quantos adentravam a encantadora baia, expressaram entusiástica admiração. Poucos dias depois, escreveria ele, revelando dons óéticos: "Nasa pode exceder a beleza da baia, e a grandeza ou o cenário ao redor. Ela se assemelha a um lago extenso. Ilhas estão graciosamente engastadas em seu seio, e em suas margens, tanto quanto o olhar é capaz de alcançar, apresentam-se sorridentes nucleos urbanos e vilas. A terra sobressaindo gradualmente da água, através de montes e vales, os quais estão cobertos de interminavel verdura, ate que a visão é confinada por surpreendentes cumes das montanhas de granito marrom, que formam uma muralha ao redor da imensa bacia. E além disto, em dia claro, os picos azuis da serra dos Órgãos, podem ser vistos distintamente à distância de cinquenta milhas, acima do lençol de nuvens que pairam em baixo".
Fonte: Livro História do Metodismo no Brasil - José Gonçalves Salvador - Imprensa Metodista

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