segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os avisos de Deus

Jeremias 11:1-10
Deus sempre procurou abençoar poderosamente o seus filhos, Jr 29:11; 1Co 2:9. Para isso, Ele exigiu fidelidade irrestrita. Com tal propósito, estabeleceu um pacto com seu povo, pelo qual ele só receberia a proteção caso se dedicasse exclusivamente ao Senhor. Êx 19:5,6. Quando o povo se dividiu, o reino do Norte foi o primeiro a quebrar a aliança estabelecida. Por esse motivo, foi o primeiro a sucumbir diante do inimigo, 2Rs 17:15-18. Pelo infinito amor divino, tanto no reino do Norte como no reino do Sul, Deus levantou inúmeros profetas para advertir o seu povo a abandonar seus pecados. Com a queda do reino do Norte, judá foi advertido a não trilhar os mesmos caminhos pecaminosos, 2Cr 15:2, pois o afastamento de Deus só traria à nação consequencias nefastas, Is 1:16-20. E é isso que veremos nesta lição.

I.A Dura Consequência dos Pecados de Judá
Uma liderança firme e comprometida com Deus é fundamental para manter o povo em comunhão constante com o Senhor. Os reis sulistas, em sua grande maioria, abandonaram os caminhos do Senhor e induziram o povo a tomar a mesma atitude, 2Cr 33:9. O templo foi profanado e o culto idólatra estabelecido. Assim, a ira e a indignação do Senhor foram provocadas.
a) Tendência à idolatria – Esse foi o principal pecado que constantemente impediu o povo escolhido de desfrutar plenamente as bênçãos de Deus. Não obstante as severas advertências divinas. Israel e Judá sempre tiveram uma facilidade muito grande para atribuir as maravilhas de Deus a objetos inanimados, Êx 32:4; 1Rs 12:28. Sempre que se levantou um monarca descompromissado com Deus, o povo curvou-se diante das imagens de escultura dos povos pagãos e as adorou, Jr 1:16.
b) Sacríficio humano – Deus jamais permitiu a seu povo sacrificar vidas humanas. O respeito pela vida é uma caracteristica dos verdadeiros servos de Deus e, principalmente do cristianismo. Já os cultos pagãos incluiam em suas cerimônias o sacrificio de vidas humanas. Inumeráveis crianças foram imoladas nesses rituais satânicos tão comuns aos habitantes de Canaã.
c) Sangue inocente – Quando Caim assassinou seu irmão Abel, o sangue derramado clamou por justiça, Gn 4:10. Isso significa que a morte de um inocente requer punição. Além da prática do sacrificio humano, muitos reis de Judá assentaram o seu trono sobre o sangue de inocentes, 2Rs 21:16; 2Cr 21:4; 22:10. Muitos destes que perderam a vida eram mensageiros do Senhor, 2Cr 24:22; Jr 26:20-23; Lc 13:34. O clamor desse sangue derramado subiu até o trono de Deus, exigindo justiça, Lc 11:51.

II.As Advertências do Senhor Chegam até nós
A vontade de Deus não é que o ímpio pereça, mas que ele se converta, Ez 18:23. Antes de castigar o seu povo, Deus o exortou ao arrependimento, 2Cr 15:1,2. Diversos homens de Deus foram enviados para advertir a nação acerca das consequencias de uma vida fora da vontade de Deus, 2Cr 36:15; Jr 25:3. Nessa fase da história de Judá, dois profetas (apesar de não serem os únicos) merecem destaque pela natureza e amplitude de suas mensagens.
a) O profeta Isaías – Isaías exerceu o ministério profético no reino do Sul. Exortou o rei Acaz a confiar no Senhor e a não temer os inimigos, Is 7:4. Ao invés disso, o rei de Judá buscou auxilio da Assiria, humilhando-se diante dessa nação impia, 2Rs 16:7. Para agradar Tiglate-Pileser, rei assirio, Acaz introduziu no templo do Senhor, em Jerusalém, um altar para a adoração às divindades assirias, 2Rs 16:10-14. Isaías declarou que, em consequência disso, a Assiria controlaria Judá, Is 8:7,8. Em suas mensagens profeticas, Isaías exortou o povo ao arrependimento, Is 1:16-20, mas enfatizou a esperança de restauração. Sem nenhuma incerteza, ele anunciou que Jerusalém seria destruida em consequencia de sua idolatria; mas, num periodo subsequente, seria restaurada, Is 2:3-8; 60:15.
Dentro dos acontecimentos cruciais que se seguiram à ascensão de Senaqueribe ao poder da Assiria, o profeta Isaías ocupou uma posição de destaque devido aos sábios conselhos que deu ao rei Ezequias e à mensagem do Senhor, do qual foi portador, 2Rs 19; Is 37.
b) O profeta Jeremias – Iniciou seu ministério no periodo das reformas religiosas do rei Josias. Profetizou durante os últimos 40 anos da existência do reino do Sul e advertiu seu povo veementemente acerca do castigo que se aproximava, Jr 2:19 e 13:10. Duas visões indicaram como seria esse longo ministério. A vara de amendoeira significava a certeza do cumprimento das palavras proféticas, ao passo que o caldeirão fervente indicava a natureza de sua mensagem. Se comparado com Isaías, pouco espaço em suas profecias foi dedicado às esperanças futuras de restauração. Enquanto Jeremias compunha uma lamentação sobre a morte do piedoso rei Josias, 2Cr 35:25, Judá era projetada em um redemoinho de conflitos internacionais.
No aspecto religioso, após a morte de Josias, a maioria das práticas idólatras retornaram ao culto sob o governo de Jeoacaz. Ídolos cananeus, egípcios e assirios ocuparam novamente seus nichos, Jr 2:11-13. Jeremias encontrou grande oposição e teve de enfrentar maior número de inimigos que qualquer outro profeta. Foi ameaçado de morte, Jr 11:21. Espancado e preso diversas vezes, Jr 20: 2; 37:15-16; 39:15. Sofreu conspirações, Jr 26:11-13, mas as piores intempéries não lhe abateram o ânimo. Sua mensagem foi contundente e exigia conversão sincera, Jr 4:4. Porque Judá ignorou a mensagem profética, Jr 8:6, o cativeiro tornou-se inevitável, Jr 15:1. Jeremias contemplou a horrivel consequencia do pecado de seu povo: após o ataque dos babilônios, Jeresalém foi reduzida a um fumegante montão de ruínas e o templo foi arrasado, Jr 44:2-6; 52:13-14.
(EXTRAÍDO da Revista de estudos bíblicos “ALELUIA”)

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